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Como era um campo de extermínio?

Quase todos os campos de extermínio foram construídos na Polônia. O maior deles, o de Auschwitz, nasceu em 1940 em uma região rural no sul do país

Por Roberto Navarro
Atualizado em 22 fev 2024, 11h18 - Publicado em 18 abr 2011, 18h47

Entrance_Auschwitz_I

Era uma verdadeira usina da morte, montada pelos nazistas durante a Segunda Guerra para promover a aniquilação em massa de pessoas indesejáveis na Alemanha e nos territórios invadidos.

A função básica desses lugares era o assassinato coletivo de judeus e outros grupos considerados “anti-sociais” – ciganos, dissidentes políticos, prisioneiros de guerra, homossexuais, deficientes físicos e mentais, andarilhos e mendigos. Sabe-se que a matança em massa de judeus começou em 1941. “A morte era sempre por gás venenoso.

Em Chelmno, o primeiro dos campos de extermínio, havia furgões adaptados, em que o monóxido de carbono do escapamento entrava no interior do veículo e matava seus ocupantes”, afirma o historiador Ney Vilela, da Unesp de Bauru.

Quase todos os campos de extermínio foram construídos na Polônia. O maior deles, o de Auschwitz, nasceu em 1940 em uma região rural no sul do país. Ocupando uma área de 40 km2, Auschwitz era um misto de campo de concentração – que servia de prisão para inimigos dos nazistas -, campo de trabalho escravo e campo de extermínio. O total de mortos nesses lugares é incerto, mas pode ter chegado a 3,8 milhões de pessoas, 1,1 milhão em Auschwitz.

Os assassinatos coletivos só acabaram com a derrocada alemã, em 1945. Calcula-se que 80% das pessoas envolvidas nesses crimes escaparam de qualquer punição.

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+ Por que os nazistas queriam exterminar os judeus?

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Arquitetura da destruição

TERMINAL DA MORTE
A estação de trem era a porta de entrada para Auschwitz, misto de campo de concentração, de extermínio e de trabalhos forçados. Os passageiros chegavam em vagões de carga superlotados, sem água, nem comida e em condições precárias de higiene – um balde em cada vagão servia de latrina

MORTOS-VIVOS
Depois de desembarcar, os prisioneiros tinham seus bens confiscados e eram examinados por médicos. Os mais fortes iam para a área de trabalhadores escravos. Mas entre 70% e 75% dos recém-chegados eram mandados direto para a morte nas câmaras de gás

CASA DO DESESPERO
A maioria dos prisioneiros de Auschwitz ficava em um dos 300 prédios de “moradia” do complexo. Infestados de ratos e vermes, esses ambientes abafados e sem água corrente abrigavam até mil presos cada um, que dormiam de lado para caber em camas coletivas de madeira para dez pessoas

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DE VOLTA AO PÓ
Depois da asfixia, os corpos dos mortos seguiam para a cremação em fornalhas. A fumaça da queima deixava o complexo com um cheiro de carne queimada, enquanto as cinzas eram pulverizadas ou usadas em plantações. Estima-se que 4 700 pessoas podiam ser cremadas por dia em Auschwitz

GÁS FATAL
A morte acontecia em 4 câmaras de gás subterrâneas – as vítimas eram mandadas prá lá com a desculpa de que iam tomar um banho de desinfecção. De chuveiros falsos no teto saía o gás venenoso zyklon B, usado como inseticida. A asfixia durava de 3 a 20 minutos e podia matar até 2 mil pessoas por câmara

DÁ CÁ O TEU
Numa área junto ao campo principal de Auschwitz ficava um depósito onde se armazenavam os bens confiscados dos prisioneiros – sapatos, roupas, jóias, dinheiro, óculos ou qualquer objeto de valor. A maioria dessas coisas era mandada para os nazistas na Alemanha

MEDICINA MACABRA
Vários tipos de barbaridades médicas rolaram em Auschwitz. Prisioneiros foram infectados com doenças contagiosas, grávidas tiveram o útero destruído, crianças receberam produtos químicos nos olhos (aparentemente para mudar sua cor) e cadáveres foram dissecados para testes genéticos

JÁ PRO PAREDÃO
Nos barracões conhecidos como “quarteirão da morte” ficavam detidas as pessoas que perturbassem a ordem em Auschwitz. Lá dentro, os prisioneiros eram torturados e submetidos a julgamentos sumários. Depois, eram fuzilados no muro de execução, uma parede perto dos barracões

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VELÓRIO ROUBADO
Quando todas as vítimas estavam mortas, alguns dos próprios prisioneiros entravam na câmara usando roupas especiais para retirar os mortos. Em seguida, usavam-se maçaricos para derreter o ouro das obturações de dentes dos mortos, produzindo de 5 a 10 quilos do metal por dia

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