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Mapa mostra como era o mundo antes de 1900 por meio de pinturas históricas

A iniciativa Watercolour World traz um acervo digital com dezenas de milhares de pinturas que mostram como era nosso planeta antes da fotografia

Por André Oliveira
7 fev 2019, 18h43

É até difícil imaginar como era viver em um tempo que antecede o nascimento da fotografia. Mas essa realidade não está tão distante de nós. Até a metade do século 20, tirar fotos, uma invenção do século 19, era algo muito restrito. A principal maneira de enxergar o mundo era por meio das aquarelas.

Artistas viajantes costumavam documentar paisagens, fauna, flora, pessoas e eventos por essa técnica. O problema é que essas valiosas coleções, públicas e privadas, de desenhos que antecedem os anos 1900 estão se deteriorando rapidamente e são de difícil acesso. Para sanar o problema e abrir uma nova janela que permita enxergar o passado, surgiu o Watercolor World — projeto que já digitalizou 80 mil aquarelas.

Os patronos são da família real britânica, mais especificamente o Príncipe Charles e sua esposa, Camilla Parker Bowle, a Duquesa da Cornualha. Fora o valor artístico, histórico e a preservação digital dos acervos, disponibilizar esses registros na internet é do interesse de especialistas de diversas áreas. A partir deles é possível entender melhor problemas que enfrentamos atualmente, como mudanças climáticas, ou mesmo reconstruir patrimônios destruídos pela guerra.

Ferramentas de busca permitem fazer consultas na base de dados tanto por palavras-chave quanto pela navegação direta em um mapa interativo. É uma verdadeira volta ao mundo em 80 mil aquarelas. Algumas das categorias das imagens incluem “Fauna & Flora”, “Viagem & Transporte”, “Rios” e “Construções Religiosas”. Entre os principais colaboradores do acervo estão o British Museum, que contribuiu com 15.065 aquarelas, e o Metropolitan Museum of Art (Met), que adicionou mais 2.897. Outros filtros são nome do artista, coleção e período.

Além de registros da tumba do faraó egípcio Seti I, há imagens retratando a costa sul da Inglaterra antes de ser acometida pela erosão e rascunhos que mostram os Alpes Franceses com uma quantidade consideravelmente maior de geleiras. O Watercolor World também apresenta diversas aquarelas do Brasil no período imperial, sobretudo das paisagens deslumbrantes do Rio de Janeiro no século 19, mas também da vida na corte e em outras partes do país, bem como cenas da escravidão e retratos de animais silvestres.

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Aquarela do Rio de Janeiro, em 7 de janeiro de 1828. (National Maritime Museum, Greenwich, London/Reprodução)

Um aspecto interessante é a valorização feminina: historicamente, as mulheres sempre dominaram esse meio. Exemplos de aquarelistas famosas são Maria Sibylla Merian, Susan Fereday, Mary Delany e a própria Rainha Vitória.

O idealizador da iniciativa foi Fred Hohler, um antigo diplomata britânico que, em 2002, criou o Public Catalogue Foundation, acervo digital que reúne mais de 200 mil pinturas a óleo de coleções públicas da Grã Bretanha. Com o Watercolour World, seu objetivo é dividir com os espectadores modernos “uma extraordinária jornada pelo mundo em tempos passados”.

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