Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

14 filmes para você ver no cinema em 2018

O ano promete: ficção científica das boas, brasileiros em Hollywood, super-heróis, cachorros falantes e Turma da Mônica. Preparem as pipocas

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 out 2020, 15h19 - Publicado em 22 dez 2017, 18h09

2018 promete. E nem estamos falando sobre a Copa do Mundo ou sobre as eleições. Se tudo correr como esperado, esse pode ser um dos melhores anos para o cinema em tempos: grandes promessas (como Vingadores: Guerra Infinita Ilha de Cachorros) finalmente chegarão às telas, acompanhados de filmes que já estão começando a se mostrar boas surpresas (como os brasileiros BenzinhoComo é Cruel Viver Assim). 

Adeus ano velho, feliz ano novo. Pode acordar da ressaca de champagne, tirar a roupa branca, e correr pro cinema.

Me chame pelo seu nome

O melhor filme de 2017, segundo os críticos, só chega por aqui oficialmente em 2018 mesmo. Pelo menos é logo no começo do ano.

O longa dirigido por Luca Guadagnino conta a história de Elio, um menino de 17 anos que vive na Itália em 1983, e acaba num turbilhão de emoções sobre sua vida e sexualidade desde que Oliver, um assistente de seu pai, chega à cidade.

Parte da seleção oficial do Festival de Sundance (o evento cinematográfico mais descolado do mundo e responsável por revelar artistas como Quentin Tarantino e Christopher Nolan), o filme vem colecionando prêmios desde que começou a ser exibido lá fora. Entre eles, indicações no Festival de Toronto, Globo de Ouro e Screen Actors Guild Awards. Cheirinho de Oscar.

Estreia prevista: 11 de janeiro

Continua após a publicidade

Artista do Desastre

The Room, filme de 2003 protagonizado, roteirizado e dirigido pelo então estreante Tommy Wiseau, é considerado por muitos o pior filme já feito. No site de críticas Metacritic, por exemplo, a nota do longa é 9 – em uma escala que vai de 0 a 100. A falta de qualidade é tanta, que começou a ser visto como uma piada e se tornou um clássico do trash atual. Sessões especiais (organizadas por fãs) costumam lotar salas de cinemas, e lá dentro os espectadores gritam frases de efeito junto com o protagonista, chegando a arremessar colheres de plástico contra a tela em determinado momento. Entre os milhares de fãs estão Seth Rogen e James Franco. Responsáveis por alguns dos maiores besteiróis da Hollywood atual (como Segurando as Pontas, e É o Fim) eles resolveram contar a história dos bastidores de The Room. O resultado é Artista do Desastre, com Franco encarnando um Wiseau sem nenhuma inibição e menos inteligência ainda. A melhor comédia do ano pode ser sobre o pior drama de todos os tempos.

Estreia prevista: 25 de janeiro

A Repartição do Tempo

Você é cientista, brasileiro, e mesmo assim consegue o impossível: inventar uma máquina do tempo. Corre pra registrar a invenção, mas aí, claro, acaba batendo de frente com um problema inevitável: a burocracia.

Continua após a publicidade

O filme mostra  Dr. Brasil (interpretado por Tonico Pereira) deixando sua criação no Registro de Patentes e Invenções. O problema é que o órgão acaba de ser citado como símbolo da ineficácia brasileira por uma importante revista, e o novo chefe quer usar justamente a máquina do tempo para aumentar a produtividade de seus funcionários.

Cinema brasileiro sobre ficção científica. Vale conferir.

Estreia prevista: 25 de janeiro

A Forma da Água

Na virada do século, o então diretor estreante, Guilhermo del Toro foi aos escritórios da Universal Studios com uma proposta: ele queria fazer uma nova versão do filme de terror clássico O Monstro da Lagoa Negra, de 1954. Só que dessa vez, o filme mostraria o ponto de vista do vilão e, no fim, ele e a mocinha ficariam juntos. Ele não conseguiu o acordo. Quase 20 anos depois, o diretor já consagrado resolveu retomar a ideia. Dessa vez sem estar diretamente ligado com o filme dos anos 1950, mas com a mesma temática, onde um monstro subaquático e uma humana se apaixonam durante a Guerra Fria. Com um novo detalhe: dessa vez, a protagonista é muda.

