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O ET de Varginha

O extraterrestre mineiro é o exemplar mais famoso de uma teoria da conspiração 100% nacional

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 ago 2022, 10h23 - Publicado em 31 ago 2003, 22h00

Ivan Finotti

No dia 20 de janeiro de 1996, as estudantes Kátia Andrade Xavier, 22 anos na época, Liliane Fátima Silva, 16, e sua irmã Valquíria Aparecida, 14, deparam-se com um estranho animal agachado próximo a um muro, numa rua na periferia de Varginha, no estado de Minas Gerais. Assustadas, elas correm e gritam. As autoridades policiais são chamadas. Na manhã do mesmo dia, diversos telefonemas para a polícia informavam que um bicho esquisito rondava a região.

A VERSÃO OFICIAL

A polícia e o quartel do exército que fica na cidade garantiram que jamais um ser alienígena fora visto, caçado ou capturado por ali. Tratava-se simplesmente de um absurdo boato que assumiu proporções nacionais.

A TEORIA DA CONSPIRAÇÃO

Dois ETs com cerca de um metro e meio de altura foram vistos por populares de Varginha. Após os telefonemas, a dupla foi caçada e capturada por gente do governo. Na madrugada do mesmo dia, sem ter se comunicado com as três meninas que tiveram contato com um dos ETs, o casal de trabalhadores rurais Oralina Augusta e Eurico Rodrigues afirmou ter visto um OVNI.

Investigações dignas do seriado Arquivo X, comandadas pelo ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues, concluem: enquanto a primeira criatura, laçada numa rede, era levada para a Escola de Sargentos de Três Corações, a segunda fora capturada no braço pelo policial militar Marco Eli Chereze. Devido ao desconhecimento e à falta de cuidado, o policial Marco morreria sob dores lancinantes três semanas depois. Exames de sangue teriam revelado 8% de substância tóxica não identificada. A polícia afirma que Marco sequer estava de serviço naquela noite, mas a informação é negada pela família do rapaz.

Segundo os ufólogos brasileiros: a criatura capturada pelo PM morreu naquela mesma noite e foi levada, em comboio militar, à Unicamp. Lá o legista Fortunato Badan Palhares teria comandado uma autópsia histórica. Palhares sempre negou tudo, mas ufólogos dizem ter conseguido algumas informações: nosso alien tem três dedos, língua preta e comprida, e a pele marrom é viscosa, como se tivesse óleo. Há veias roxas saltadas na região do pescoço e os olhos vermelhos não têm pupila ou íris. O ET de Varginha não possui mamilos, umbigo nem órgãos sexuais. Mas, em compensação, a Mãe Natureza lhe concedeu três chifres no cocoruto.

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