Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Charles Cullen, o enfermeiro que é o maior serial killer dos EUA

Suspeito de ser o maior serial killer da história dos EUA, Charles Cullen preferia matar seus pacientes em vez de tratá-los

Por Marcelo Testoni
Atualizado em 22 fev 2024, 10h07 - Publicado em 14 fev 2018, 15h55

Charles-Cullen-1

FICHA CRIMINAL
Nome
Charles Edmund Cullen (1960-)
Local de atuação Nova Jersey e Pensilvânia (EUA)
Mortes 40 confirmadas e 400 não comprovadas

1) Nascido em Nova Jersey, Cullen teve uma infância e adolescência trágicas. Quando ainda era bebê, seu pai morreu de infarto. Aos 9 anos, Cullen tentou se matar ingerindo produtos de um kit de química, e aos 17 perdeu a mãe e a irmã num grave acidente de carro. Sozinho no mundo, abandonou o colégio.

2) Alistou-se na Marinha dos EUA em 1978. Ingressou como operador de mísseis balísticos de submarinos e de navios, mas depois de alguns anos no cargo começou a apresentar sinais de instabilidade mental. Internado, recebeu alta somente em 1984, depois de se recuperar de sete tentativas de suicídio.

3) Ainda em 1984, matriculou-se em um curso de enfermagem. Suas boas notas lhe garantiram um disputado emprego na unidade de queimaduras de um centro médico. Porém, ele trocou a dedicação à carreira pela prática de furtos de medicamentos, que usava para se drogar ou tentar tirar a própria vida.

Continua após a publicidade

4) Foi nesse centro médico que fez suas primeiras vítimas. Entre 1988 e 1992, aplicou overdose letal de insulina em dezenas de pacientes terminais e não terminais, além de contaminar sacos intravenosos. Um investigação movida por autoridades hospitalares apontou Cullen como culpado, mas não reuniu provas suficientes.

5) Demitido, foi contratado por um hospital, onde matou três velhinhas com superdosagens de um medicamento que causa ataque cardíaco. Uma delas teria relatado à própria família que um “enfermeiro sorrateiro” havia injetado algo ruim em seu braço enquanto dormia. Mas o comentário foi tratado como delírio.

6) Em 1993, após se divorciar da esposa e perder a guarda das filhas (ele havia se casado em 1987, um ano antes de começar a matar), o serial killer teve um surto e invadiu a casa de uma colega de trabalho, enquanto ela e o filho dormiam. Após tentar molestá-los, o enfermeiro foi denunciado à Justiça, que expediu um pedido de internação por alguns meses para que ele tratasse seu quadro de depressão.

Continua após a publicidade

7) Apesar do histórico de instabilidade emocional e das suspeitas de assassinatos por agressão física, envenenamento, asfixia e falta de cuidados, ele continuou a trabalhar em Nova Jersey e na Pensilvânia. Os hospitais dos EUA sempre enfrentaram escassez de profissionais e nunca se preocupavam em checar antecedentes.

8) Em 2002, porém, Cullen foi flagrado no trabalho violando e consumindo medicamentos. O inquérito médico o forçou a se demitir. Na sequência, sete ex-colegas alertaram a polícia sobre suspeitas de que Cullen aplicava drogas para matar pacientes. Mas, novamente por falta de provas, a denúncia foi arquivada.

9) Em 2003, já em outro hospital, Cullen foi detectado pelo sistema de computador acessando os prontuários de pacientes que não eram seus. Depois, colegas o viram apanhando remédios que não haviam sido prescritos. Após alguns óbitos por overdoses estranhas, a instituição conseguiu coletar evidências suficientes contra o assassino.

Continua após a publicidade

QUE FIM LEVOU?
Cullen admitiu os crimes e, desde 2003, cumpre pena perpétua pelo assassinato de 40 pessoas. Mas, segundo analistas, o total de vítimas pode chegar a 400.

FONTES Livros The Good Nurse: A True Story of Medicine, Madness and Murder, de Charles Graeber; sites The New York Times e Associated Press; programa 60 Minutes (CBS News)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.