Continua após a publicidade

O longa venceu o prêmio de Melhor Filme do Festival de Veneza, está indicado a seis Globos de Ouro e duas estatuetas do SAG – o que pode sugerir uma nomeação ao Oscar. Nos EUA, onde já estreou, também vem arrancando elogios. O The New York Times, por exemplo, deu nota máxima para o filme que classificou como “parcialmente um quebra-cabeças de contos de fada, parcialmente um filme sobre monstros geneticamente modificados. Completamente maravilhoso”.

Estreia prevista: 1º de fevereiro

Como é Cruel Viver Assim

Um dos destaques do Festival do Rio de 2017, Como é Cruel Viver Assim promete ser o filme que o Brasil precisa para aguentar 2018 (ano de eleições e Copa, lembra?): uma dose de comédia pra cada duas de cinismo.

A história dirigida por Júlia Rezende acompanha um grupo de amigos sem muita dinheiro tendo que enfrentar uma vida onde humilhação e descaso já viraram rotina. Vladmir (papel de Marcelo Valle), o protagonista, por exemplo, está desempregado e tenta lidar com o fato de que sua esposa, Clívia (interpretada por Fabiula Nascimento) sempre quis ter uma festa de casamento. As coisas começam a mudar de figura quando uma amiga do casal, Regina (Debora Lamm) resolve sequestrar o ex-patrão para tentar ganhar uma grana.

Continua após a publicidade

Em uma espécie de Fargo brasileiro, onde cada erro abre possibilidade para dezenas de caminhos diferentes, pode ser um dos melhores filmes do ano.

Estreia prevista: : 15 de março

Jogador Nº 1

Uma das coisas mais legais do cinema atual são os crossovers (nome dado para quando personagens de diferentes filmes se encontram) há quem diga que é por isso que os filmes da Marvel deram tão certo, por exemplo, e essa é uma das razões pelas quais tanta gente se empolgou com a compra da Fox por parte da Disney. O problema é que esses encontros costumam ficar restritos a pequenos universos: super-heróis, monstros, desenhos animados de uma mesma empresa. Jogador Nº 1 joga essa regra para os ares. Praticamente todo elemento marcante da cultura pop dos últimos 40 anos aparece no filme – e em uma história onde isso faz sentido.

Dirigido por Steven Spielberg, o longa adapta a história do best-seller homônimo lançado em 2011. Nela, no não tão distante ano de 2044, o mundo está um caos. Pobreza disseminada, muita gente deixada de lado pelo governo. Por isso, grande parte da população se distrai no Oasis, um jogo de realidade virtual onde você pode fazer basicamente o que quiser, na pele dos seus personagens favoritos. Você pode pilotar um DeLorean, e dar carona para o seu amigo Coringa, para ter uma festa na casa da Lara Croft, por exemplo. O problema é que o fundador do game, James Halliday (interpretado por Mark Rylance) morre e lança um desafio: quem encontrar um segredo que ele deixou escondido no Oasis, vai herdar o controle sobre o game – ah, e toda sua fortuna. Começa-se então uma corrida mundial pelo prêmio, e o órfão Wade Watts (papel de Tye Sheridan) acaba entrando no centro disso tudo.

Continua após a publicidade

Personagens amados, Steven Spielberg, e uma trilha sonora embalada pelos anos 1980. Está difícil ficar ruim.

Estreia prevista: 29 de março

Os Novos Mutantes

Em 2016, a Fox resolveu ousar: depois de anos com fãs fazendo abaixo-assinados, eles resolveram lançar um filme de Deadpool, um anti-herói de humor ácido que vinha fazendo sucesso nos quadrinhos dos X-Men. Deu certo. O longa rendeu US$ 783 milhões e se tornou o segundo mais lucrativo filme para maiores de idade da história (atrás só de A Paixão de Cristo).  Depois disso, em 2017, veio Logan – que também usa personagens mutantes para contar tramas mais voltadas para o público adulto. Outro tiro certeiro, rendeu U$ 616 milhões e se tornou o décimo lugar na lista dos para maiores de idade. A nova aposta é Os Novos Mutantes.

