A evolução de Gotham City nas histórias do Batman
Com Robert Pattinson, o novo Batman estreia dia 3 de março. Veja como a cidade do morcego já foi representada desde a criação do herói, em 1939.
Etimologia
No inglês antigo, “Gotham” quer dizer “cidade das cabras” (“goat’s town”). Na Idade Média, o termo passou a significar também “cidade dos tolos”, talvez por associação ao animal. Em 1807, o escritor Washington Irving (A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça) usou a palavra para descrever Nova York; o apelido pegou e é usado até hoje.
Começo discreto
Batman estreou em 1939, mas Gotham só foi batizada em 1940. O roteirista Bill Finger tirou a ideia do anúncio em uma lista telefônica de uma certa “Joalheria Gotham”. No início, a cidade era um arremedo de Nova York, sem traços marcantes. As adaptações em live action dos anos 1940 e 1960, de baixo orçamento, também não ofereciam grandes detalhes.
Mais gótico, por favor
A partir dos anos 1970, as histórias do Batman ficaram mais sombrias– e Gotham tambéma. O ápice rolou em Batman (1989). Tim Burton e o diretor de arte Anton Burst queriam que ela fosse como “se o inferno tivesse emergido pelas ruas”. Eles se inspiraram nos desenhos do arquiteto Hugh Ferriss, especialista na releitura de temas góticos para ambientes urbanos. O filme levou o prêmio de Melhor Direção de Arte no Oscar de 1990.
Na telinha
Batman: A Série Animada (1992-1995) incluiu mais detalhes soturnos. As influências vão do art déco (estilo marcado por ornamentos e formas geométricas) aos filmes noir (histórias criminais da década de 1940, com uso de sombras e iluminação contrastante). Para realçar o visual dark, desenhavam Gotham em papel preto.
Bico de cartógrafo
Foi só em 1998 que alguém teve a ideia de mapear completamente a cidade. O ilustrador Eliot R. Brown fez isso para a HQ Terra de Ninguém, na qual Gotham é parcialmente abandonada após um terremoto. Inspirada em Manhattan, ela aparece como um conjunto de ilhas e fica no estado de Nova Jersey.
Realista, mas nem tanto
Na trilogia O Cavaleiro das Trevas, Christopher Nolan gravou em cidades como Chicago, Pittsburgh e Nova York. Para o novo filme, o diretor Matt Reeves pretende criar uma Gotham diferente – meio termo entre o realismo e a fantasia. Ele usou locações inéditas na franquia, como Glasgow (Escócia) e Liverpool (Inglaterra).