Tintim em movimento
O filme As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne, dirigido por Steven Spielberg, estreia nos cinemas no dia 20 de janeiro. Confira essa e outras dicas de cultura
Karin Hueck
1. Tintim em movimento
Quando Steven Spielberg lançou Os Caçadores da Arca Perdida em 1981, muita gente viu semelhanças entre o filme e os quadrinhos de Tintim: um herói simpaticão que vive aventuras em países exóticos. Spielberg ainda não conhecia o repórter belga, mas, assim que leu as histórias, se apaixonou. Ligou então para Hergé, pai de Tintim, de quem ouviu um pedido: “Quero que você seja o diretor que vai transformar minha obra em filme”. Três semanas depois, Hergé estava morto. E só agora, 20 anos passados, seu desejo virou realidade. (Pelo menos é assim que Spielberg conta a história.) Em As Aventuras de Tintim o detetive protagoniza uma caça ao tesouro, numa mistura de 3 histórias originais (ver abaixo). E melhor: todos os personagens queridos também estão lá: o capitão Haddock, os detetives Dupond e Dupont e o cãozinho Milu.
As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne, dia 20 de janeiro nos cinemas.
2. O livro do filme
Tintim descobre indicações para um tesouro secreto dentro de uma miniatura de navio (o tal do Licorne) e parte atrás dele com a ajuda de Haddock. É esse o enredo de dois dos três quadrinhos que serviram de inspiração para o filme e que foram lançados aqui.
As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne & O Tesouro de Rackham, o Terrível, Hergé, 128 páginas, Companhia das Letras, R$ 43.
3. Nada será como antes
“O ser humano é muito criativo. Se você der um martelo e um pedaço de madeira, ele vai fazer algo interessante a partir disso. Se você der a ele um computador e banda larga, também vai surgir algo legal. A diferença é que há 30 anos as pessoas iam a exposições de fotos e compravam discos. Hoje todo mudo é fotógrafo ou músico.” Com essas frases de efeito, o músico Moby tenta definir de onde vêm as boas ideias (de todo lugar) e o impacto do mundo digital sobre a cultura (que tornou tudo mais rápido, mais barato e menos especial). Eis o tema deste documentário – e só resta uma certeza: nada será como antes.
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4. Pulp Fiction do começo
Em homenagem à nossa seção E se… que já ganhou 6 páginas nesta edição, veja aqui mais uma. E se… Pulp Fiction tivesse sido montado na ordem cronológica? Tá aqui o resultado:
5. Mate cheque
Eis um final digno para aqueles cheques velhos que você jogou na gaveta e trocou pelo cartão de débito. Faça arte com eles, mande para este site e fique famoso.
6. Voa, voa, aviãozinho
Elas são lindas, jovens, independentes – e comissárias de bordo (ou, como ainda se podia dizer na época, “aeromoças”). Neste novo seriado, um tipo de Mad Men para mulheres, a década de 1960 é o pano de fundo para a agitada vida dentro dos aviões (onde era permitido fumar, carregar armas e beber champanhe – mesmo na classe econômica).
PanAm, da ABC americana.
7. O perigo via e-mail
Em 2008, o reverendo indiano Andrew John voltava da Índia para a Inglaterra quando foi procurado pela polícia britânica – sua conta bancária havia sido invadida e seus dados roubados. E mais do que isso: ele era a primeira vítima identificada de um golpe que roubou milhares de outras pessoas (e que envolvia criminosos ao redor do mundo, um agente infiltrado do FBI e um nigeriano que centralizava os golpes). Os crimes virtuais não são novidade. Mas neste livro o especialista em máfia Misha Glenny os transforma em um thriller emocionante, investigando ações em dezenas de países – inclusive um esquema milionário no Brasil.
Mercado sombrio, Misha Glenny, 400 páginas, Companhia das Letras, R$ 49,50.