Como funciona o sistema de closed caption na TV?

Pergunta do leitor – Gerson Queiroz, Piracicaba, SP

Rápido no gatilho

Contratado pelo canal ou por uma empresa terceirizada, um estenotipista transcreve, em tempo real, tudo que ouve na TV. Barulhos como [risos] são citados entre colchetes. Utilizando uma máquina chamada estenótipo, o profissional consegue digitar, em média, 180 palavras por minuto! No Brasil, há cerca de 400 deles, com salário médio de R$ 6 mil.

Montando palavras

O estenótipo tem 24 teclas táteis programáveis, associadas a letras ou pedaços de palavras, e uma espécie de “dicionário interno” para compreender certos códigos. Por exemplo, para escrever “redação”, apertam-se primeiro, ao mesmo tempo, as teclas referentes às letras R, E e D. Depois, aperta-se A e G+F (que equivale a Ç). O aparelho já saca que “redaç” é “redação”.

“Eu te amo. Ponto.”

Também dá para gerar o closed caption com um software de reconhecimento de fala. Mas ele não é ativado diretamente pelo programa. Uma pessoa treinada ouve os diálogos na TV e dita para a máquina, incluindo a pontuação, barulhos e sonoplastia. Tudo com muita calma e sem emoção. O software é calibrado exatamente para a voz desse operador.

“Agora ele beija a menina”

Novo recurso conta para cegos o que rola na TV

Para os deficientes visuais, existe um outra opção: a audiodescrição. Trata-se de um canal de áudio da TV digital com a narração do que ocorre na tela. Um locutor usa os momentos entre os diálogos para explicar ao ouvinte o que a imagem exibe, como atos e emoções dos personagens.

Fontes: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sites Folha de S.Paulo, Steno do Brasil e Drei Marc e programa Vídeo Show

Consultoria: Eliana Abdalah, instrutora de estenotipia

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