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Um panteão com milhares de divindades

Conheça o hinduísmo e seus milhares de deuses, uma religião curiosa. Não tem um único texto sagrado, como a Bíblia ou o Alcorão, nem regras bem definidas que devem ser seguidas cegamente.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h25 - Publicado em 19 mar 2011, 22h00

Texto Tiago Cordeiro

A base da mitologia indiana é o hinduísmo e seus milhares de deuses. É uma religião curiosa. Não tem um único texto sagrado, como a Bíblia ou o Alcorão, nem regras bem definidas que devem ser seguidas cegamente. O texto mais antigo sobre deuses e deusas da Índia é o Vedas, com 1 000 poemas, cada um glorificando uma divindade, que remonta a 2 mil anos antes de Cristo na tradição oral. Eram considerados sagrados demais para serem escritos.

Ao contrário de outras mitologias (e religiões), que têm histórias bem definidas para explicar o surgimento do homem, o hinduísmo e suas origens apresentam uma plêiade de hipóteses. Uma delas fala de Purusha, o humano primal, e está presente na tradição védica. Ele era ao mesmo tempo homem e mulher e deu origem a várias formas de vida.

Purusha é o responsável pela criação das castas indianas: cada uma das 4 brotou de seu corpo, que foi esquartejado. Da cabeça vieram os sacerdotes, os guerreiros de seus braços, os artistas, comerciantes e fazendeiros nasceram de suas coxas e, por fim, os sudras, ou trabalhadores, surgiram de seus pés – o pé é um dos órgãos mais imundos na cultura hindu, pois é aquele que tem contato permanente com a terra.

Há um outro mito sobre a criação do homem, no qual o primeiro humano, chamado Manu, usou as costelas para criar uma companheira (soa familiar para você?).

Deuses primitivos

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O povo que trouxe à luz as primeiras divindades da Índia foram os arianos (nada a ver com Adolph Hitler e a supremacia dos brancos alemães), que migraram da Ásia Central para o subcontinente. Seus mitos sobre deuses que controlavam as forças da natureza e influenciavam os humanos foram registrados nos Vedas. Há uma enorme profusão de textos sobre deuses na Índia. Os Vedas tornaram seus personagens populares porque foram escritos em sânscrito, uma linguagem que era compreendida em várias regiões. O chefão era Indra, que controlava os trovões e a chuva. Ele ganhou a supremacia sobre os outros deuses ao vencer um desafio. Certa vez, Vritra, a serpente das secas, engoliu as águas cósmicas e as devolveu em forma de chuva negra. Muitos deuses fugiram assustados, mas Indra enfrentou a serpente com seus raios e as águas voltaram a fluir normalmente. Ele encarou muitas batalhas e é reverenciado pelos guerreiros. Sua presença é associada ao arco-íris.

Mas os homens são especialmente gratos a Surya, o deus Sol, que trouxe luz, conhecimento e vida ao mundo. Ele atravessava o céu em sua carruagem de uma roda só puxada por Aruna, o deus da manhã, que espalhava o calorão de Surya pela Terra. A mulher de Surya era Sanjana, mas ela literalmente não aguentava o brilho do maridão, transformou-se numa égua e se mandou para a floresta. Quando Surya a encontrou, virou um garanhão e fez um monte de filhos com ela. Depois, topou diminuir seu brilho e viveram felizes no paraíso.

Um brigão nesse firmamento primordial era Vayu, deus dos ventos. Ele perdeu parte de seus poderes depois que foi expulso do monte Meru, a morada dos védicos, tal como o Olimpo era a casa das divindades gregas. Ele atacou a montanha, mas foi repelido por Garuda, o rei dos pássaros, metade homem, metade águia – tão grande que tampava o Sol e com asas que imitavam o vento. O poderoso Vayu arrancou a topo da montanha e o jogou no mar. Essa é a origem da ilha de Sri Lanka.

Quem fazia a ligação entre os humanos e os deuses era Agni, uma figura de 3 cabeças que simbolizava o fogo. Os indianos são cremados porque acreditam que a fumaça leva suas almas para o céu com a ajuda de Agni. O deus de 3 cabeças teria nascido 3 vezes: a 1ª na água, como o Sol que aparece no oceano; a 2ª no ar, na forma de um raio, e a 3ª na Terra, como fogo. Filho da deusa da Terra com o deus do céu, Agni ficou tão furioso com a sequência de nascimentos que simplesmente comeu os pais. Os templos oferecem a ele manteiga clarificada, que ele pega com uma de suas 3 línguas.

