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Como foi a fundação de Israel?

E por que o Estado hebreu enfrenta problemas com os vizinhos desde a sua criação.

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h12 - Publicado em 18 abr 2011, 18h49

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Ela foi oficialmente anunciada em 14 de maio de 1948. A criação de Israel se baseou numa resolução aprovada um ano antes na Organização das Nações Unidas (ONU) e que previa a divisão do então território da Palestina em dois estados: um árabe e um judeu.

Na época, a Palestina estava sob administração britânica e era habitada por uma maioria árabe. Por isso, a resolução da ONU, que foi aceita por líderes judeus, acabou sendo recusada pelos governantes dos países árabes vizinhos da Palestina.

As discussões diplomáticas ainda estavam quentes quando líderes judeus se apressaram para decretar a independência de Israel em maio de 1948. A resposta árabe foi imediata: no dia seguinte à declaração de independência, Egito, Síria, Líbano e Iraque atacaram o novo país. Cerca de 750 mil árabes que viviam na região foram obrigados a fugir por causa do conflito. Por outro lado, 800 mil judeus residentes em países como Síria, Iraque, Tunísia, Líbia e Iêmen deixaram às pressas seus lares, a maioria tornando-se imediatamente cidadãos de Israel.

A vitória israelense viria no ano seguinte, em 1949, garantindo a sobrevivência do novo país. Mas, longe de tranquilizar as coisas, o resultado do conflito só semeou mais violência na região. Violência que dura até hoje.

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Independência sangrenta Região permanece em estado de guerra há mais de 70 anos

1897

O primeiro Congresso Sionista, na Basiléia, na Suíça, marca o início do movimento que reivindica um estado para os judeus na Palestina. Essa região no Oriente Médio não é escolhida ao acaso: os judeus defendem que viviam lá até serem expulsos pelo Império Romano no século 1

1939

Com o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os nazistas alemães passam a perseguir judeus por toda a Europa. Estima-se que 6 milhões tenham morrido em campos de concentração e extermínio, acontecimento conhecido como Holocausto

1946

Ao final da guerra, com milhões de judeus perseguidos sem ter para onde ir, o sionismo ganha força. Os britânicos, que dominavam a Palestina, tentam evitar a imigração de judeus para a região — mais de 50 mil refugiados são detidos na ilha de Chipre

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1947

Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprova a divisão da Palestina em dois estados: um judeu e outro árabe. Líderes judeus aceitam a resolução da ONU, mas os países árabes não – na época, viviam na região 1,3 milhão de árabes e 600 mil judeus

1948

Enquanto as tropas britânicas deixam a Palestina, grupos sionistas agem para organizar logo o Estado judeu. Em 14 de maio, o presidente da Agência Judia para a Palestina, David Ben-Gurion, anuncia a formação de Israel

1948/49

Os países árabes vizinhos não reconhecem o novo país e tem início a Guerra de Independência de Israel, a primeira de uma série de conflitos entre árabes e israelenses. A guerra termina em 1949. Israel não só vence, como consegue a ampliação do Estado judeu

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