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5 lugares onde os astronautas da Apollo 11 treinaram antes de ir à Lua

Havaí, Grand Canyon, Nevada e Texas: os tripulantes da missão fizeram um tour pelos EUA para se preparar para a viagem

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 17 jul 2019, 18h58 - Publicado em 17 jul 2019, 18h57

Julho de 2019 é o mês em que se completa 50 anos da missão Apollo 11, projeto da Nasa, a agência espacial dos EUA, que culminou com a chegada do homem à Lua.

Mas antes que os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins atravessassem a atmosfera da Terra, foram necessários anos de treinamento e planejamento – o Programa Apollo, do qual a célebre missão número 11 faz parte, começou oito anos antes, em 1961.

Para além dos simuladores e das salas dos centros espaciais, não raro os astronautas precisavam realizar trabalhos de campo, para se acostumar com o solo lunar. O problema? Como ninguém havia estado lá, a Nasa precisou se basear na aproximação.

Trabalhando em parceria com o Serviço Geológico dos EUA (USGS, em inglês), a agência selecionou algumas áreas do país que se assemelhassem à topografia da Lua. Nesta semana, que celebra as datas de lançamento e pouso da Apollo 11, (16 e 20 de julho, respectivamente), o site do Museu Smithsonian, em Washington, listou cinco desses lugares, que podem ser visitados por interessados na história da exploração espacial.

Lago Cinder (Arizona)

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(Jon Mason, U.S. Geological Survey/Reprodução)

Formado por uma erupção vulcânica há quase mil anos, o Cinder Lake, no estado do Arizona, foi escolhido pela Nasa em 1967 como um dos lugares em que os astronautas treinariam como se estivessem em solo lunar. Para isso, o USGS realizou, por quatro meses, uma série de explosões que geraram 47 pequenas crateras por lá. O objetivo era fazer o lugar se parecer com uma região lunar chamada Mare Tranquillitatis, planejado para ser o local de pouso do módulo de Armstrong e cia.

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Grand Canyon (Arizona)

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(NASA/Reprodução)

O desfiladeiro, um dos pontos turísticos mais conhecidos dos EUA, também foi sala de aula dos astronautas – no caso, um intensivão em geologia. Apesar de versados em engenharia e pilotagem, os integrantes da Apollo precisaram aprender a coletar e reconhecer tipos diferentes de rocha. Afinal, boa parte da missão consistia em recolher amostras do solo lunar.

Deu certo: os astronautas voltaram para Terra com 2,2 mil amostras de material para análise. As trilhas feitas pelos profissionais da Apollo que visitaram Grand Canyon também podem ser feitas pelos turistas.

Sierra Blanca (Texas)

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(NASA/Reprodução)
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Essa cidade texana fica próxima às Montanhas Quitman, uma região repleta de rochas vulcânicas. Em fevereiro de 1969, Armstrong e Aldrin, junto a um time de geólogos, passaram alguns dias explorando a região.

A poucos meses da viagem, a tarefa foi quase como um TCC: coletar e descrever com precisão amostras de rochas, documentando tudo com câmeras e gravadores. O objetivo era preparar os astronautas para a rotina de trabalho na Lua – treinando aqui, eles não perderiam tempo lá em cima (algo bastante precioso se a sua quantidade de oxigênio está contada).

Área de Testes de Nevada (Nevada)

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(Historical / Colaborador/Getty Images)

Esta região de grande extensão (3,5 mil quilômetros quadrados) é uma área reservada pelo Departamento de Energia dos EUA desde 1951 para testes nucleares. Com o tempo, diversas divisões do exército do país criaram bases ali ou utilizam o espaço para algum projeto – a Área 51, por exemplo, ocupa uma parte deste local.

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Em 1962, a Nasa escolheu a área pelas crateras formadas pelas explosões nucleares, já que a topografia era semelhante a da Lua. Com isso, era possível testar equipamentos e métodos de coleta de amostras. Depois da Apollo 11, outros astronautas do programa também utilizaram a região para testes.

Havaí

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(James L. Amos / Colaborador/Getty Images)

Graças à grande quantidade de vulcões, o Havaí foi escolhido pelo Programa Apollo como um dos campos de teste.

Em janeiro de 1965, a tripulação das missões passou dias analisando os aspectos físicos dos vulcões, como as saídas de gás, de lava, as crateras, etc.. Como parte do treinamento, os exploradores subiram até o topo do Mauna Loa, um dos maiores vulcões do mundo, com 4.169 metros de altitude.

Além do Havaí, a Nasa também visitou a Islândia, por conta de sua aparente similaridade com o solo lunar – uma prova de que não é preciso entrar em um foguete para ter a impressão de estar pisando na Lua.

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