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Mil Dias: uma série para entender, por dentro, a construção de Brasília

Em nova série de ficção do canal History, o projeto monumental de JK é pano de fundo para as histórias de quatro brasileiros

Por Abril Branded Content
Atualizado em 27 abr 2018, 17h30 - Publicado em 26 abr 2018, 20h30
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  • Marcação de onde ficaria o Congresso Nacional  (History/Divulgação)

    A construção de Brasília, na década de 1950, renderia horas e horas de boa ficção. Se fosse um épico hollywoodiano, certamente mostraria a ousadia de Juscelino Kubitschek em erguer uma cidade inteira numa vila rústica do interior do país, ainda que tivesse precisado imprimir dinheiro e aumentar a inflação para isso. Se fosse um documentário, provavelmente focaria o fenômeno da migração, que trouxe trabalhadores de todo o Brasil em busca de emprego nas obras (e de uma vida melhor). E se fosse uma farsa shakespeariana, trataria do hilário caso do então presidente do Senado, Filinto Müller, que, no dia seguinte à inauguração, declarou um recesso de 30 dias para os políticos. Ah, Brasil!

    Existe um aspecto, no entanto, para o qual a ficção brasiliana até hoje deu pouca atenção: o humano. E é justamente esse ponto que aborda a nova série do canal History, Mil Dias, que estreou no dia 22 de abril e está sendo exibida semanalmente aos domingos, às 23h35, com reprises às quartas-feiras, às 22h40. Trata-se de uma produção original do canal que aborda a construção de nossa capital pelo ponto de vista de brasileiros que ajudaram a erigi-la. O título faz referência ao tempo necessário para a edificação da cidade planejada, que começou a ser construída em 1956 e foi inaugurada em 1960.

    Mil Dias
    Marcação de onde ficaria o Congresso Nacional (History/Divulgação)

    São quatro personagens, todos fictícios, mas baseados em pessoas reais: Heitor, um topógrafo mineiro que, empolgado com a proposta de JK, se muda do Rio para Brasília para trabalhar no projeto; Mauro, o engenheiro responsável pelas obras, que precisa contornar problemas diversos para tirar a cidade do papel; Gilda, a chefe da equipe de arquitetura, uma mulher forte que precisa lidar com o machismo da época no ambiente de trabalho; e Domingos, um operário que sonha em levar a família para a capital nascente.

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    A série é de dramaturgia, e não documental. Mas, para fornecer contexto histórico, há inserções de entrevistas reais com historiadores entre as cenas. Além disso, os personagens fictícios também quebram a quarta parede e conversam com o espectador.

    Mil Dias
    Cena em que o presidente JK visita as obras (History/Divulgação)

    Brasília, hoje, é tratada com ressalva por arquitetos, que criticam seu estilo monumental e a incapacidade de antever problemas óbvios, como o espalhamento da pobreza nos arredores da área planejada. Porém, na época, a cidade era o símbolo máximo do fim da cultura oligárquica da Primeira República, um sonho sedutor que se concretizava nas retas do Plano Piloto e nas curvas dos prédios de Oscar Niemeyer. Esse sentimento de orgulho nacional, de chegada do futuro, estava tão presente nos lares brasileiros como a internet está hoje. É com base nele que a série constrói seus personagens: existe algo mais brasileiro do que a esperança (e a decepção) perante mudanças no cenário político?

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    Ao contar a jornada de Gilda, Mauro, Domingos e Heitor, a série aborda acontecimentos reais importantes, como um acidente de avião quase fatal sofrido por JK e a epidemia de doença de Chagas, que matou diversos operários que trabalhavam na obra.

    Seja você fã ou não do modo de fazer política de Juscelino Kubitschek, é fato que a iniciativa de construir Brasília afeta nossas vidas até hoje. #MilDias mostra os bastidores desse momento e ajuda a entender, de baixo para cima, como ele transformou o Brasil para sempre.

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