A simbologia oculta por trás de 31 números
Além de indicarem quantidades, os números têm várias simbologias na cultura humana, com referências místicas e até sobrenaturais
Divinamente vazio
A representação de zero como um espaço em branco, simbolizando o vazio, surgiu na Índia, no século IV a.C. Os egípcios também utilizavam um intervalo parecido para representar o conceito de zero. Apesar de normalmente associado ao nada, o zero é capaz de aumentar em dez vezes qualquer número, claro, se colocado no lado direito. Essa mesma ambiguidade da matemática acompanha o zero na simbologia: no budismo e no taoísmo, o zero representa o vazio anterior à criação; no islamismo, ele é a essência da divindade. A simbologia é tão complexa que levou os filósofos gregos da Antiguidade a questionarem: o nada deve ser considerado algo? Como o nada pode existir em alguma coisa?
Individualidade masculina
Em algumas religiões, o número 1 também pode revelar o divino, um Deus único. Mas esse símbolo da individualidade também é tido como a representação do próprio homem, pois o ser humano em pé, ereto, é a imagem do número. Também é a efígie do mito do primeiro homem, Adão. Essa ideia de ser único é ligada ao papel do líder e, consequentemente, ao poder, força e ambição. Pelo fato de ser o primeiro, e de dar origem aos outros números, o 1 também é relacionado à objetividade e à realização.
Feminino ambíguo
Dia e noite, luz e escuridão, positivo e negativo, vida e morte, homem e mulher. Essas são algumas das infindáveis simbologias que o número 2 carrega em suas linhas. Na tradição religiosa cristã, representa Eva, a primeira mulher (e o segundo ser humano). Para os estudiosos pitagóricos, é uma marca de oposição: se para eles o 1 representa os céus, o 2 remete às profundezas do mar. Nesse sentido, o número 2 também é ligado ao conceito de reflexo, que segue até hoje: se você espelhar o número 2, terá a forma de um coração, o símbolo de duas pessoas apaixonadas…
Essência das coisas
Assim como o homem (1) e a mulher (2) têm o potencial de criar uma terceira pessoa, o número 3 representa a frutificação. Não à toa as religiões são baseadas na trindade: Pai, Filho e Espírito Santo (cristã), Brahma, Vishnu e Shiva (hindu), Osíris, Hórus e Ísis (egípcia) e até Guaraci, Rudá e Jaci (tupi-guarani). O mesmo princípio rege a Lei de Três, doutrina que determina que, para existirem, todas as coisas necessitam de três forças: a ativa, a passiva e a neutralizante. Essa terceira força, fruto das outras duas, é a criadora. Por exemplo: o futuro é fruto do passado e do viver presente
O número perfeito
Na filosofia pitagórica, o 4 simboliza uma nova perspectiva depois dos três números iniciais, pois possibilita formas como o quadrado e a cruz. Por isso, é um número importante para algumas religiões. Há, por exemplo, quatro apóstolos evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João). No sufismo (corrente mística do Islã), são quatro as portas pelas quais o homem deve passar no caminho para a iluminação (Xaria, Tariqa, Marifa e Haqqiqa). E se na natureza há quatro elementos (terra, fogo, água e ar) o mesmo número é essencial na alquimia para fabricar a Pedra Filosofal, que teria enxofre, mercúrio, sal e Azoth (um elemento místico).
Essência misteriosa
Para algumas doutrinas, existem cinco (e não quatro) elementos fundamentais da natureza. Assim como Aristóteles, os alquimistas acreditavam que junto à terra, fogo, água e ar, havia o éter, um elemento misterioso presente no cosmo. Para os esotéricos, essa quintessência é o elemento fundamental dos espíritos. Já na numerologia, o número 5 também está associado ao ser humano. Nosso corpo pode ser entendido em cinco partes (braços, pernas e cabeça), que formam um pentagrama. Isso é representado no Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci, uma imagem até hoje carregada de muito simbolismo.
