Um matemático tem mais chances de ganhar na loteria?
Se fosse assim, todos os especialistas em estatística estariam milionários
Se fosse assim, todos os especialistas em estatística estariam milionários. “A matemática só nos ensina que a melhor estratégia é não jogar”, diz Sebastião de Amorim, professor de estatística da Unicamp. As chances de alguém ganhar a Mega-Sena, por exemplo, são de 1 em 50 milhões*. Não há como estabelecer um padrão. Um número que saiu recentemente pode ou não aparecer de novo. Apostar sempre na mesma seqüência não aumenta nem diminui as possibilidades. A única dica do professor vem mais do bom senso do que da matemática: o ideal é escolher números que não tenham uma lógica muito óbvia, para que, se ganhar, você não tenha que dividir o prêmio com todas as pessoas que tiveram a mesma idéia.
No caso da loteria esportiva, aí, sim, a matemática pode ajudar. A princípio, as chances de acertar o resultado de cada um dos 14 jogos de futebol são de um terço, o que dá uma chance de vitória em 14 milhões. Mas, usando uma análise de cada clube, é possível aumentar as chances de cada partida para 50%, o que já melhora as coisas: a cada 32 mil jogos, você vai ganhar um. Mais do que isso, só apelando para a bandidagem. “Se o apostador faz parte de uma máfia de juízes e sabe, com 100% de certeza, o resultado de 5 jogos, suas chances passam a ser de 1 em 1 024”, comenta o professor. Aí é só fazer 1 024 apostas, com todas as variações possíveis, e esperar pelo prêmio.
*Números aproximados