Como é armadura do esquadrão antibomba?
Aparato é último recurso para desarmar explosivos.
Ilustra Murilo Araujo
Edição Felipe van Deursen
1 – VIDEOGAME
Graças ao sistema de vídeo, os especialistas que ficam em veículos ou em postos de monitoramento improvisado podem acompanhar a ação e se comunicar (o capacete também tem rádio). Isso é importante na hora de reconhecer a área, analisar o tipo de explosivo e definir a técnica de desativação do material
2 – ACENDE O FAROL
Apenas em casos de emergência uma missão ocorre à noite – ou quando ela dura o dia todo e segue madrugada adentro. Por isso, a lanterna é indispensável na hora de manipular explosivos em locais de pouca luz
3 – FRESCURA
Em cenários de guerra como o desértico Iraque e o montanhoso Afeganistão, é preciso controlar a temperatura no interior do traje. Dois ventiladores internos no capacete ajudam a evitar a transpiração – afinal, imagine desativar uma bomba com o rosto pingando de suor
4 – SEM AS MÃOS!
O trabalho pode levar horas, então beber água é essencial. Uma espécie de canudo na altura da boca se conecta a um cantil dentro do traje e faz com que a pessoa mate a sede sem usar as mãos. O sistema é uma adaptação do bebedouro “camelback”, usado atualmente pelo Exército norte-americano
5 – BOTÃOTECA
O controle das funções eletrônicas do traje aciona a iluminação externa e interna do capacete, rádio e ventilação. A intensidade das funções pode ser controlada. Se o visor embaçar, por exemplo, o traje reforça o sistema de ventilação e expulsa o ar abafado para fora
6 – MÓDULOS
A armadura possui partes individuais e pode ser customizada conforme o tipo de trabalho. Diversas empresas fabricam os trajes, que devem seguir uma série de determinações militares
7 – MACACÃO REFRIGERADO
Resistente a fogo, tem um sistema de refrigeração que vai do calcanhar ao pescoço. A roupa possui uma espécie de sistema circulatório com 1 litro de água gelada em constante movimento pelo corpo. Uma bateria alimenta a refrigeração, assim como o ventilador, a lanterna e o sistema de áudio e vídeo
8 – TANTO BATE E NÃO FURA
Essa é a primeira linha de defesa do traje antibomba. A vestimenta é composta de, no mínimo, três camadas de aramida rígida – uma fibra que fica mais dura de acordo com a velocidade do projétil que a atinge. A tecnologia foi criada pela fabricante Dupont. Há ainda camadas de borracha sintética e espuma de poliuretano e de aramida leve
CARTADA FINAL
Existe uma série de maneiras de desarmar uma bomba sem que um humano precise se aproximar perigosamente dela. Robôs, drones, veículos especiais ou até mesmo outras bombas fazem o serviço. Ou seja, o traje é um último recurso, usado somente quando não há outra alternativa
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FONTES Sites US Army, CSIS, Army Times