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A CIA criou mesmo um projeto para controlar mentes?

Sim! O MKULTRA rolou no início da Guerra Fria e até hoje é cercado por dúvidas e polêmicas. O que era fato e o que era ficção?

Por Natália Rangel
Atualizado em 29 mar 2023, 14h44 - Publicado em 3 dez 2016, 13h29

1) Mentes programadas

O MKULTRA foi um programa clandestino da CIA nos anos 1950 e 1960, em plena Guerra Fria. O objetivo era ficar à frente da União Soviética nessa técnica promissora, que permitiria novos métodos de interrogatório ou de conversão de agentes. Mas, para isso, foram utilizadas cobaias humanas, sem que elas soubessem ou topassem participar.

2) Na 2ª Guerra Mundial

Especula-se que a raiz do MKULTRA, na verdade, tenha surgido com os testes que o médico nazista Joseph Mengele realizava nos campos de concentração. Os soldados dos EUA teriam apreendido esses estudos e aperfeiçoado-os em solo norte-americano. Foi a chamada Operação Clipe de Papel, que teria inclusive recrutado Mengele e outros ex-nazistas para colaborarem.

3) O outro “eu”

Para o MKULTRA, a “chave” para o controle mental era um trauma intenso, como eletrochoques, abusos sexuais, privações sensoriais ou uso de drogas. Para lidar com ele, a mente da cobaia se dissociava da realidade, gerando um alter ego “adormecido” no subconsciente que poderia ser programável e manipulável. Essa técnica é conhecida como Programação Monarca.

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4) Vítimas da exclusão

Estima-se que 80 instituições ofereceram cobaias ao MKULTRA, incluindo a Universidade de Harvard, hospitais e órgãos públicos e militares. A preferência era por cidadãos marginalizados, cujo “sumiço” não geraria tantas suspeitas, como órfãos, presidiários, viciados, prostitutas e doentes mentais. Mas estudantes, militares e até membros da CIA também foram aliciados.

5) Overdose fatal

Documentos oficiais vazados, depoimentos e gravações confirmam 149 experimentos de controle mental e uma morte: a do cientista Frank Olsen, pesquisador de armas biológicas da CIA. Durante uma conferência, Olsen teria ingerido (sem saber) um drinque com LSD. A droga causou paranoia por vários dias e, enfim, um colapso total que o fez se jogar de uma janela.

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6) Suicídio forjado?

Em 1975, o presidente Gerald Ford pediu desculpas públicas pela morte de Olsen, e a família do cientista foi indenizada. Mas uma segunda autópsia, encomendada pelos filhos em 1994, revelou ferimentos no crânio e no peito anteriores à queda, o que deixou dúvidas sobre o suposto suicídio. Eles abriram um processo contra o governo, que foi resolvido com um acordo judicial.

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7) Tudo pelo poder

Conspiradores acreditam que a Programação Monarca não morreu com o fim do MKULTRA. Em busca do domínio mundial, uma elite de controladores chamada de Nova Ordem Mundial teria mantido escravos monarcas na política, na indústria e em Hollywood, para promover a pornografia, o tráfico e até assassinatos estratégicos, como os de John Lennon, John Kennedy e Martin Luther King.

8) Mexendo na história

Joe Jackson, o pai de Michael Jackson, é apontado como um agente MKULTRA. Ele teria abusado dos filhos para controlar sua mente, discipliná-los e forçá-los a desenvolver talentos. Outras teorias populares envolvem personalidades como Marilyn Monroe, Britney Spears, Beyoncé, Justin Bieber e até o filho de Will Smith, Jaden Smith, e a filha de Tom Cruise, Suri.

POR OUTRO LADO…

O projeto existiu. Mas sua continuidade hoje em dia ainda não foi comprovada

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– Os experimentos vieram a público em 1975, após uma investigação de atividades da CIA pelo congresso. Você pode ler um dossiê oficial na íntegra neste link.

– Funcionários da CIA admitiram que, nos anos 1950 e 1960, administraram drogas para alterar a mente de centenas de inocentes, para explorar as possibilidades de controle da consciência.

– Um oficial da CIA confirmou ao New York Times que muitas cobaias eram mesmo prisioneiros, viciados e prostitutas: “Pessoas que não poderiam revidar”. Em um dos testes, um homem foi drogado com LSD continuamente durante 174 dias.

– À frente dos testes, Sidney Gottlieb, chefe de um setor de serviços técnicos da agência, declarou que os resultados foram inúteis e que ele abortou o projeto em 1972. No ano seguinte, destruiu a maioria dos documentos. Um amigo dele contou ao New York Times que o próprio Gottlieb era um grande entusiasta e usuário do LSD.

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– A Operação Clipe de Papel também existiu. Cientistas nazistas receberam abrigo nos EUA para continuarem suas pesquisas sobre armas químicas e biológicas.

– Não há, contudo, nenhuma evidência irrefutável da existência da Nova Ordem Mundial ou de sua ligação com os assassinatos citados.

FONTES Site The New York Times; livros A Terrible Mistake: The Murder of Frank Olson and the CIA’s Secret Cold War Experiments, de H.P. Albarelli Jr., e The Illuminati Formula to Create a Mind Control Slave, de Fritz Springmeier

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