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Como é feita a reciclagem de óleo?

Por meio de um processo industrial que transforma o óleo em biodiesel (combustível renovável) e glicerol (utilizado para fazer sabão). Para isso, existem vários procedimentos, mas o mais comum é o de transesterificação, que é o mais usado no Brasil. Nesse processo, o óleo reage com um álcool (metanol) e com um catalisador (soda cáustica). […]

Por Victor Bianchin
Atualizado em 22 fev 2024, 11h30 - Publicado em 3 nov 2010, 16h20

Por meio de um processo industrial que transforma o óleo em biodiesel (combustível renovável) e glicerol (utilizado para fazer sabão). Para isso, existem vários procedimentos, mas o mais comum é o de transesterificação, que é o mais usado no Brasil. Nesse processo, o óleo reage com um álcool (metanol) e com um catalisador (soda cáustica). Atualmente, não existe uma lei federal que obrigue os fabricantes a recolher e reciclar o óleo, mas muitos estados e municípios incentivam lanchonetes e restaurantes a encaminhar o material a locais adequados. Também existem entidades que se responsabilizam pelo recolhimento do resíduo em bairros e estabelecimentos. Em todo o Brasil, empresas de reciclagem de óleo fazem parcerias com restaurantes, ONGs e supermercados para receber muitos litros da substância.

DA FRIGIDEIRA PARA O POSTO

Óleo de cozinha é recolhido, transformado em biodiesel, distribuído e adicionado ao óleo diesel comum
1. A primeira tarefa é recolher o óleo de cozinha usado. O material é guardado em recipientes chamados bombonas, com até 50 litros de capacidade, e viaja de caminhão para a fábrica

2. O óleo é colocado em tanques de filtragem para separar resíduos sólidos, como farinha, restos de alimentos etc. Essa filtragem normalmente acontece mais de uma vez, e o que é retido é encaminhado para aterros sanitários

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3. Depois, ele é armazenado em tanques de mil a 15 mil litros de capacidade e fica ali durante cinco dias em um processo de decantação. A parte menos densa (o óleo) fica na superfície e a mais densa (a água), na parte de baixo. A água é descartada

4. Já purificado, o óleo é colocado em um reator. Lá ele recebe metóxido de sódio, uma mistura de metanol e soda cáustica. Tudo isso é agitado por duas a três horas, formando o biocombustível

5. O que estava no reator segue para outro tanque de decantação. Nele, a parte mais densa é composta de glicerol, água e impurezas. O glicerol é retirado e pode ser aproveitado para fazer sabão

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6. O biodiesel vai para um ou mais tanques onde é submetido a um processo de lavagem, que consiste em adicionar água destilada e agitar tudo constantemente. Em seguida, a mistura é enviada para a decantação, onde a água com impurezas é extraída

7. Depois da lavagem, o biodiesel é transferido para um contêiner. O ideal é que ele permaneça no recipiente durante 48 horas, tempo necessário para que o restante de água, ainda presente na mistura, possa evaporar

8. Depois da secagem, o biodiesel é enviado às empresas de distribuição. A partir de 2013, o óleo diesel deverá conter 5% de biodiesel, aumentando a produção nacional para mais de 2 bilhões de litros por ano

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– O Brasil produziu mais de 6 bilhões de quilos de óleo de soja na safra 2009/2010, sendo mais de 80% para consumo interno

– Um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água potável

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– Cerca de 80% do óleo é convertido em biodiesel. Ou seja, 1 litro de óleo resulta em, aproximadamente, 800 mililitros de combustível

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