Equilíbrio e pecado
Como pode ser dividido em duas partes iguais (3 e 3), o número 6 pode ser entendido como a representação do equilíbrio. Por isso, algumas culturas o enxergam tanto como um símbolo do que é bom quanto do que é mau. O número 6 também é encontrado na estrela de Davi, com dois triângulos sobrepostos que simbolizam a ligação entre o céu e a terra. Aliás, no campo religioso, o número também está citado nos seis dias da Criação. Conotações sexuais também permeiam o 6: número da união de opostos, é simbolizado nos hieróglifos egípcios com as genitálias masculina e feminina. No passado, os primeiros cristãos chegaram a considerar o 6 como o número do pecado, por causa da sua associação com o amor carnal.
Vida eterna
Se Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, como acreditam os cristãos, para os antigos egípcios, o 7 representava a vida eterna. Os pitagóricos o classificaram digno de ser venerado, pois esse número seria ligado ao conceito de perfeição: são sete os dias da semana, sete cores do arco-íris, sete pecados capitais, sete notas musicais… Essa é a expressão da Lei de Sete, presente em várias tradições, que diz que tudo se manifesta em um processo de sete passos, ou fases. E “tudo” é tudo mesmo: objetos, fatos, seres, períodos, fenômenos… A Lei de Sete entende que o Universo consiste de forças que influenciam umas às outras e que, por isso, nada fica sempre igual: ou evolui ou degenera.
Harmonia cósmica
Conhecido desde a Antiguidade, o traço do número 8 pode ser visto em desenhos celtas de cerca de 2000 a.C. Símbolo da harmonia cósmica, suas formas aparecem na mitologia grega, no caduceu (cetro) de Hermes: duas serpentes entrelaçadas simbolizam o eterno movimento cósmico e a relação existente entre deuses e humanos. Por falar em eterno, se colocado na horizontal, o número 8 se transforma no lemniscata, o sinal do infinito. Nesse sentido, o 8 dá a ideia de um ciclo de nascimento, vida, morte e renascimento. Visto no dia a dia, é a própria imagem da segunda-feira, pois depois de seis dias de trabalho e um de descanso, o processo se renova no oitavo dia.
Renovação
Último número com apenas um dígito, o 9 traz um sentido de plenitude. Muitas crenças conferem a ele um significado especial, associando-o ao final de um ciclo e início de outro. Na Bíblia, por exemplo, Deus recomeçou uma aliança com a humanidade após o dilúvio, em Gênesis 9:9. Deus também estabeleceu um pacto com Abraão, então com 99 anos, prometendo uma descendência numerosa. Para lembrar: a gestação humana tem nove meses e, no hinduísmo, 9 é o número de Brahma, o deus criador. Ele também é considerado um número sagrado na Fé bahá’í, uma religião monoteísta que tem como um de seus símbolos uma estrela de nove pontas.
A completude
Primeiro número formado por mais de um algarismo, o 10 pode ser considerado o alicerce da era digital, já que a codificação binária (que utiliza o 1 e o 0) é o padrão da informática e de outros sistemas eletrônicos. É também o pai do sistema decimal. Por isso, o 10 traz a sensação de completude: uma década, nota 10, os 10 Mandamentos… Mas ele também é um tanto ambíguo. Os cabalistas acreditam que Deus criou o mundo com dez atributos divinos: sabedoria, entendimento, conhecimento, bondade, severidade, harmonia, perseverança, esplendor, apego e realeza. Os maias, porém, consideravam o 10 um número amaldiçoado, uma vez que pertencia ao deus da morte daquela civilização.
Além das normas
O fato de ser “um a mais” que o 10 reflete parte do simbolismo que o número 11 carrega. Se o 10 traz a sensação de algo finalizado, o 11 simboliza o além, a transgressão. Santo Agostinho, o pai da teologia cristã, o considerava o número como o “brasão do pecado” e símbolo dos excessos humanos, da transgressão à ordem divina (que teria 10 Mandamentos). O 11 também caracteriza situações e momentos misteriosos da humanidade, e que muitas vezes são relacionados com o oculto, como os 11 discípulos remanescentes de Cristo, o fim da 1ª Guerra Mundial, às 11h, do dia 11 de novembro, o atentado do 11 de setembro… As próprias torres gêmeas tinham o formato do “11”.
