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Oscar: Qual a diferença entre edição e mixagem de som?

Se você aproveita essa hora do Oscar para ir ao banheiro, entenda a função e a importância desse trabalho na produção de um filme.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 6 fev 2020, 14h20 - Publicado em 28 jan 2019, 09h17

Todos os anos, é a mesma coisa. Você liga a TV, prepara o seu bolão e a premiação do Oscar começa. E no meio do evento, você é obrigado a parar de ver os seus artistas favoritos para que os vencedores das categorias de Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som subam ao palco.

Se você nunca parou para pensar nesses dois prêmios, ou aproveitou essa hora para ir ao banheiro, a gente explica. Apesar de semelhantes, essas duas partes da produção de um filme têm suas diferenças – e ambas são essenciais para a experiência cinematográfica.

A edição de som está relacionada com a captação de áudio, seja no momento da gravação ou para complementar a cena, como um som ambiente ou o barulho de trânsito. Além disso, quem lida com esse trabalho precisa definir as melhores ferramentas e tecnologias para coletar o som, como microfones, booms e lapelas.

O trabalho é parecido com o de montar um mosaico. Imagine, por exemplo, captar e criar todos os efeitos sonoros de um filme como Star Wars? Naves explodindo, tiros para todos os lados, lutas com sabre de luz…Haja barulho.

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Um Lugar Silencioso é outro bom exemplo. O suspense, lançado em 2018 e que em 2019 concorreu ao Oscar de Edição de Som, baseia a sua narrativa essencialmente na experiência auditiva. Os monstros do filme se orientam pelo som, e fazer qualquer ruído pode ser fatal. Veja no vídeo abaixo como foi a construção dos efeitos sonoros:

E se existe alguém que conhece bem essa categoria, esta pessoa é o americano Kevin O’Connell. Sonoplasta e diretor de som, ele já esteve envolvido em filmes como Top GunHomem-AranhaTransformers. Ao todo, foram 21 indicações ao Oscar de Melhor Edição de Som. O único problema é que ele não é lá muito sortudo: a primeira vitória só rolou em 2017, com o longa Até o Último Homem. Desde a sua primeira indicação, em 1984, foram 33 anos saindo de mãos abanando da cerimônia.

Mixagem de som

Depois que todos os sons são coletados, é hora da pós-produção. A mixagem de som é o trabalho que envolve adicionar, mesclar, aumentar, diminuir e sincronizar os áudios da melhor maneira dentro das cenas do filme. Isso inclui, por exemplo, criar a sensação de distância (o barulho crescente de um trem se aproximando), de tensão (isolar ou amplificar barulhos para dar mais suspense à cena), entre outras funções.

Enquanto o pessoal da edição de som está segurando microfones ou criando novos efeitos, a galera aqui trabalha, basicamente, em uma mesa de mixagem. A categoria de Mixagem de Som é mais antiga que a de Edição e surgiu em 1930, na terceira edição do Oscar. Na época, quem era creditado (e, por tabela, levava a estatueta) era o próprio estúdio do filme. É por isso que, naquele ano, o vencedor está registrado como “o Departamento de Som da MGM”.

Isso começou a mudar em 1933. O nome do estúdio ainda aparecia na frente, mas os nomes dos responsáveis também eram colocados. A partir de 1969, os indicados aparecem como hoje: apenas os profissionais são creditados.

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A categoria de Edição de Som é mais recente e surgiu em 1963 com outro nome: Melhores Efeitos Sonoros. Depois, ela mudou para Edição de Efeitos Sonoros, até que em 1979, vendo que o nome não era nem um pouco atraente, colocaram o título atual. Elas podem não ser categorias tão glamourosas, mas até que têm o seu charme.

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