A ideia é fazer o primeiro filme de terror utilizando super-heróis. Pode dar certo, pode não dar, mas a certeza é que haverá um temperinho brasileiro para chamar a atenção dos tupiniquins. O longa conta com dois brasileiros no elenco principal. Alice Braga fará o papel de Dra. Cecília, a responsável pelo hospital que prende os mutantes, e Henry Zaga encarnará Mancha Solar, mutante carioca extremamente importante nos quadrinhos (nas páginas ele chega a liderar uma equipe dos Vingadores).

O elenco ainda conta com Anya Taylor-Joy, que protagonizou brilhantemente Fragmentado, Charlie Heaton, o Jonathan Byers de Stranger Things e Maisie Williams, a Arya de Game of Thrones, todos adaptando o arco do Urso Místico, uma série de de histórias dos quadrinhos sobre um animal psíquico com instinto assassino.

Estreia prevista: 12 de abril

Vingadores: Guerra infinita

Foram necessários 10 anos e 18 filmes para pode contar essa história. Não que a Marvel esteja reclamando, durante esse processo, o estúdio arrecadou mais de US$ 5 bilhões e se criou a franquia mais lucrativa da história do cinema. Guerra Infinita finalmente mostrará o conflito entre os super-heróis e Thanos, um dos mais poderosos vilões dos quadrinhos. O antagonista foi apresentado nos cinemas no fim do primeiro Vingadores e de lá pra cá vem tendo sua trama construída nos filmes do estúdio – sempre movimentando um vilão capacho aqui, demonstrando seu poder acolá, mas nunca entrando em um embate direto com os mocinhos.

Na trama, o vilão alienígena está reunindo as pedras do infinito, minerais que, quando unidos, conseguem transformar seu portador no ser mais poderoso do Universo. O embate com Thanos deve terminar em Vingadores 4, que estreia em 2019, e, depois disso não se sabe o que acontecerá com os heróis nos cinemas (coisa rara, já que a Marvel costuma divulgar seu cronograma com até meia década de antecedência). A aposta que é que alguns dos heróis como Capitão América e Homem de Ferro morram nas telonas, mexendo com o coração dos nerds de plantão.

A ansiedade é tanta que a prévia do filme, divulgada no final de novembro, conseguiu 203 milhões de visualizações nas primeiras 24 horas – e se tornou o trailer mais assistido, em um único dia,  de todos os tempos.

Estreia prevista: 26 de abril

Ilha de Cachorros

Wes Anderson é um dos melhores diretores da atualidade. Um estilo marcantemente simétrico, quase sempre vinculado a uma palheta de cores muito específica, e, principalmente, um roteiro que oscila entre temas baixo astral e diálogos infantis. Costuma dar bem certo. Seu último filme, O Grande Hotel Budapeste, por exemplo, foi indicado a 9 oscars – e levou quatro deles.

Agora, Anderson apresenta sua segunda animação (a primeira foi O Fantástico Sr. Raposo, de 2009). Ilha de Cachorros se passa daqui a 20 anos em uma realidade onde os cachorros japoneses começaram a desenvolver uma doença chamada “gripe canina”. A saída das autoridades locais é isolar os animais em uma ilha-lixão. Só que um menino de 12 anos não gosta nada dessa história, rouba um avião e vai até a ilha encontrar seu cachorro, Spots.

O filme conta com um elenco de peso entre os dubladores, gente como Bryan Cranston, Edward Norton, Yoko Ono, Scarlett Johanson, Greta Gerwig e Bill Murray, só pra citar alguns.

Estreia prevista: 14 de junho

Turma da Mônica – Laços

Laços foi a segunda HQ do selo MSP Graphic – coleção de histórias especiais lançadas pela Mauricio de Sousa Produções –, lá em 2013. Logo de cara foi um sucesso. Os irmãos Lu e Vitor Cafaggi construíram uma história dramática e nostálgica, com a turma da Mônica correndo atrás do Floquinho (o cachorro de Cebolinha), que estava desaparecido. Três anos antes de Stranger Things, a HQ já trazia de volta aquele clima oitentista de Goonies, onde um bando de crianças se juntam para uma aventura.

Agora Laços chega aos cinemas. E a direção não poderia ser melhor: Daniel Rezende, que já trouxe o clima pop para o cinema brasileiro com seu último filme, Bingo: O Rei das Manhãs.

Se tudo der certo, isso pode significar um longo e bem sucedido caminho para a Turma nos cinemas. Nos quadrinhos, Laços tem duas continuações: Lições e Lembranças.

