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Museu reúne mais de 50 obras sobre cachorros em evento

Nessa nova exposição britânica, são os cãezinhos que ganham o protagonismo em pinturas, esculturas e outras artes. Veja alguns dos destaques.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 14 mar 2024, 12h12 - Publicado em 30 mar 2023, 18h42

A Wallace Collection, uma instituição cultural britânica, inaugurou uma nova exposição temática em torno de nossos adoráveis companheiros. A Portraits of Dogs reúne mais de 50 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos e peças de taxidermia, que mostram o laço único entre as pessoas e os cães.

As peças foram deliberadamente selecionadas para conterem só cachorros – os humanos ficam completamente de lado. Mesmo com a exclusividade canina, os retratos ainda revelam muito tanto dos próprios cães quanto de seus donos, com suas personalidades refletidas em seus pets e suas representações.

O curador da exibição, Xavier Bray, diz que a ideia de uma exposição de retratos caninos já estava em andamento há um tempo, e a Wallace Collection seria o lugar ideal para sua realização: dois de seus quadros mais famosos são de cachorros – e também vão integrar a exposição.

À esquerda: Edwin Landseer, Doubtful Crumbs, 1858-59; à direita: Rosa Bonheur, Brizo, A Shepherd's Dog, 1864.
À esquerda: Edwin Landseer, Doubtful Crumbs, 1858-59; à direita: Rosa Bonheur, Brizo, A Shepherd’s Dog, 1864; (The Trustees of The Wallace Collection/Divulgação)

Segundo Bray, as duas obras são abordagens contrastantes na tarefa de representar cães. Enquanto o quadro de Rosa Bonheur é “um retrato realista e íntimo” de seu cãozinho Brizo, o de Edwin Landseer tenta introduzir uma parábola ao colocar um pequeno cão de rua esperando pelas migalhas de um grande São Bernardo, que dorme aconchegado. “Uma moral vitoriana das recompensas que aguardam no céu para os mansos entre nós”, afirma em um comunicado.

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A peça mais antiga exibida será uma escultura de mármore romana do final do século I de dois galgos ingleses – raça atualmente conhecida pela sua velocidade.

Leonardo da Vinci, Studies of a Dog's Paw (verso), National Galleries of Scotland.
O estudo de Da Vinci da anatomia da pata de um cachorro. (Private Treaty Sale with the aid of the Art Fund 1991 © National Galleries of Scotland/Divulgação)

Também estará exposto um desenho feito pelo renascentista Leonardo da Vinci. Usando os dois lados da folha, da Vinci estudava a pata dianteira esquerda do que possivelmente seria um cão de caça.

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Cachorros de realeza também estarão expostos. Os mascotes da rainha Vitória, Tilco, Hector, Nero e Dash, todos pintados também por Landseer em 1838, vão estar ao lado de rascunhos feitos em aquarela pela própria monarca.

À esquerda: Edwin Landseer, Hector, Nero and Dash with the Parrot Lory, 1838. A direita: Edwin Landseer, Queen Victoria's Spaniel ‘Tilco’, 1838 Anglesey Abbey
À esquerda, Hector, Nero e Dash com o papagaio Lory; à direita, ‘Tilco’, o spaniel da rainha Vitória, ambos de Edwin Landseer, 1838. (Royal Collection Trust; His Majesty King Charles III 2023 / Anglesey Abbey © National Trust/Divulgação)

A rainha Vitória não era a única que pintava os próprios bichinhos. O artista árcade Thomas Gainsborough retrata seus fiéis companheiros Tristram e Fox. Já James Ward ficou foi comissionado pelo arquiteto John Soane para pintar sua amada cadela Fanny, depois que ela faleceu em 1820. 

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James Ward, Fanny, A Favourite Dog, 1822.
O quadro de James Ward, entitulado Fanny, A Favourite Dog, 1822, (Fanny, O Cachorro Favorito). (courtesy of the Trustees of Sir John Soane’s Museum, London/Divulgação)

Entre algumas das obras mais recentes estão um conjunto de pinturas de 1995, feitas por David Hockney. Criar as afetuosas imagens de seus ​​dachshunds, Stanley e Boodgie, o ajudou a superar a morte de um amigo próximo.

“Eu queria desesperadamente pintar algo amoroso. Senti uma perda tão grande de amor que queria lidar com isso de alguma forma”, disse Hockney em 1995. “Um amigo diz que eram pinturas muito delicadas. Mas o que mais elas poderiam ser? Eles são meus cachorros. Percebi que estava pintando meus melhores amigos.”

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David Hockney, Dog Painting 30 a esquerda, e Dog Painting 41 a direita; ambos 1995
Duas pinturas de David Hockney de seus cachorros, feitas em 1995. (Richard Schmidt Collection The David Hockney Foundation/Divulgação)
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A história do mundo em 50 cachorros

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