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A história do Rock – Grunge e Britpop

Nos EUA, Nirvana e Pearl Jam. Na Inglaterra, Oasis e Blur.

Por Ivan Finotti
Atualizado em 2 set 2019, 19h35 - Publicado em 2 set 2019, 13h01
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(Paul Bergen/Getty Images)

Novos ventos chegaram com tudo nos anos 1990. De um lado do Atlântico, o Nirvana e o grunge explodiram mundialmente, retomando um rock baseado em gritaria e distorção, sem efeitos eletrônicos ou outras firulas.

Como resposta, nasceu o britpop, nome pelo qual ficaram conhecidas as bandas britânicas da época. Com um som mais elaborado e menos cru que o dos americanos, Oasis e Blur lideraram essa nova onda, que também chegou aos EUA.

Seja qual for o seu estilo preferido, os anos 1990 foram a última década, pelo menos até agora, em que o rock foi mainstream e as guitarras dominaram as paradas e os rádios.

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O Oasis foi o último furacão que passou pelas ilhas britânicas, chegando à costa com toda sua força já em seu primeiro disco, Definetly Maybe, de 1994. Com uma sucessão de hits, o álbum ajudou a definir o conceito de britpop, ou pop britânico, que tomou conta do país naquela década. Apesar do nome pop, o Oasis era uma máquina de fazer rock. O segundo álbum, (What’s the Story) Morning Glory?, foi ainda mais impactante, com os megahits “Wonderwall” e “Don’t Look Back in Anger”, levando a banda aos EUA. Todos os sete discos do Oasis foram primeiro lugar na Inglaterra, a despeito das brigas dos irmãos Liam (vocal) e Noel (guitarrista e compositor) Gallagher com outras bandas e entre eles mesmo. Foi numa dessas que, em 2009, Noel dissolveu o grupo, dizendo que não aguentaria trabalhar mais um único dia com seu irmão caçula. Os dois seguiram carreira com novas bandas próprias, ambas boas, a Noel Gallagher’s High Flying Birds e a Beady Eye. (Divulgação/Reprodução)
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Após o suicídio do líder do Nirvana, Kurt Cobain, em 1994, Dave Grohl iniciou uma nova banda extremamente bem-sucedida, o Foo Fighters. De baterista do antigo grupo, Grohl mudou para a guitarra e assumiu os vocais. O nome vem do apelido que pilotos deram a objetos voadores não identificados (UFO) durante a Segunda Guerra Mundial. A gravação do primeiro álbum foi um espanto: Grohl escreveu as canções e tocou todos os instrumentos, com exceção de uma parte de guitarra em uma das músicas. Cada canção demorou 45 minutos para ser gravada, na mesma ordem em que aparecem no álbum. Foi só com a demo pronta que o artista mandou o material para gravadoras. Depois, contratou músicos para tocar as canções ao vivo. Apesar disso, a banda raramente trocou integrantes, e a maior parte dos que vêm ao Brasil este ano já tocam no Foo Fighters há duas décadas. (Divulgação/Reprodução)
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O Radiohead já foi classificado como uma banda que entrega pura arte. Uma das razões para isso é que seu guitarrista, vocalista e compositor, Thom Yorke, encontrou um estilo muito próprio de cantar, bastante sofrido, aliado a influências eletrônicas que não raro deixam a música difícil para os não iniciados. A banda partiu de um rock bastante eficiente com o single “Creep”, em cuja letra Torke assumia sua condição de nerd esquisitão. Mas foi o terceiro álbum, Ok Computer, de 1997, que deixou a crítica de quatro, com seus sons viajandões. Dez anos depois, o Radiohead lançou In Rainbows para download. O preço era aquele que cada um resolvesse pagar. Uma carreira solo paralela não afastou Yorke da banda, cujo último álbum saiu em 2016. (Gie Knaeps/Getty Images)
