No Rio de Janeiro, desde 1988, eles são determinados pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), criada em 1984 por dirigentes de dez das principais escolas do Grupo Especial. A Liga elaborou um curso de formação de julgador de escola de samba e definiu métodos para a avaliação (todas as notas precisam ser justificadas, por exemplo).
Geralmente, o jurado é convidado por seu notável conhecimento acadêmico, artístico ou profissional e recebe uma ajuda financeira para assistir aos desfiles – em 2017, foi de R$ 4 mil. O jurado pode assistir ao desfile acompanhado, mas não pode consumir álcool, naturalmente.
São 54 jurados, mas, na apuração, 18 são descartados. No final, usa-se apenas 5 deles para cada uma das 9 categorias, e aí a nota mais alta e mais baixa de cada quesito é eliminada. No fim, valerá a opinião de só 27 avaliadores.
Após o Carnaval, as escolas se reúnem e podem, em plenário, decidir pela suspensão ou manutenção de um dos convidados. A maioria permanece. Dos 54 jurados de 2018, 47 seguem em 2019. Um dos sete novos, por exemplo, é o dramaturgo carioca Gustavo Paso, de 50 anos, que trabalha com teatro desde 1991.
Alguns jurados estão há décadas no cargo, como o artista plástico Ilclemar Nunes, que avalia mestre-salas e porta-bandeiras há quase 30 anos.