Alexandre Versignassi e Ana Luiza Daltro
O mundo islâmico, com seu 1,5 bilhão de habitantes, vai ser a bola da vez do mercado daqui a 20 anos. É nisso que as multinacionais apostam. E agora, depois de décadas ignorando o mundo islâmico, elas começam a se adaptar para faturar com ele.
TRÊS CAS
• Uma pesquisa na Malásia mostrou que o excesso de oleosidade no cabelo era um problema recorrente entre as muçulmanas – por causa do véu. Então a Unilever lançou um xampu feminino específico para isso no país.
• A Nokia se tornou uma das empresas mais bem vistas no mundo islâmico depois de lançar no Oriente Médio um celular em que simplifica a tarefa de ajustar o alarme para as 5 orações diárias dos muçulmanos.
• O islã tem regras sobre o que que os fiéis podem comer ou usar. Então multinacionais correm atrás do “halal” – um selo que garante que não há nada anti-islâmico em seus produtos. Colgate e Nestlé já conseguiram.
E UM DESCA
• As empresas têm de tomar cuidado para não se complicar no mercado islâmico. Em 1996 a Nike lançou um tênis com um desenho na sola que parecia ser a palavra Allah escrita em arábico. Muçulmanos encasquetaram e 800 mil tênis saíram do mercado.