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Como o pombo-correio sabe para onde levar a encomenda?

Usados há muito tempo, inclusive na Primeira Guerra Mundial, quando não havia comunicação por rádio, levavam recados entre os batalhões.

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h36 - Publicado em 21 ago 2015, 20h16

pombo-correio pombo-correio

Existem algumas teorias sobre a capacidade de orientação dos pombos-correio, mas nenhuma delas é 100% comprovada. O que se sabe é que eles sempre voltam para onde nasceram. E é só para lá – e não para qualquer lugar – que levam a encomenda. As explicações mais comuns são:

– Os pombos têm um “instinto natural” parecido com o de aves migratórias;- A visão privilegiada permite que localizem pontos de referência com facilidade;- Eles se orientam pela posição do Sol;- Eles possuem uma “bússola natural”, formada por partículas de magnetita no bico. O mineral apontaria o norte da Terra.

Os pombos-correio são uma raça diferente dos pombos comuns. Usados há muito tempo, inclusive na Primeira Guerra Mundial, quando não havia comunicação por rádio, levavam recados entre os batalhões.

CARTEIRO ALADO
Como o pombo Cher Ami salvou 194 vidas

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Cher Ami – que em francês significa “Querido amigo” – nasceu e foi criado em uma base do exército americano próximo à cidade de Binarville, na França. Depois de treinado, ele foi doado ao comandante da 77ª Divisão de Infantaria Americana. Esse grupo ficou conhecido como o Batalhão Perdido por ficar preso em uma depressão na floresta de Argonne, ali perto. O Batalhão Perdido avançou rumo ao norte, enquanto o resto dos americanos ficou no sul. Assim, o grupo acabou cercado por inimigos alemães e também sob fogo amigo dos americanos, que não sabiam que havia aliados ali. O comandante do batalhão mandou uma mensagem aos compatriotas por meio de Cher Ami.

Após ter percorrido 40 quilômetros em 25 minutos, atravessando a região ocupada pelos alemães, o pombo chegou à artilharia americana gravemente ferido. Alvejado pelos alemães, acabou ficando cego de um olho, teve o peito atravessado por uma das balas e uma de suas pernas foi arrancada! Apesar dos ferimentos, ele entregou a mensagem aos destinatários: o texto indicava a localização do batalhão e pedia que cessassem o fogo. Os 194 soldados do Batalhão Perdido sobreviveram.

O voo de Cher Ami ocorreu em outubro de 1918 e foi a última missão do pombo. Depois da façanha, ele teve que se aposentar, mas ganhou a Cruz de Guerra francesa em homenagem ao seu heroísmo.

Foto Fernando Moraes

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