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Como foi construída a Estátua da Liberdade?

Ela foi feita na França, como um presente para simbolizar a amizade do país com os EUA. O processo levou dez anos - sem contar a desmontagem, o transporte e a remontagem em Nova York

Por Flávia Pegorin
Atualizado em 22 fev 2024, 10h55 - Publicado em 18 abr 2011, 18h57

Tudo começou nos arredores de Versalhes, nas proximidades da capital francesa, Paris, em 1865, durante um jantar na casa do historiador e jornalista Edouard de Laboulaye. Oficialmente, o monumento foi idealizado para homenagear os Estados Unidos no centenário da sua independência e, ao mesmo tempo, celebrar as boas relações entre os dois países.

Nos bastidores, porém, foi uma prova de força da sociedade secreta maçônica, da qual o escultor, o francês Fréderic-Auguste Bartholdi (1834-1904) fazia parte. O trabalho começou em 1875 e exigiu dez anos.

A “casca” foi feita com 80 toneladas de cobre norueguês, que, batido à mão, resultou nas formas da grande dama. O processo se assemelhou a um quebra-cabeça de muitas peças, montado sobre uma estrutura de aço projetada por Alexandre Gustave Eiffel (o mesmo da famosa torre parisiense).

O rosto da estátua teve como inspiração as feições da mãe de Bartholdi. Em 1885, toda pronta e tinindo, com 46,50 metros e pesando quase 225 toneladas, a estátua precisou ser desmontada e acondicionada em 214 caixas antes de ser embarcada para Nova York, onde reina sobre um pedestal de alvenaria erguido pelos americanos na ilha Liberty – na época conhecida como Bedloe’s.

A inauguração aconteceu em 28 de outubro de 1886, com direito à presença do então presidente Grover Cleveland, chuva e parada militar. “Liberdade Iluminando o Mundo” é o nome de batismo da mulher de tocha na mão – imagem emblemática que concorre com a do Tio Sam e com a própria bandeira do país entre os símbolos americanos mais conhecidos no resto do planeta. Incluindo a base, o colosso alcança 93 metros. Na mão esquerda, uma tábua assinala o Dia da Independência dos EUA – 4 de julho de 1776.

No pedestal, lê-se o poema The New Colossus, de Emma Lazarus, com os versos: “Tragam a mim os exaustos, os pobres, as massas confusas ansiando por respirar liberdade”. Cerca de 4,2 milhões de visitantes atendem ao chamado anualmente.

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A cara da mãe O escultor Fréderic-Auguste Bartholdi teria usado duas modelos muito especiais para compor o visual da gloriosa estátua: a mãe, Charlotte, que inspirou as feições do rosto, e a noiva, de quem ele copiou a silhueta do corpo

Modelagem à francesa Ainda na França, moldes de madeira e gesso serviram para tornear as 300 placas de cobre que compõem a “casca” da estátua. A coroa de sete pontas, a tocha e o livro são símbolos maçônicos

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Entrega a domicílio O presente francês foi embalado para viagem e despachado para Nova York no porto de Rouen, em junho de 1885 – quase não chega, vítima de tormentas em alto-mar. Inaugurada em 1886, a estátua passou por duas reformas: em 1938, e em 1986, seu centenário.

Base, esqueleto e pele
Montagem da estátua teve três etapas

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1. O pedestal foi construído pelos americanos entre 1884 e 1885. Seus pilares foram erguidos em torno das paredes de um antigo forte, que recebeu como recheio um imenso volume de concreto

2. O esqueleto de Lady Liberty é de ferro: uma estrutura projetada por Gustave Eiffel (o da torre parisiense), erguida em torno de um pilar central, que sustenta barras diagonais para fixar as placas de cobre

3. As placas de cobre que formam a camada externa foram unidas com rebites. No miolo, há uma escada com 354 degraus (o elevador interno só vai até a plataforma, logo abaixo dos pés da estátua)

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