Tempo circular

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A criação tem tantas histórias quanto o número de deuses indianos. Mas, depois dos védicos, quem conquistou o poder no céu foi a turma liderada por Brahma, um deus de 4 cabeças, que representavam as castas hindus, os 4 livros Vedas e os pontos cardeais. Ele, ao lado de outras duas divindades, Shiva e Vishnu, são os mais cultuados e a base do hinduísmo. Todas as histórias envolvem a noção de tempo circular, por isso alguns deuses nascem e depois dão à luz a própria mãe. Mas sempre persiste a noção de que o Universo é finito, vai acabar um dia para dar lugar a uma nova criação, um novo Universo.

No começo dos tempos, Brahma, o senhor da criação, espalhou sua luz pelo Universo e se tornou a essência de tudo o que nele existe. Ele também cuidava do tempo. Um dia de sua vida equivale a 4,3 bilhões de anos humanos. Quando esse período acaba, o ciclo da criação começa outra vez. E assim vai, para sempre. Como quase tudo na Índia, a história começa com Brahma meditando. Ele imaginava como o Universo poderia ser. Mas ignorava como transformar pensamento em existência e descartou o projeto: foi daí que nasceu a Noite. Mas a Noite começou a parir filhos tão negros quanto ela, que se transformaram nos primeiros demônios. Quando essas criaturas passaram a se multiplicar, Brahma recomeçou o processo de criação.

Ele criou o Sol e as estrelas, um contrapeso para a escuridão da Noite. Depois fez todos os deuses do panteão hindu para compensar a multidão de demônios. Um dos seres que apareceram era uma criatura maravilhosa chamada Vak (o Mundo). Brahma se enamorou dela e fizeram amor. Durante a relação, eles mudavam de forma o tempo todo e produziram todas as espécies de animais que vivem na Terra. Outra versão mostra Vak relutante a transar com Brahma – não custa lembrar, ela era filha dele. Como ele insistiu, Vak se transformou em cervo e se mandou. Ela foi capturada, mas o deus não foi capaz de engravidá-la com sua semente, que caiu no chão, dando origem ao homem e à mulher.

Como Brahma mudou sua imagem para criar as formas de vida, ele é onipresente. Mas também tem uma casa para chamar de sua, na montanha sagrada de Meru, o umbigo do mundo e centro do Cosmo, que fica no Himalaia (a morada da neve). É lá que nasce o também sagrado rio Ganges, nos quais os indianos se banham até hoje em busca de purificação.

Shiva, o poderoso

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Shiva, que ao lado de Brahma e Vishnu forma a tríade suprema do hinduísmo, é um deus bem controverso e complexo. Ele representa, ao mesmo tempo, a destruição e a criação. Como seus humores variam muito, ele recebeu ao longo do tempo mais de 1 000 epítetos, de “grande deus” a “Kaala”, a morte. Para aplacar sua fúria, os humanos resolveram chamá-lo de Shiva, o auspicioso. Quando Shiva surgiu, já mostrou de cara a que veio. O mito conta que Brahma e Vishnu estavam envolvidos numa longa discussão sobre quem mandava mais, quem era o deus supremo. No meio da querela surgiu na frente dos dois um gigantesco pilar de fogo na forma de um falo. Era tão grande que desaparecia entre as nuvens, e sua base estava firmemente enterrada no chão. Brahma se transformou em ganso e foi para o céu procurar o fim daquele falo. Vishnu virou um javali e começou a escavar o chão para fazer a mesma coisa no sentido inverso até o Submundo, em busca das raízes.

Mas nenhum dos dois encontrou o que procurava e voltaram para a Terra. Nesse instante surgiu Shiva. Os deuses reconheceram que estavam diante de algo muito poderoso e encerraram a discussão sobre quem mandava mais. A partir daquele instante, os 3 passaram a comandar o Universo.