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Após o estouro do Nirvana, em 1991, o holofote recaiu sobre uma série de bandas da região de Seattle, EUA, no que ficou conhecido como explosão grunge. O Pearl Jam foi o melhor e maior desses grupos, alcançando o sucesso já em seu primeiro álbum, Ten. Com letras depressivas e um rock calcado na distorção, todos os dez discos do Pearl Jam, com exceção de um, esteve em primeiro ou segundo lugar nos mais vendidos da parada americana. O cantor Eddie Vedder lançou dois ótimos discos solos em 2007 e 2011, mas nunca saiu da banda, que trabalha atualmente em seu 11º álbum. (Frans Schellekens/Getty Images)
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O Red Hot Chili Peppers já era uma banda veterana em 1992, quando o grunge estourou no mundo todo. Os maluquetes de Los Angeles, na estrada desde 1983, haviam construído uma sólida reputação de arruaça e uma mistura – então original – de funk com rock pesado. O baixo frenético de Flea e a cantoria meio rap de Anthony Kiedis produziu sucessos como “Fight Like a Brave” (1987) e a ótima versão de “Higher Ground” (1989), de Stevie Wonder. Mas o RHCP teve a sorte de lançar seu melhor disco na esteira do tsunami grunge. Blood Sugar Sex Magik trazia um notável amadurecimento nas composições: a melancólica “Under the Bridge” e a suingada “Give It Away” foram hits mundiais. O raio caiu pela terceira vez no mesmo lugar quando os Chili Peppers tiveram mais uma onda de sucesso em 1999, com o álbum Californication. (Divulgação/Reprodução)
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Se o Oasis foi uma espécie de Rolling Stones do britpop, com um rock cheio de guitarras e integrantes malvados, o Blur foi os Beatles. Damon Albarn e seus parceiros eram os caras que os pais queriam que suas filhas se casassem. Luminosos, bem-humorados e apostando num rock com referências britânicas, o Blur passou os anos 1990 respondendo a insultos dos irmãos Gallagher. A imprensa adorou e levou essa briga às primeiras páginas. A banda se deu bem com seu terceiro disco, Parklife (1994), que estreou em primeiro lugar na Inglaterra e ficou nas paradas por quase dois anos. A canção “Song 2”, de 1997, abriu as portas da América. O grupo já se separou duas vezes e voltou. Nessas ocasiões, Albarn se dedicou à banda com personagens de animação Gorillaz. O último disco do Blur é de 2015. (James Crump/Getty Images)
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Em 1991, quando o disco Nevermind foi lançado e “Smells Like Teen Spirit” tornou-se um hit no mundo inteiro, o Nirvana foi saudado como a banda que salvou o rock. Com vocais gritados e guitarras cheias de distorção, o disco impressionou pela crueza associada a melodias quase infantis. Basta ouvir músicas como “Come As You Are”, “In Bloom”, “Lithium” e “On a Plain” para sair cantarolando. Fã de Beatles, Kurt Cobain compunha pérolas pop no estilo de McCartney, mas produzia um pandemônio musical em volta de cada canção. Outra característica desse disco é o uso econômico das guitarras. Em vez disso, o baixo de Krist Novoselic soa mais destacado, acompanhando, com a bateria de Dave Grohl, os vocais de Cobain. O primeiro disco, Bleach, de 1989, é bem diferente. Menos cantarolável, apenas a canção “About a Girl” dá uma dica de como ficariam as composições da banda no futuro. Já In Utero, de 1993, é uma sequência de Nevermind, com uma produção mais esmerada. O Nirvana fez ainda um acústico da MTV de extremo sucesso. Em 1994, Kurt Cobain se matou com um tiro de espingarda na cabeça, entrando para o famigerado clube dos rock stars que morreram aos 27 anos, caso de Brian Jones, Jim Morrison, Jimi Hendrix e Janis Joplin. O suicídio foi o ato final de uma batalha contra a depressão e o vício de heroína, agravados pela incapacidade de Cobain de lidar com o sucesso. (James Crump/Getty Images)

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