Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Esculturas de 2 mil anos mostram que nativos americanos conheciam magnetismo

As esculturas magnéticas representavam ancestrais mortos – e seu poder de atrair ou repelir outras rochas era visto como uma manifestação do poder dessas almas.

Por Ingrid Luisa
22 abr 2019, 19h11

O primeiro registro histórico do magnetismo vem da Grécia Antiga. Por volta de 600 a.C, Tales de Mileto realizou algumas observações aparentemente banais sobre as propriedades de atração e repulsão de pedrinhas escuras. Elas eram de magnetita (Fe3SO4) – essa foi a descoberta do ímã.

Agora, porém, achados arqueológicos demonstram evidências intrigantes, ainda que inconclusivas, de um conhecimento primitivo do magnetismo entre os povos nativos americanos – que data da mesma época que Tales fez suas observações do outro lado do Atlântico. 

Para entender essa história, precisamos voltar uns 2,5 mil anos, para o litoral oeste do território onde hoje fica a Guatemala, na América Central.

Lá, há esculturas pré-colombianas chamadas barrigones. Como o próprio nome diz, elas têm a barriga avantajada, braços laterais descansando sobre a protuberância, cabeça pequena, rosto de bolacha Trakinas, olhos fechados e, em alguns casos, a boca é mostrada com os lábios arredondados, como quem sopra uma vela de aniversário.

Continua após a publicidade

Os barrigones eram esculpidos a partir de um bloco de rocha único. E é aqui que vem o pulo do gato: as testas, bochechas e umbigos dessas estátuas estavam magnetizadosA descoberta é de um grupo de pesquisadores de Harvard.

Os nativos americanos não dominavam a tecnologia necessária para magnetizar só alguns trechos da estátua. As rochas utilizadas de matéria-prima provavelmente se tornaram ímãs graças a relâmpagos, bem antes de virarem esculturas.

Continua após a publicidade

Ou seja: não é que eles só fossem capazes de magnetizar só as partes do corpo da estátua que interessavam. Na verdade, eles pegavam grandes rochas de locais que eram atingidos com frequência por relâmpagos, detectavam as partes magnetizadas que já estavam lá e esculpiam os barrigones pensando nisso. 11 esculturas foram analisadas. 

As estátuas magnéticas eram carregadas de simbologia religiosa. Segundo a hipótese mais aceita pela equipe de Harvard, os barrigones representavam ancestrais falecidos da população. O fato de que eram capazes de repelir ou atrair outros objetos era visto como uma demonstração da presença dessas autoridades.

Os mesoamericanos atribuíam poderes às diferentes partes do corpo – e a ciência, assim, dava vida à magia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.