Ele é representado com 3 olhos: dois para o Sol e a Lua e o terceiro simbolizando a sabedoria. Esse costuma ficar fechado. Mas, quando Shiva resolve abri-lo, sai de baixo. É o poder para destruir todo o mal. Ele também é adorado na forma de linga, um falo gigante, ou dançando, para representar o movimento do Universo. Está cercado por línguas de fogo e seus passos servem para aliviar os sofrimentos da humanidade. Ele dança nas costas de um pobre anão, símbolo da ignorância.

Um dos mitos sobre Shiva mostra como não é muito inteligente deixar o deus furioso (como em quase tudo que diz respeito à mitologia indiana, essa é uma de várias versões). Ele entrou de penetra numa festa de Daksha, filho de Brahma, que procurava um noivo para a filha Sati. Shiva pegou a grinalda da moça e eles acabaram se casando.

Mas o sogrão não gostava mesmo do deus. Tempos depois, resolveu sacrificar um cavalo e convidou todos os deuses (dado o tamanho do panteão indiano, imagine só que festão). Todos menos um: Shiva. Ele não era bem-visto em cerimônias de sacrifício. Sua mulher, Sati, ficou desconsolada. Com a ajuda de alguns auxiliares, o deus então armou um barraco. Até os sacerdotes foram devorados. O cavalo se transformou num cervo e voou para o céu, mas Shiva o perseguiu.

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Na perseguição, uma gota de suor surgiu na testa de Shiva e caiu no solo. Dali surgiu um bicho peludo e de olhos vermelhos que assustou até os deuses. Era a Doença, que levava a dor para onde fosse. Brahma fez um meio de campo com o deus colérico e permitiu que participasse de cerimônias de sacrifício. Em retribuição, Shiva partiu a Doença em vários pedaços. Assim, os pavões sofrem com rachaduras na crista, a terra pode ficar salgada e o gado, cego. Para os homens, sobrou a febre.

Os avatares de Vishnu

Ao contrário do parceiro Shiva, Vishnu é um deus benevolente, preocupado em proteger a humanidade. Sempre que as forças do mal colocavam a Terra em perigo, Vishnu descia dos céus. Ele tomava a forma de avatares, ou encarnações, e fez isso muitas vezes. Na primeira vez foi na forma de um peixe, o Matsya. O humano Manu salvou o deus de ser comido por peixes maiores, o alimentou e o devolveu ao mar quando ele se tornou muito, muito grande. Depois, ele apareceu a Manu e pediu que ele construísse uma grande arca e guardasse um monte de sementes dentro dela para escapar de um dilúvio (você já viu essa história antes?).

Ele também é um deus arguto. Num de seus avatares, volta à Terra, que estava dominada por Kali, uma demônia, na forma de um anão chamado Vamana. Ele convence Kali a lhe dar a quantidade de terra que poderia cobrir com 3 passos. A malvada ri e concede o pedido. Mas imediatamente Vamana se transforma num gigante e com seus 3 passos dá a volta na Terra toda e a retoma para os deuses e para a humanidade.

Mas Vishnu também reencarna em Krishna (uma história que você lerá adiante), Buda (veja no quadro nesta página) e Rama. A trajetória de Rama é contada no Ramayana, escrito entre 500 e 100 a.C., em 24 mil versos.

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A obra é um exemplo de como os indianos lidam com seu conjunto de relatos populares: além de fornecer informações e personagens que alimentam o imaginário, o livro também funciona como uma das bases da religião hinduísta, e até hoje fiéis percorrem largos trechos do país para repetir a rota que teria sido traçada pelo príncipe. “Na Índia nunca existiu uma separação entre mitologia e filosofia, traduzida por nós como religião”, afirma Aghorananda Saraswati, professor de ioga brasileiro e historiador especializado em história e mitologia da Índia. “Mitologia e filosofia se apoiam mutuamente, dando coerência ou validando seus pontos de vista, tentando explicar de forma simbólica conceitos abstratos e facilitando um processo de educação popular.”

Vaca sagrada

“Além de um vasto panteão, a mitologia da Índia inclui os mais variados tipos de seres, e muitos deles encarnam e reencarnam com regularidade”, explica Devdutt Pattanaik, um médico indiano especializado nos relatos orais de seu país. “Os seres humanos não são considerados tão superiores aos animais quanto na tradição ocidental. Todos têm seu valor e apenas aparecem em diferentes graus de evolução.”

