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Como era o esconderijo onde viveu Anne Frank?

Anne e sua família se refugiaram em um depósito secreto no prédio do escritório do pai. E ficaram lá até serem descobertos, em 1944.

Por Mário Araújo
Atualizado em 21 jan 2023, 18h17 - Publicado em 2 out 2009, 15h39

Chamado de “anexo secreto”, o refúgio da alemã Anne Frank ficava nos fundos do prédio da empresa do pai da garota, em Amsterdã, na Holanda.

Foi lá que sua família e outras quatro pessoas, todos judeus, viveram clandestinamente, numa tentativa de se esconder dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. E foi de lá também que Anne registrou, em seu diário, o angustiante dia-a-dia das pessoas que viviam no local.

As narrativas do diário terminam três dias antes de o lugar ser descoberto. Em 4 de agosto de 1944, os moradores do esconderijo foram levados para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

Anne – então com 15 anos – e sua irmã Margot morreram de tifo no campo de Bergen-Belsen, na Alemanha, em 1945. Apenas o pai, Otto Frank, sobreviveu – foi ele o responsável pela publicação do diário da filha, que vendeu mais de 30 milhões de exemplares no mundo até hoje, fazendo de Anne um ícone do genocídio sofrido pelos judeus.

O ANEXO SECRETO

Como era o esconderijo de Anne Frank para fugir de Hitler?

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“O esconderijo ficava no prédio do escritório do papai”, registra Anne em 9 de julho de 1942 – três dias após a  família Frank se mudar para lá. O edifício tinha dois andares, com escritórios, moinho e depósito de grãos. Na parte de trás estava o “anexo secreto”.

Como era o esconderijo de Anne Frank para fugir de Hitler?

1) Armário discreto
“Ninguém jamais suspeitaria da existência de tantos cômodos por trás daquela porta cinza e lisa”, escreve Anne em 9 de julho de 1942. Logo após a família Frank se mudar para o anexo, uma estante de livros foi erguida na frente da porta, tornando o esconderijo um local quase invisível.

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2) Distúrbios no sono
“A hora de dormir começa sempre com enorme agitação. Cadeiras são arrastadas, camas puxadas, cobertores desdobrados…”, Anne escreve em 4 de agosto de 1943. À noite, a sala comum virava o quarto da outra família que morava lá, os Van Pels, e de Fritz Pfeffer, amigo dos Frank.

3) Alimentação
Meia hora era o tempo máximo para o almoço – era quando os funcionários do armazém estavam fora e rolava de fazer um pouquinho de barulho. O cardápio, em geral, era baseado em batatas, enlatados e sopas, que os amigos da família compravam no mercado negro e deixavam, na surdina, no refúgio.

4) Banho semanal
Só dava para tomar banho aos domingos, de manhã. Como não havia chuveiro por lá, o banho era de canequinha, dentro de uma tina com água aquecida. Cada um usava um local diferente. Anne, por exemplo, o tomava no “espaço toalete do escritório”.

5) O diário
Anne fazia seu dever de casa logo após o almoço. Seus estudos se dividiam entre línguas, história, taquigrafia ou qualquer outro curso que se pudesse comprar por correspondência. Isso acontecia no quarto ou na sala comum. Também era nesse horário que Anne escrevia em seu diário.

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