Provavelmente a melhor coisa que vai passar nos cinemas durante o Dia das Crianças.

Estreia prevista: 11 de outubro

mônica-laços
(Daniel Rezende/Reprodução)

Homem-Aranha no Aranhaverso

O terceiro filme de super-heróis da lista é provavelmente o mais diferente deles. Homem-Aranha no Aranhaverso é uma animação e tem como protagonista não Peter Parker, com quem estamos acostumados, mas Miles Morales, um Aranha negro e latino que já aparece nas HQs desde 2011.

Comandado por Phil Lord e Chris Miller, diretores do inteligente e infantil Uma Aventura Lego e do inteligente e adulto Anjos da Lei, o filme teve seu trailer revelado na Comic Con desse ano e exibiu algumas das cenas mais bonitas do evento. Com takes artísticos e bem feitos, o filme pode ser uma baita surpresa positiva pra 2018.

Estreia prevista: 20 de dezembro

As Boas Maneiras

Vencedor do Festival do Rio, em 2017, As Boas Maneiras, explora um gênero cada vez mais bem sucedido nos cinemas brasileiros: o terror.

O longa conta a história de Clara (interpretada por Isabél Zuaa), uma enfermeira saída da periferia de São Paulo, que é contratada pela misteriosa Ana (Marjorie Estiano) para que ela cuide de seu bebê, ainda não nascido. Com o passar do tempo, as duas começam a construir uma relação, até que uma noite de lua cheia muda tudo.

O filme é dirigido e roteirizado pela dupla Juliana Rojas e Marco Dutra, que juntos já foram indicados a quatro prêmios no Festival de Cannes – vencendo um – por seus trabalhos em Um Ramo, Trabalhar Cansa e O Lençol Branco.

Um filme brasileiro, sobre lobisomens, com toda a aura de O Bebê de Rosemary. Vale conferir

Estreia prevista: Ainda não anunciada

Ferrugem

Lembra do Festival de Sundance citado lá no primeiro filme da lista? Pois bem, além dele ter revelado Tarantino e Nolan, ele também foi o palco para a descoberta de A Pequena Miss Sunshine, 500 dias com ela, Antes da Meia Noite e provavelmente algum outro de seus filmes favoritos. Nesse ano, três brasileiros foram selecionados para a mostra. Ferrugem é um deles.

O longa toca em uma questão muito delicada: o vazamento de fotos íntimas de uma adolescente. Além disso, mostra como esse episódio afeta a vida de uma pessoa em escalas muitas vezes difíceis de imaginar. O filme é dirigido por Aly Muritiba e Tifanny Dopke interpreta Tati, a vítima dos vazamentos.

Estreia prevista: Ainda não anunciada

ferrugem
(Globo Filmes/Reprodução)

Benzinho

Mais um brasileiro em Sundance, Benzinho ainda conta com uma glamour extra: vai ser exibido logo no primeiro dia do festival (uma honraria exclusiva aos melhores filmes da mostra).

O filme dirigido por Gustavo Pizzi conta a história de Irene (interpretada por Karine Teles, que fez o papel da vilã Bárbara em Que Horas Ela Volta?), uma mulher de 38 anos, moradora de Petrópolis (RJ). Casada com Klaus (Otávio Muller) e mãe de quatro filhos: Fernando (Konstantinos Sarris), de 16 anos, Rodrigo, de 10, e os gêmeos de 5 anos. Enquanto tenta ganhar um dinheirinho como vendedora, ela se esforça para finalmente tirar seu diploma de Ensino Médio. Só que Fernando pode estar para viver uma grande mudança em sua vida. O filho mais velho se destaca em um campeonato de handebol e é convidado para jogar profissionalmente na Alemanha. Agora Irene tem que aprender a lidar com a inesperada separação que vai ter com o primogênito.

O filme que ainda não estreou oficialmente, está conquistando produtores que o assistem nos bastidores. O longa já tem, por exemplo, distribuição garantida pela New Europe uma importante distribuidora internacional de cinema.  

Benzinho é um dos 12 filmes do festival concorrendo ao prêmio World Cinema, de Sundance, que escolhe o melhor longa internacional do ano.

Estreia prevista: Ainda não anunciada

benzinho
(Gustavo Pizzi/Reprodução)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.