Como bailarinas não ficam tontas quando giram?
Conheça a técnica esperta dos profissionais de dança para conseguirem realizar várias piruetas em sequência
ILUSTRAS Yasmin Ayumi
PERGUNTA Laura Fernandes Nascimento, São Paulo, SP
O segredo é fazer a cabeça girar em um ritmo diferente do do corpo, evitando a sensação de desequilíbrio. “Resumidamente, a cabeça deve ser sempre a última a sair e a primeira a chegar”, explica Vitor Hugo Vila Nova, bailarino do Theatro Municipal de São Paulo. Executar piruetas desse jeito faz com que o labirinto (órgão localizado no ouvido e responsável pelo equilíbrio do corpo) se adapte aos movimentos bruscos e repetitivos sem desequilibrar o dançarino. Por ser mais forte e ter o corpo em forma de pião, o homem tende a girar mais. Mas a evolução dos treinamentos e os materiais usados também influenciam, então é possível ver mulheres girando mais que homens.
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1) Com o corpo e a cabeça voltados para a mesma direção, a bailarina fixa o olhar num ponto à frente.
2) Primeiro, ela gira só o corpo, sem mexer a cabeça, até o limite máximo da torção do pescoço.
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3) Hora de rodar a cabeça. O corpo também termina a pirueta, ajudando a cabeça a retornar à posição inicial.
4) A bailarina está pronta para iniciar outro giro. Ela consegue até quatro seguidos. Bailarinos chegam a seis.
FONTES Victor Hugo Vila Nova, bailarino do Theatro Municipal de São Paulo, Paula Penachio, solista da Companhia de Dança de São Paulo, e Célia Roeseler, membro da Academia Brasileira de Neurologia