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Como funcionará o elevador espacial?

Há projetos para que, em um futuro distante, um elevador viaje por um cabo que ligará a Terra ao espaço sideral, carregando cargas e pessoas. Ele poderá diminuir em mais de 90% o custo do transporte até o espaço, que hoje é feito por ônibus espaciais. Essa ideia ganhou força na década de 1990, com […]

Por Victor Bianchin
Atualizado em 22 fev 2024, 11h30 - Publicado em 19 out 2010, 14h57

Há projetos para que, em um futuro distante, um elevador viaje por um cabo que ligará a Terra ao espaço sideral, carregando cargas e pessoas. Ele poderá diminuir em mais de 90% o custo do transporte até o espaço, que hoje é feito por ônibus espaciais. Essa ideia ganhou força na década de 1990, com a descoberta dos nanotubos de carbono, um material que pode ser usado para construir o cabo – que precisa ter, no mínimo, 35 mil quilômetros para se manter esticado. Hoje, muitos cientistas acreditam nesse projeto, e a Nasa tem até um concurso que dá prêmios a equipes que apresentem novas tecnologias para o elevador. Apesar de estar previsto para o ano de 2031, alguns problemas, como construir um cabo tão longo ou a forma de alimentar um laser tão potente, devem ser resolvidos. O custo do projeto deve ultrapassar 35 bilhões de reais!

De cabo a rabo

Com base no mar, o elevador percorrerá milhares de quilômetros em cabo hiper-resistente
Base marítima

O “primeiro andar” do elevador estará ligado a uma base móvel no meio do oceano. Essa estrutura flutuante ficará no mar para poder ser manobrada, alterando a posição do cabo e impedindo que ele entre em colisão com satélites, meteoros e lixo espacial. Ela também precisa estar próximo à linha do Equador, para que o cabo fique o mais reto possível

Cabo frio

O cabo deverá ter o formato de fita – plano nos dois lados e arredondado nas bordas -, para que o elevador deslize por ele. A estrutura será feita de nanotubos de carbono, cem vezes mais fortes que o aço e muito leves. O comprimento ainda está indefinido, mas ele precisará ultrapassar a órbita geoestacionária (a 35 mil km de altitude) para ficar estável

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Rodando, rodando

Estendido de forma perpendicular ao eixo de rotação da Terra, o cabo do elevador permaneceria esticado porque seu centro de massa estaria em órbita geoestacionária e acompanharia a rotação do planeta. Dessa forma, os dois pontos em que o cabo está preso viajariam sempre sincronizados, e o cabo nunca se romperia

Rastro cósmico

A estrutura será alimentada por um laser de 2,4 MW (suficiente para abastecer quinze casas por uma hora) disparado da base terrestre enquanto o elevador sobe. A luz do laser é captada por transformadores que geram energia elétrica. Quanto mais o elevador avança, menos energia gasta, já que a resistência do ar e a força da gravidade diminuem

Para o alto e avante

Ainda não existe um design para o elevador, mas o modelo mais cotado tem dois captadores de luz do laser e dois içadores nas pontas (para movimentar o elevador e esticar o cabo). No meio, vai uma estrutura que poderia ser tanto uma câmara pressurizada para levar peças e pessoas como um lugar onde as cargas seriam acopladas

Encomenda estelar

O elevador poderá transportar satélites, foguetes e partes de estações espaciais. Para chegar à orbita terrestre baixa, a uma velocidade de 190 km/h, o elevador levaria duas horas. Mas, para ir à orbita geoestacionária, seriam oito dias de viagem. Lá em cima, a carga se separaria do elevador utilizando jatos propulsores ou um sistema de arremesso

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Vigilantes do peso
Para ficar estável, o cabo precisa de um contrapeso na extremidade superior. Veja as sugestões dos cientistas:

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• Estender o cabo em milhares de quilômetros além da órbita geoestacionária

• Interceptar um asteroide em órbita, capturá-lo e amarrá-lo na ponta do cabo

• Construir uma estação espacial, criando um destino fácil para o transporte de pessoas

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