Como funciona o pedágio?
O sistema eletrônico Sem Parar lê o cartão de identificação no vidro do carro e libera automaticamente a passagem pelas cancelas das praças de pedágio. O processo leva segundos para se completar. A engenhoca registra data, horário, praça e o custo do pedágio. Depois, a cobrança da tarifa é enviada para a casa do cliente […]
O sistema eletrônico Sem Parar lê o cartão de identificação no vidro do carro e libera automaticamente a passagem pelas cancelas das praças de pedágio. O processo leva segundos para se completar. A engenhoca registra data, horário, praça e o custo do pedágio. Depois, a cobrança da tarifa é enviada para a casa do cliente a cada mês, junto com a fatura do cartão de crédito. Se o motorista tentar dar uma de espertinho para evitar o pagamento, e colar atrás de um carro que está na fila do Sem Parar, o sistema identifica o veículo sem o sensor no vidro. Daí, um sinal é mandado para a câmera, que fotografa a lateral e a traseira do carro. Com os dados da placa, o motorista fujão recebe uma multa pelo correio. O sistema opera em 22 vias, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, em estradas como a rodovia dos Bandeirantes. Alguns shoppings paulistas também têm o sistema. No Rio, a Linha Amarela, que tem a maior praça de pedágio do país, com 20 cabines, possui um sistema parecido, o Passe Expresso.
Pagou, passou
Além das cabines de cobrança, a praça de pedágio tem refeitório e até túnel subterrâneo
PASSAGEM VIP
Com o Sem Parar, o motorista ganha um chip eletrônico, que fica grudado no vidro dianteiro. Através de ondas de radiofreqüência, uma antena no alto do pedágio lê os dados do chip e os envia para uma central. Se o dono do carro estiver com as contas em dia, uma luz verde se acende e, voilà, a cancela se abre
CAIXINHA DE SURPRESAS
A cabine onde ficam os funcionários tem uma abertura no chão que leva a um túnel (veja em Grana no Fim do Túnel). Fora isso, há um computador ligado em rede, impressora de recibo, radiocomunicador, equipamento para recebimento do vale-pedágio e sistema de alarme. E, claro, ar-condicionado, que ninguém é de ferro
FURA-FILA
Como a maioria das rodovias só aceita dinheiro vivo ou vale-pedágio (usado por caminhões), vira e mexe alguém chega à cabine sem grana. Nesse caso, o motorista é obrigado a voltar para casa, escoltado por um veículo da Polícia Rodoviária. Vale lembrar que evasão de pedágio é infração ao código de trânsito, ou seja, dá multa
1001 UTILIDADES
Os prédios que ficam no acostamento, ao lado das praças de pedágio, servem para tudo. Há salas para a área administrativa, refeitório, banheiros, local para descanso e sala de TV. Em algumas concessionárias, existem até aulas de ginástica laboral para desestressar o pessoal que trabalha por lá
GRANA NO FIM DO TÚNEL
Em algumas rodovias, existem corredores subterrâneos ou dutos pneumáticos para transportar o dinheiro. A grana é enviada assim ao cofre e depois recolhida pelo carro-forte. Nas cabines ficam só moedas e notas de baixo valor para dar troco. Os funcionários também usam os túneis para entrar nas cabines
PASSE LIVRE
Alguns veículos podem passar livres, leves e soltos pelo pedágio. No estado de São Paulo, por exemplo, esse privilégio é dado a ambulâncias e veículos oficiais do governo, carros da Polícia Militar, dos bombeiros, da Polícia Rodoviária e veículos militares. Algumas rodovias também isentam motocicletas da cobrança
BATE-E-VOLTA
Para os pedágios que ficam distantes das cidades, as empresas costumam disponibilizar ônibus fretados para levar e buscar os funcionários nos três turnos de trabalho, a cada oito horas. O ônibus que leva a equipe da tarde é o mesmo que traz de volta a galera que trabalhou de manhã
ENTRANDO NOS EIXOS
Dependendo da rodovia, há sensores ópticos no chão e nas laterais da pista que calculam quantos eixos aqueles caminhões grandes, como os cegonheiros, têm – quanto mais eixos, mais caro o valor do pedágio. Mas em estradas mais modestas a contagem é feita no olho mesmo