Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Como funciona o atendimento de uma emergência num estádio de futebol?

Dependendo do tipo de acidente, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a equipe médica de plantão no estádio dividem o trabalho de atendimento. Esse tipo de procedimento nos jogos de futebol nunca foi muito bem regulamentado. Mas a coisa começou a mudar no final de maio último, com a entrada em vigor do […]

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h04 - Publicado em 18 abr 2011, 18h53

Dependendo do tipo de acidente, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a equipe médica de plantão no estádio dividem o trabalho de atendimento. Esse tipo de procedimento nos jogos de futebol nunca foi muito bem regulamentado. Mas a coisa começou a mudar no final de maio último, com a entrada em vigor do Estatuto do Torcedor, uma nova legislação esportiva. Entre vários outros pontos, ela define, por exemplo, como os estádios e ginásios devem se preparar para receber um grande público. Para cada 10 mil torcedores, é obrigatória a presença de um médico, dois enfermeiros e uma ambulância de plantão, aparato bem maior do que se costumava acionar nos grandes clássicos antes da nova lei. O curioso é que, um dia antes da aprovação do Estatuto, houve um grave acidente no estádio do Morumbi, em São Paulo, num jogo entre Corinthians e River Plate, da Argentina.

O taxista Rui Nelson de Moura Júnior caiu sobre uma grade com lanças pontiagudas e, após uma cirurgia de três horas, teve o baço e parte do intestino removidos. Num caso grave como esse, bombeiros e policiais militares são acionados. Os PMs, que estão sempre próximos dos torcedores, têm cursos de primeiros socorros para agir preliminarmente; já os bombeiros são especialistas em resgatar pessoas presas em escombros ou ferragens. Depois entra em cena a equipe médica de plantão no local, contratada pelo clube dono do estádio ou pelo time mandante da partida. “Se for um grande clássico, costumamos levar três equipes”, diz a enfermeira Ana Freitas Ciarlini, responsável pelo pronto-socorro do Hospital São Luiz, instituição que presta atendimento no Morumbi nos jogos do São Paulo. Acidentes como o do torcedor espetado são raros.

As equipes médicas de plantão normalmente cuidam de casos mais simples, como dores de cabeça, pequenos cortes e desmaios. Mas, como surpresas sempre acontecem, elas já precisaram atender até mesmo uma mulher em trabalho de parto.

Trabalho em equipe

Continua após a publicidade

No Morumbi, PM, bombeiros e ambulâncias entram em ação em casos graves

1 – Os atendimentos médicos mais comuns num estádio como o Morumbi, em São Paulo, envolvem pequenos cortes, dores de cabeça e desmaios. Mas podem pintar acidentes bem mais graves, como o ocorrido no último dia 14 de maio. Um torcedor da arquibancada tentou passar para as numeradas, perdeu o equilíbrio e caiu sobre as lanças que dividem os vários setores do estádio

2 – Num acidente grave como esse, a primeira ação cabe à Polícia Militar. Afinal, num jogo de casa cheia há cerca de 500 PMs espalhados pelo estádio. Pelo menos um deles estará por perto para chamar outros policiais e isolar o local. O próximo passo é acionar a equipe de resgate do Corpo de Bombeiros. Se o acidente não fosse tão grave, os próprios PMs poderiam levar a vítima ao posto médico do estádio

Continua após a publicidade

3 – Por causa do trânsito, os bombeiros podem levar 20 minutos para chegar ao Morumbi e começar o resgate, como ocorreu no dia do torcedor espetado. “Em 15 anos nunca presenciei acidente semelhante, mas seria importante ter uma unidade de resgate mais próxima”, diz o tenente-coronel da PM Marcos Cabral Marinho de Moura. Nem o novo Estatuto do Torcedor melhora o problema, pois ele só exige a presença de ambulâncias

4 – Após a vítima ser resgatada, ela tem dois destinos: ir para uma ambulância que a levará para um hospital ou ir para a sala de atendimento do estádio. Nesse ambulatório há um médico, enfermeiras e material de primeiros socorros. Além de distribuir remédios simples, a equipe pode dar pontos, aplicar soro em casos de desidratação e fazer eletrocardiogramas

5 – Se a infra-estrutura do ambulatório não for suficiente para atender a vítima, ela pode ser levada diretamente para uma das ambulâncias que ficam de prontidão no estádio. Foi isso que ocorreu com o torcedor espetado, que foi encaminhado para o Hospital das Clínicas. Essas ambulâncias estão equipadas com aparelhos que podem fazer ressuscitações cardíacas e até pequenas cirurgias de emergência

Continua após a publicidade

Mergulhe nessa

Continua após a publicidade

Na internet:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.671.htm

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.