Entre os animais mais populares e recorrentes nos relatos, estão a vaca, o búfalo, o cisne e a cobra. A vaca, como se sabe, é um animal sagrado que não pode ser molestado na Índia. No sistema de castas que ainda vigora na sociedade indiana, a vaca é considerada mais “pura” até do que os brâmanes (indiví-duos pertencentes à casta mais elevada, dos sacerdotes) – por isso, não pode ser morta nem ferida e tem passe livre para circular pelas ruas sem ser incomodada. Seu leite, sua urina e até mesmo suas fezes são utilizados em rituais de purificação.

Alguns autores relacionam o respeito à vaca aos hábitos alimentares dos indianos. Basicamente vegetarianos, a vaca é um precioso provedor de proteínas e calorias com seu leite. Em geral, tabus alimentares têm relação com a preservação da espécie. Para os defensores dessa visão, o veto à carne de porco entre judeus e muçulmanos foi a forma encontrada para que esses povos não se contaminassem. Se ainda hoje a carne de porco exige sérios cuidados na hora de cozinhar, imagine os riscos que trazia milhares de anos atrás.

Mas a vaca é um entre centenas de elementos sagrados. Mesmo as plantas ou as pedras têm sua importância – para não falar da água; o rio Ganges é um nascedouro de entidades. As deidades regulam os elementos do céu e da Terra, o Sol e a Lua, a água e o fogo. Têm filhos entre si, personalidade própria e trajetórias que incluem grandes batalhas épicas, feitos heroicos e traições. Elas geralmente se agrupam em torno de chefes, deidades mais fortes que orientam o comportamento do grupo. Para os indianos, essa multidão de entidades convive lado a lado com o mundo físico. E se comporta de forma humana.

A mitologia indiana é tão vasta e complexa quanto o próprio país. Existem centenas de deuses, semideuses, heróis, gênios, ninfas e demônios, e os relatos a respeito da origem de cada um deles são variados. Essa miríade de personagens circula por diversos universos cíclicos, divididos em vários mundos. “Os relatos orais milenares foram transcritos em sânscrito a partir do século 6 a.C., e desde então muitas das deidades continuam se subdividindo, ganhando novas versões para suas origens. É um grande caleidoscópio vivo e em constante mutação”, diz Hugh Flick, historiador e professor de estudos religiosos da Universidade Yale.

O deus brincalhão

Você se lembra que Vishnu volta e meia baixava na Terra para livrar a humanidade dos perigos? Pois a 8ª encarnação foi Krishna. Adulto, ele derrotou demônios e ajudou a vencer guerras. Suas histórias estão no Mahabharata, considerado o mais longo poema do mundo. Dentro do épico está o Bhagavad Gita, que contém os princípios-chave do hinduísmo, entre os quais os conceitos morais que as pessoas devem perseguir, chamados de dharma (nada, ou tudo a ver com Lost). Krishna é o Adorável. E as histórias de sua infância o mostram mais como um menino travesso do que como um deus poderoso (ainda que desde moleque mostrasse volta e meia seus poderes). O garoto gostava mesmo era de roubar manteiga. Sempre que fazia isso criava a maior meleca nos arredores e dava bolas dela a seus amigos ou aos macacos na floresta – isso quando ainda só engatinhava. Quando ficou um pouco mais velho, esticou a travessura para a casa dos vizinhos. Depois que uma vizinha reclamou com sua mãe, ele foi amarrado a um pilão. Quando virou um jovem, trocou a manteiga pelas garotas, as gopis. Como qualquer adolescente que tivesse a oportunidade, uma vez viu um bando de meninas tomando banho no rio Yamuma e sumiu com as roupas delas. Só concordou em devolver as peças quando, uma a uma, elas saíram da água com as mãos levantadas, em súplica. Krishna virou um grande amante. Todas as mulheres do pedaço estavam apaixonadas por ele. No outono ele tocava sua flauta e todas escapavam para a floresta dispostas a encontrá-lo, até as casadas. Ali, passavam a noite dançando com Krishna. Ele aproveitava e sempre dava um jeito de sumir com uma delas. A favorita de Krishna, desde a infância, era Radha, e os relatos míticos mostram um amor incondicional entre os dois.

