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Monumento no Amapá pode ser observatório astronômico indígena milenar

Parque do Solstício, sítio arqueológico no Norte do Brasil, conta com estrutura de granito gigante que pode ter servido para observar os astros há mil anos.

Por Eduardo Lima
24 jun 2024, 18h00
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  • O município de Calçoene, a 384 quilômetros de Macapá, a capital do Amapá, abriga monumentos de granito que intrigaram arqueólogos por duas décadas. Agora, os especialistas acreditam que as estruturas megalíticas foram usadas como observatórios astronômicos pelos indígenas há cerca de mil anos.

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    Círculos formados por grandes pedras de granito, chegando a pesar até duas toneladas, no alto de uma colina poderiam ser usados para acompanhar o percurso do Sol, prever períodos de chuvas na floresta amazônica e realizar cerimônias fúnebres, como enterros, ou rituais religiosos.

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    Estranhou a astronomia indígena? Os povos originários do território do Brasil observavam as estrelas e as usavam para entender os fenômenos naturais na Amazônia. Para entender melhor, você pode ler nossa matéria sobre o assunto aqui.

    Os monumentos megalíticos foram encontrados pela primeira vez no ano 2000, por moradores locais, e foi reconhecido como patrimônio histórico do Brasil. O Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), datou as estruturas por volta do ano 1000 d.C.

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    Agora, a Folha de S.Paulo revelou que o sítio arqueológico onde foram encontrados os monumentos de granito vai virar um parque de preservação e visitação pública, participando do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O “Parque do Solstício”, como vai ser chamado, ainda não tem previsão de abertura.

    Não é Stonehenge brasileiro

    Os arqueólogos do Amapá evitam comparar esse possível observatório das estrelas com a estrutura megalítica mais famosa do mundo: o Stonehenge, que fica na Inglaterra e continua intrigando arqueólogos e antropólogos que se dedicam a tentar desvendar o que aquelas pedras eram.

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    Por mais que os monumentos tenham algumas similaridades, existem muitas outras estruturas megalíticas espalhadas pelo mundo que não são Stonehenge, e a comparação, segundo Lúcio Costa Leite, do Iepa, falou para a Folha, pode tirar o brilho do tesouro indígena em território brasileiro.

    Os pesquisadores brasileiros ainda não conseguem explicar como as pedras gigantes foram transportadas até o alto da colina pelos indígenas. Essas pedras não estavam só jogadas em lugares aleatórios, mas sim posicionadas em lugares estratégicos.

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    A hipótese dos arqueólogos é que a localização privilegiada do Amapá, que é cortado pela Linha do Equador, possibilitasse aos indígenas analisar o equinócio e o solstício com o observatório. Saber o momento certo do equinócio, marcando a transição do inverno para o verão, os habitantes da área poderiam saber o momento ideal para plantar certos alimentos.

    Ainda não dá para saber se os indígenas moravam perto do monumento, já que as aldeias construídas de palha não deixaram vestígios arqueológicos. Nem dá para dizer com certeza quais povos moravam no local, mas algumas urnas funerárias têm iconografias que apontam para a etnia palikur, que habita o norte do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa.

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