Ideia de ciclo
O número 12 é muito usado como base para medições cronológicas. Desde os babilônios, o principal sistema temporal é baseado em um ano de 12 meses, e um dia de 12 horas diurnas e 12 horas noturnas. É um número que dá a dimensão do encerramento de um ciclo e início de outro. Também por isso, são 12 os signos do zodíaco. Há ainda exemplos bíblicos de utilização do número 12, como as 12 tribos de Israel, as 12 pedras preciosas na placa peitoral do sumo sacerdote e os 12 apóstolos de Jesus.
O número do tabu
O 13 é um número que tradicionalmente desperta o medo. Relacionado ao azar, ele é conhecido em algumas culturas como a “dúzia do diabo”, a ponto de alguns prédios, por exemplo, “pularem” o 13º andar, numerando-o como 14º. Na cultura cristã, isso tem uma explicação: Jesus Cristo seria o 13º à mesa junto a seus discípulos na última ceia, e acabou morrendo (tradicionalmente, numa sexta-feira). No tarô, 13 é o número do arcano Morte. A cabala também destaca em seus ensinamentos que há 13 espíritos do mal. Mas, apesar das ideias negativas em torno dele, o 13 também pode ser considerado auspicioso. Afinal, na mitologia grega, Zeus senta-se junto a outras 12 divindades do Olimpo, da mesma forma que fazia rei Arthur e os 12 cavaleiros da távola redonda. E a Apollo 13, que apesar de todos os problemas durante sua missão, retornou à Terra sem nenhuma baixa na tripulação.
O caos da morte
O período entre a lua crescente e a minguante ou entre a lua cheia e a nova é de 14 dias. É também um número relacionado à morte, uma vez que se refere a Osíris, o deus da morte dos egípcios (na mitologia, ele foi esquartejado em 14 pedaços pelo irmão Seth, o deus do caos). O número 14 também é muito utilizado por grupos de extremistas raciais. Frequentemente tatuado ou bordado, faz referência a uma frase com 14 palavras de um dos mestres do neonazismo, o americano David Lane: “We must secure the existence of our people and a future for White Children” (“Nós devemos assegurar a existência de nosso povo e o futuro das crianças brancas”).
O grande cinco ambivalente
O 15 é o resultado da multiplicação de dois números sagrados, 3 x 5. Por isso, é considerado em algumas culturas como o produto da relação entre o divino (3) e o humano (5). Pelo fato de o 15 também ser a soma dos cinco primeiros números (1+2+3+4+5), ele é chamado de “grande cinco”, assumindo parte de sua ambivalência. No tarô, por exemplo, o 15 é o número do diabo; já o ponto alto do Pessach, a celebração judaica da Páscoa, é um banquete em família que representa a história do Êxodo e reproduz 15 passos para a iluminação.
Número poderoso
Por ser o quadrado do número 4, o 16 incorpora toda sua força e representa o poder da física, das coisas materiais. Na numerologia, o 16 também indica o princípio da desorganização. É o símbolo da destruição da Torre de Babel e mostra que qualquer evolução exige respeito pelas leis universais. Não à toa, no tarô, o 16 é representado pela Torre, que carrega um lembrete das consequências da arrogância, que às vezes segue o ganho material.
Infelicidade
Para os italianos, o número do azar não é o 13, e sim o 17. Ele costuma ser tão evitado na terra da pizza que alguns hotéis sequer numeram o quarto 17. A motivação dessa paúra tem explicação: na tradição local, o número simboliza a morte. Escrito em algarismos romanos, “XVII” pode ser reorganizado e formar a palavra em latim “VIXI”, que significa “eu vivi”. Ou seja, estou morto. A smorfia, um sistema numérico italiano utilizado na interpretação de sonhos, também relaciona o número 17 à infelicidade, aumentando o trauma dos italianos.
