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Como é a pós-produção de um filme?

Depois do filme editado, o diretor de fotografia, junto com os coloristas, faz a chamada marcação de luz e cor

Por Gabriela Portilho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h33 - Publicado em 4 nov 2009, 19h25

A COR PÚRPURA

Depois do filme editado, o diretor de fotografia, junto com os coloristas, faz a chamada marcação de luz e cor – que serve tanto para uniformizar a cor do filme quanto para garantir algum visu específico. Em Sin City, por exemplo, foi feito um tratamento de cor para que o filme lembrasse a estética das HQs

ELEMENTO OCULTO

Nem sempre os efeitos especiais são grandiosos. Muitas vezes, eles são usados apenas para resolver problemas da filmagem, como apagar um microfone que tenha aparecido em alguma cena ou mesmo impedir que algum papagaio de pirata apareça no fundo

EDWARD MÃOS DE TESOURA

Assim que chega ao laboratório, o negativo do filme é revelado e telecinado, ou seja, “escaneado” para o computador. Começa então a edição, que vai reduzir as cerca de 30 horas de filmagem, em média, para o tempo de duração que vemos na tela. Nesse processo, são escolhidas as melhores cenas e planos – o resto entra na tesoura, sem dó

TÃO LONGE, TÃO PERTO

Se você está acompanhando os episódios da nossa série, vai se lembrar de que durante a filmagem tudo se passava diante de um fundo azul, o chroma-key. Na pós-produção, este fundo é preenchido com outras cenas, que podem ser gravadas ou produzidas digitalmente. É assim que os atores podem ser colocados em qualquer lugar, como no solo de Marte, sem nem sujar o pé

À ESPERA DE UM MILAGRE

Efeitos especiais vitaminam o trabalho feito por maquiadores e dublês. E não estamos falando só de sangue e cabeças para todo lado. Rolam até melhoras na atuação dos atores, como ajustes em expressões ruins ou a inserção de lágrimas. Tudo é feito com ferramentas 3D. Muitas cenas de atropelamentos e acidentes também são criadas virtualmente, poupando o couro da galera

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OLHA QUEM ESTÁ FALANDO

Como o som e a imagem são captados separadamente, é na edição que eles são sincronizados. Nessa fase, são colocados desde ruídos ambientes, como sons de pássaros e sirenes, até a dublagem dos atores, caso uma fala não tenha saído boa. A trilha sonora também entra nessa parte, dando toda a emoção ao filme

VERSÃO BRASILEIRA: HERBERT RICHERS

Depois de tudo pronto, o filme é legendado e gravado em DVDs – quando for o caso, também poderá ser dublado mais tarde. Para chegar aos cinemas, as imagens digitais são “impressas” em alta resolução na película, ficando no ponto para serem projetadas numa telona perto de você

QUERIDA, ENCOLHI AS CRIANÇAS

Para baratear a produção, muitos elementos da cena são inseridos digitalmente. É o caso das imagens de multidão. Em vez de contratar milhares de figurantes, se grava apenas algumas pessoas – as demais são replicadas no computador. Fumaça, gotas de chuva e até um sabre de luz também podem ser adicionados – e ninguém percebe que é tudo falso

– Em Câncer, um dos filmes de Glauber Rocha, a fita de áudio foi esquecida ao sol, distorcendo o som. Mas o diretor usou-a assim mesmo, e, acredite, fez sucesso!

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– O fundo azul também é usado para que, na pós-produção, sejam feitos encontros impossíveis, como o aperto de mão que Forrest Gump dá no presidente Kennedy

– Em Superman – O Retorno, de 2006, usaram-se efeitos especiais para reduzir o “volume” da cueca do Superman, que, dizem, chamava mais atenção do que o S…

– Quem ouve o vozeirão de Darth Vader, em Star Wars, nem imagina que o ator fala fino. A voz do mal é colocada depois, na dublagem

– Se você já se perguntou “Quem diabos é Herbert Richers?”, eis o fim do mistério. Herbert é o dono do estúdio de dublagem Herbert Richers S.A., que fica no RJ

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