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A origem da Casa de Windsor, a dinastia de Elizabeth II

Com Charles III, a dinastia de Windsor chega a seu quinto monarca. Conheça a origem da Casa e o caminho sucessório até o novo rei.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 20 set 2022, 22h28 - Publicado em 19 set 2022, 18h03

O funeral da rainha Elizabeth II aconteceu nesta segunda (19). O caixão deixou o Westminster Hall e prosseguiu até a Abadia de Westminster, onde foi realizada uma missa. Em seguida, o corpo foi enterrado na cripta real da capela de São Jorge, que fica dentro do castelo de Windsor – castelo que deu o nome à família real, e não o contrário.

O nome Windsor foi adotado pela família real britânica em 1917; até aquele momento, a dinastia vigente chamava-se Saxe-Coburgo-Gota, de origem alemã. A denominação foi alterada porque um dos aviões usados pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial tinha um nome similar: Gotha G.IV. Ele era um bombardeiro pesado, muito utilizado pela nação da tríplice aliança. Com o avançar da guerra, o sentimento anti-alemão cresceu – e a última coisa que a família real queria era ser associada com o inimigo.

Através de uma proclamação, no dia 17 de julho de 1917, o rei George V (avô de Elizabeth II) declarou não só o novo nome da dinastia, mas dispensou também o uso dos títulos germânicos: “Nós, tendo levado em consideração o nome e título de nossa Casa Real e Família, determinamos que doravante Nossa Casa e Família serão denominadas e conhecidas como Casa e Família de Windsor; e determinamos ainda para nós mesmos e em nome de nossos descendentes para renunciar e descontinuar o uso de todos os títulos e dignidades alemãs.”

Originalmente construído no século XI, o castelo sempre teve ligação com a família real britânica. Ele é, desde essa época, usado pelo atual monarca, sendo o palácio por mais tempo ocupado da Europa. Assim, quando a realeza decidiu trocar de nome, provavelmente optou por algo que já estava vinculado aos monarcas.

Naturalmente, o primeiro Windsor foi George V, responsável pela mudança de nome, e que reinou de 1910 até 1936. Seu filho, Edward VIII o sucedeu em um curto reinado, que durou apenas dez meses: ele abdicou do trono para se tornar o terceiro marido da socialite americana Wallis Simpson, uma relação que a igreja da época não aprovava. Assim, Edward passou a coroa para seu irmão, George VI, que reinou até sua morte, 15 anos depois.

Brasão da Cada de Windsor.
O Brasão da casa de Windsor, que substitui a antiga dinastia. (Wikimedia/Domínio Público)

Se Edward teve o reinado mais curto da história da monarquia britânica, sua sobrinha foi o oposto. A rainha Elizabeth II (filha de George VI) foi quem ficou mais tempo no trono na história da família real: 70 anos e 214 dias. Ela também foi a mulher com reinado mais longo da história, e a segunda entre qualquer monarca – perde apenas para o francês Luís XIV, que ficou no trono por 72 anos.

A coroa agora é posse de Charles III, filho de Elizabeth II com o príncipe Philip. Com 73 anos, ele é a pessoa mais velha a assumir o trono, e tem o legado carismático de sua mãe para tentar manter.

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