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Como funcionavam as “fortalezas voadoras” da Segunda Guerra?

Os B-17 eram verdadeiros monstros voadores de destruição, capazes de levar mais de 7 toneladas de bombas.

Por Felipe Jaeger
Atualizado em 14 fev 2020, 17h53 - Publicado em 11 mar 2011, 11h29

Considerados os mais importantes bombardeiros dos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial, os B-17 eram verdadeiros monstros voadores de destruição, capazes de levar mais de 7 toneladas de bombas – e isso sem falar nas metralhadoras espalhadas em vários pontos da fuselagem. Graças a eles, inaugurou-se uma nova fase no conflito: os ataques aéreos diurnos se intensificaram, o que ajudou a desmantelar a máquina de guerra da Alemanha nazista. Mas o dia a dia dentro da aeronave não era nada simples: os tripulantes suportavam frio, pouco espaço e múltiplas responsabilidades.

O terror que vinha do céu

A 275 km/h, o B-17 podia liberar toneladas de explosivos e disparar balas em várias direções

Útero de metal

O B-17 estava preparado para responder a ataques vindos de qualquer direção. Havia metralhadoras M2 calibre .50 (capazes de disparar 750 tiros por minuto) na torre da cauda, nas laterais (cada uma com seu atirador), no bico, na torre dorsal e na torre inferior. Estas eram as mais perigosas e desconfortáveis: o ocupante ficava em posição fetal, com os pés para cima

Carga explosiva

Embora tenha se tornado uma das estrelas do conflito, o B-17 “nasceu” bem antes, em 1935, para defender o território americano. Ao longo da Segunda Guerra, passou por várias modificações – suas versões F e G são consideradas as mais eficientes por causa da grande autonomia, da precisão e da alta capacidade de armazenamento. Podiam carregar até 7 893 quilos de bombas, em racks verticais

Jornada dupla

A tripulação tinha de oito a dez pessoas. Isolados em áreas blindadas, piloto e copiloto eram os únicos que não tocavam nas armas. O resto era responsável pela artilharia ou cumpria função dupla: o operador de rádio, por exemplo, cuidava também da metralhadora dorsal, uma M2 calibre .30; o navegador manejava as M2 calibre .50 nas laterais do nariz

Força na peruca

Para mover esse gigante de 15 422 quilos (ou mais de 25 mil quilos quando carregado), eram necessários quatro motores radiais Wright R1820-97, do tipo Cyclone. O avião podia chegar a 475 km/h, mas sua velocidade de cruzeiro girava em torno de 275 km/h. Ele tinha autonomia de 5 mil quilômetros

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Pressão? Só a do inimigo

Não era fácil tripular um B-17. Apesar do tamanho, o espaço interno era mínimo. Todos tinham de usar máscaras de oxigênio abastecidas por tanques, já que o ambiente não era pressurizado. Além disso, graças às altitudes elevadas, a temperatura interna era baixíssima. Exceto em emergências, o rádio ficava em silêncio, para evitar ser detectado pelos inimigos

No amor e na guerra

Dois detalhes chamavam a atenção no bico do B-17: a cúpula feita de acrílico, onde ficava o artilheiro, operando mais uma metralhadora M2 calibre .50, e as pin-ups desenhadas na lataria, para levantar o moral da tripulação. Esta foi a musa que ilustrou o mais famoso B-17 da Segunda Guerra, o Memphis Belle, que até virou filme

 

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