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Gideão

Seu nome quer dizer destruidor ou guerreiro poderoso, e ele fez justiça aos dois significados

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h16 - Publicado em 16 fev 2013, 22h00

Depois de 4 décadas de paz proporcionadas pelas vitórias da juíza Débora, os israelitas se afastaram de Deus. Segundo a Bíblia, no entanto, o povo tornava a ser castigado com a guerra sempre que o pacto com Ele era negligenciado. Dessa vez, não foi diferente: as tribos israelitas passaram a ser alvo frequente de grupos nômades do deserto, que roubavam suas colheitas. Abateu-se sobre Israel um tempo de fome e ruína. Em pouco tempo, todos estavam clamando novamente por misericórdia divina.

Foi quando o Senhor escolheu um líder para reverter esse quadro: Gideão, proveniente de um dos clãs de menor destaque da tribo de Manassés. Carismático, ele conquistou apoio popular e formou um exército de 32 mil homens. A ideia era livrar seu povo dos midianitas, saqueadores que dispunham de arqueiros bem treinados e se locomoviam no lombo de camelos. Apesar do exército numeroso, Gideão não contava com os mesmo recursos de seus inimigos. Concluiu que a única forma de eliminá-los seria pegando-os de surpresa: num ataque noturno e com uma tropa enxuta, mas hábil. Assim foi feito, e as tribos de Israel triunfaram sobre os midianitas na campanha da fonte de Harode (leia mais na pág. 48).

Parentes distantes

Embora sejam retratados no livro bíblico Juízes como inimigos de primeira ordem, israelitas e midianitas eram parentes. Segundo outro livro da Bíblia, o Gênesis, Midiã foi o nome dado a um filho do patriarca Abraão com sua concubina Quetura. A criança teria sido enviada à “terra do Oriente” para que ficasse longe de Isaac, o “filho da promessa”. Muitas gerações depois, os descendentes de Midiã seriam tantos que formariam um povo, os midianitas – todos aparentados do mesmo Abraão dos israelitas. Segundo o livro Êxodo, o profeta Moisés se casou com uma midianita quando jovem. A desavença entre os povos começou muito mais tarde, quando as tribos israelitas marcharam sobre Canaã e conquistaram as terras mais férteis de toda a região.

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Coadjuvante – Alexandre, o grande
Comandante de uma das maiores campanhas militares da história.

Na lista de conquistadores que aterrorizaram os israelitas, poucos são tão fascinantes quanto Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323 a.C.). Rei da Macedônia e herdeiro da cultura grega, ele estendeu seus domínios até o Himalaia. Alexandre cercou e massacrou a cidade-fortaleza de Tiro (leia mais nas págs. 56 e 57), aniquilou os persas e marchou com seu exército até a Índia. Foram 10 anos ininterruptos de guerra, sem jamais ser derrotado. Mas das fronteiras do subcontinente indiano ele decidiu não passar. Cansado da vida no campo de batalha, retirou-se e foi morar na Babilônia, onde morreu aos 33 anos, de causa desconhecida. Depois disso, seu império se desintegrou. E parte dele deu origem ao Império Selêucida, cujas batalhas contra israelitas também foram parar nas páginas da Bíblia. – JFB e RL

Coadjuvante – Nabucodonosor
O rei babilônio que destruiu Jerusalém e extraditou os judeus.

Embora os israelitas sejam os personagens centrais da história contada no Velho Testamento, nem só de vitórias estão recheadas suas páginas. Entre os que derrotaram Israel, um dos mais notáveis foi o rei babilônio Nabucodonosor 2º (632 a.C.-562 a.C.). Ele tentou conquistar a maior parte do Oriente Médio, e quase conseguiu. Entre 588 e 586 a.C., guerreou contra o reino de Judá. Conquistou Jerusalém, destruiu o Templo de Salomão e deportou grande parte dos habitantes no episódio conhecido como Cativeiro da Babilônia (leia mais na pág. 55). Quando se cansou da guerra, decidiu dedicar boa parte do tempo a embelezar sua cidade. Encheu a Babilônia de aquedutos, muralhas, estátuas e templos. E mandou construir os famosos jardins suspensos, uma das maravilhas do mundo antigo. Segundo a Bíblia, Deus puniu sua arrogância com um surto de loucura que durou 7 anos. – JFB e RL

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