Símbolo da vida
O número 18 é especial para a cultura judaica e para os cabalistas, pois representa o valor numérico da palavra “chai”, que significa “vivo”. Há também uma importante oração hebraica chamada Shemonê Esrê, que significa “dezoito”, e enumera 18 bênçãos. De maneira análoga, o número 18 também é importante para os muçulmanos. Os praticantes do sufismo, por exemplo, o consideram um número sagrado e, por isso, alguns deles costumam dar presentes em múltiplos de 18. Na mitologia nórdica, o número também é relevante: o deus Odin mostra 18 princípios de sabedoria.
Todo nele mesmo
Esse é outro número marcante para os judeus, que têm seu calendário baseado em torno do número 19, como no ciclo de 19 anos da Lua em relação ao Sol, utilizado na cultura judaica há mais de 3 mil anos para determinar datas de aniversário, falecimento, casamento e festejos. Na matemática, o 19 tem “poderes especiais”: é um número primo, divisível apenas por 1 e por si próprio, e é formado pelo primeiro e pelo último algarismos únicos, o 1 e o 9. Isso confere a ele um simbolismo de atividade completa, de um início e de um fim.
Renovação
Para os maias e outras civilizações antigas, o 20 tinha a conotação de “número do homem”, em razão da associação direta com o corpo. Isso porque é possível contar até 20 utilizando os dedos das mãos e dos pés. O ano maia, inclusive, tinha 400 dias (20 x 20) devido a essa referência. A numerologia também costuma relacionar o número 20 à renovação, julgamentos existenciais e exame de consciência. No tarô, isso é explicado pelo arcano XX, O Julgamento, que simboliza o Juízo Final.
Cheio de si
É o número da responsabilidade, já que marca o início da vida adulta e da maioridade em grande parte dos países. Na esfera religiosa, como produto de dois números sagrados (7 x 3), o 21 também é considerado um número relacionado à perfeição. A cabala o interpreta como um caminho da conciliação e que representa as bênçãos de Deus. Mas o 21 também foi alvo de recente polêmica: interpretações da “profecia maia” afirmavam que o fim do mundo seria no dia 21/12/12. Felizmente, para nós, a profecia não se cumpriu.
Tudo que existe
Diversas são as referências ao número 22 na tradição bíblica. O alfabeto hebraico, por exemplo, tem 22 letras. O Livro do Apocalipse, 22 capítulos. Na tradição judaica, Deus teria enumerado 22 elementos nos seis dias da criação do mundo – que se referem a “tudo o que existe”. Nessa mesma linha, para a numerologia, o 22 representa o mundo material e concreto. Essa noção de que tudo no mundo é englobado pelo número 22 é vista nas crenças africanas de Bambara e Dogon, que creditam a carga mística presente no Universo aos primeiros 22 números. Vinte e dois é também o número de livros no Avesta, os textos sagrados dos zoroastristas.
A era dos inocentes
Grande parte do misticismo que envolve o número 23 vem de uma corrente de pensamento recente, fundada no final dos anos 50. Batizada de discordianismo, a crença é norteada pelo “enigma 23”, que sugere que todos os incidentes neste mundo estão, de alguma forma, direta ou indiretamente, ligados ao número 23. Por isso, ele é um algarismo sagrado para os discordianos. Como sucessor imediato do 22, que simboliza as coisas concretas deste mundo, o 23 anuncia o início de uma era governada por leis não tão harmoniosas como antes. Não à toa, o discordianismo é baseado na adoração de Eris, a deusa greco-romana do caos.
O ápice
Esse é um número poderoso, repetido em circunstâncias distintas. Na religião, as referências são inúmeras: Jesus Cristo tinha 33 anos quando foi crucificado, o Templo de Salomão tinha 33 anos quando foi saqueado e o livro tibetano dos mortos fala de 33 céus governados por Indra. Na numerologia, representa o ápice do conhecimento, o maior estágio a ser alcançado na vida material. Na Maçonaria, por exemplo, o 33º grau é considerado o mais alto que um membro pode atingir. O símbolo das Nações Unidas tem 33 partes dentro de um círculo. Por falar em política, o presidente norte-americano John F. Kennedy foi assassinado no paralelo 33, assim como seu irmão Robert F. Kennedy, anos mais tarde. E ali, no paralelo 33, estão muitos sítios arqueológicos, como se os povos da Antiguidade considerassem essa coordenada um lugar bastante especial.