O herói continuou sua saga quando adulto enfrentando inimigos e demônios. Um belo dia, cansado das batalhas, senta-se embaixo de uma árvore para descansar. Um caçador que passa por ali o confunde com um cervo e acerta uma flecha na sola de seu pé (a única parte de seu corpo que não era invulnerável). É o fim do Adorável. Libertado do seu corpo, ele volta ao céu para assumir sua condição de deus.

Agora espera-se a volta de Shiva à Terra em sua 10ª encarnação. Ele virá como Kalki quando a atual era estiver próxima do fim. Montado em seu cavalo branco, irá destruir os maus e renovar o mundo. E tudo vai recomeçar mais uma vez.

Rama era um príncipe que reencarnara o deus Vishnu. Ele veio à Terra para derrotar o demônio Ravana. Jovem, ganhou um torneio cujo desafio consistia em puxar o arco que pertencera ao próprio Vishnu. Como se tratava da mesma pessoa, ou deus, ele não só puxou mas quebrou o tal arco. Ganhou de prêmio a princesa Sati, filha do rei do lugar. O casal foi viver na floresta e lá Sati foi sequestrada pelo demônio de 10 cabeças. Depois de muitas aventuras, Rama encara Ravana, mas cada vez que flecha uma cabeça ela brota de novo. Até que mira no umbigo do monstro e o vence.

 

 

AGNI
O mensageiro dos deuses e responsável pela conexão entre eles e os seres humanos. Costuma ser representado no auge da juventude, já que seu fogo é apagado e depois aceso todos os dias. Na maioria dos relatos, costuma ser descrito como o filho mais velho de Brahma.

SHIVA
Em oposição e de forma complementar a Vishnu, representa o poder de destruição do Universo, necessária para que haja um novo renascimento – esse poder de encerrar um ciclo para criar outro também faz dele o deus da transformação.

VISHNU
Responsável por proteger e conservar a ordem cósmica do Universo. Quando vem ao mundo físico, usa diversas formas, chamadas avatares – são seres humanos, animais ou uma combinação entre os dois. Sua consorte é Lakshmi, deusa da prosperidade, da riqueza e da beleza. É muito popular entre os indianos.

GANESHA
Filho de Shiva e Mahadevi, a deusa mãe. É representado como um garoto com cabeça de elefante. Está sempre presente nas portas de templos e residências porque é tido como um removedor de obstáculos. Também é considerado fonte de prosperidade e fortuna.

BUDA
Buda é uma figura histórica e a 9ª encarnação de Vishnu. A concepção lembra o cristianismo: sua mãe sonhou com um elefante branco segurando uma flor de lótus na tromba. Quando ele nasceu, sua mãe o pariu pelo lado do corpo. Brahma e outros deuses seguraram a criança, que deu 7 passos e começou a falar. Em sua forma humana ele era o príncipe Gautama, que vivia cercado de luxo e beleza. Mas durante um passeio viu a dor, a velhice e a doença, abandonou o palácio e viveu 7 anos na floresta, meditando em busca da iluminação. Certa vez, sentou-se sob uma figueira para entender o sofrimento. Os deuses se alegraram no céu, mas Mara, o deus da morte e da sedução, tentou distraí-lo sem sucesso. Depois de 49 dias, Gautama atingiu a iluminação e se tornou Buda, o Iluminado. Brahma então o incentivou a deixar a floresta e iniciar uma prega-ção. O budismo, que nasceu de uma costela do hinduísmo, tornou-se uma religião que se espalhou pelo sul da Ásia até chegar ao Japão.

BRAHMA
Parte da trindade maior hindu, é o criador do Universo – ou melhor, dos muitos universos cíclicos. Alguns relatos o apresentam surgindo do umbigo de Vishnu. Outros apontam que apareceu de um ovo de ouro chamado Hiranyagarbha.

DEUSES QUE MUDAM TODO O TEMPO
As divindades ganham novas versões para sua origem. São um caleidoscópio em constante mutação.

DURGA
Deusa guerreira, caçadora feroz de demônios, aparece sempre cavalgando um leão ou um tigre. Dependendo da representação, tem de 12 a 18 braços, e em cada um deles carrega armas dadas a ela por vários outros deuses.

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