Playlist: 5 coisas para ver, ler e jogar em março
Um simulador de presídio, os tropeços das megaconsultorias, um game sobre pintura, uma nova visão sobre o autismo - e o sci-fi mais inteligente dos últimos 20 anos
O povo dos três sois
Cientistas detectam que uma espécie alienígena, os trisolarianos, está vindo invadir a Terra – mas só vai chegar daqui a 400 anos. A humanidade tem um tempão para se preparar, e o problema é justamente esse: a indecisão alimenta a discórdia. Eis a premissa do livro de ficção científica lançado em 2006 pelo chinês Cixin Liu, que vendeu quase 9 milhões de cópias pelo mundo – e, agora, é transformado em série.
O Problema dos Três Corpos. Estreia dia 21/3 no Netflix.
A lógica da arte
O primeiro game desta franquia, lançado em 2022, era sobre Piet Mondrian (1872-1944): você ia clicando nos quadros dele para resolver puzzles ou tentar reproduzir as obras – e, ao fazer isso, entendia o raciocínio abstrato do gênio holandês. A continuação mantém essa mecânica, mas enfoca um pintor totalmente diferente: o belga James Ensor (1860-1949), que mistura expressionismo e surrealismo para comentar os tormentos da vida.
Please, touch the Artwork 2. Para PC e Mac (Steam). Grátis.
Um simulador de cadeia
Qual é o formato ideal, do ponto de vista da segurança, para um presídio? Quantos funcionários ele deve ter? E os detentos, como devem ser tratados? O refeitório deve servir o quê? Quando começa uma briga, em qual momento é necessário intervir? Neste game, você é o diretor da cadeia – e precisa evitar que o caos se instaure.
Prison Architect 2. Lançamento dia 26/3, para PlayStation, Xbox e PC. R$ 170.
A Grande Falácia
PWC, Deloitte, Ernest & Young (EY), KPMG, McKinsey. Talvez você já tenha ouvido os nomes dessas consultorias multinacionais, que faturam bilhões prestando assessoria a grandes empresas. Mas este livro, escrito pelas economistas Mariana Mazzucato e Rosie Collington, revela outro lado delas: às vezes dão ideias péssimas, que levam companhias e governos a tomar decisões ruinosas.
Humano à Sua Maneira
“Todos nós somos humanos, e esses comportamentos são humanos”, escreve o médico americano Barry Prizant, autor de 130 artigos científicos e estudos sobre autismo, neste livro em que propõe uma nova abordagem: em vez de encarar os comportamentos do autista como meros sintomas de uma patologia, tentar entendê-los como estratégias, que a pessoa cria e usa para se adaptar ao mundo.