Junta mística
Para as filosofias tântrica e budista, o 36 é o mais sagrado de todos os números, pois representa o paraíso. O dobro dele, 72, representa a Terra, e o triplo, 108, a humanidade. Além disso, um dos aspectos mais místicos do judaísmo está relacionado a esse número: há uma crença de que existem, em todos os momentos, 36 pessoas santas na Terra, os “Tzadikim Nistarim”. De acordo com o Talmude, um livro sagrado dos judeus, a missão dessas pessoas seria justificar a existência da humanidade aos olhos de Deus. A identidade delas é desconhecida, e quando uma morre o seu lugar é imediatamente assumido por outra pessoa.
Vida nova
Esse número é citado no Velho e no Novo Testamento da Bíblia de maneira mística, como um tempo necessário de preparação. Foram 40 dias de chuva no Dilúvio, 40 anos de peregrinação do povo judeu no deserto, 40 dias de Moisés no Monte Sinai, jejum de 40 dias antes de Jesus iniciar seu ministério, 40 dias entre a ressurreição e a ascensão de Jesus… Há, segundo a crença, 40 gerações entre Abraão e Jesus Cristo. A ideia de que “a vida começa aos 40” é de certa forma ligada ao chamado divino que Moisés, Maomé e o próprio Buda receberam com a idade de 40 anos. No Islã, um memorial é realizado 40 dias após a morte de uma pessoa, de forma parecida à de algumas tribos americanas, que enterravam seus mortos novamente, 40 dias após o primeiro sepultamento.
Único destino
Esse é um número ligado à morte. Na filosofia dos budistas tibetanos, 49 são os dias que a alma de um morto leva para renascer em outro corpo. Na China antiga, também era um número de culto aos mortos: os festejos e os sacrifícios em memória de uma pessoa morta aconteciam do sétimo ao 49º dia depois do falecimento. No I Ching, um tipo de oráculo na cultura chinesa, o 49 representa revolução e um caminho de mudanças na vida da pessoa.
O renascimento
O 50 tem a conotação do começo de uma nova fase, após a morte (real ou simbólica) representada pelo número 49. A Igreja Cristã primitiva também tem uma relação direta com o número 50. Ela teria sido criada a partir do Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, 50 dias após a ressurreição de Jesus. Esse também é um número relacionado ao festival judaico da colheita, que comemora a entrega dos Dez Mandamentos ao povo hebreu, 50 dias depois do Êxodo.
O exagerado
Lindamente arredondado, 100 é o número do máximo e da completude. Não é raro, por exemplo, avaliar um chefe de Estado pela amostragem de seus primeiros 100 dias de governo. Nossas eras são medidas em séculos, de 100 em 100 anos. E se você colocar o 1 seguido de 100 zeros terá o googol, termo criado pelo matemático Edward Kasner para nomear um número gigantesco: 10100 (10 elevado a 100ª potência). O termo inspirou o nome do Google.
The number of the beast
O Iron Maiden tornou pop, mas a referência é bem antiga. A explicação para esse temido número está na Bíblia, em Apocalipse 13:18. “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”. Os cristãos relacionam o número ao anticristo, inimigo do cristianismo ao longo dos tempos, como foram Gêngis Khan, Napoleão e Hitler. O 666 também faz referência a uma marca do diabo na humanidade. Teóricos da conspiração sustentam que essa marca, atualmente, seria a implantação de um chip na mão direita das pessoas, ou no próprio rosto, para que elas sejam identificadas ou possam pagar compras digitalmente. O Apocalipse (13:16,17) relata que a besta fará com que “lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou na sua testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. Será verdade?