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Vereador propõe pausa para sexo no horário de trabalho na Suécia

Na cidade de Övertorneå, o benefício seria concedido uma vez por semana aos moradores – e sem desconto no salário

Por Giselle Hirata
Atualizado em 11 mar 2024, 13h49 - Publicado em 24 fev 2017, 17h59

Enquanto aqui no Brasil a classe trabalhadora briga para ter horas extras remuneradas, lá na Suécia, na cidade de Övertorneå, estão propondo uma pausa para sexo durante o horário de trabalho – e sem descontar nada do salário.

O “benefício” foi uma ideia do vereador sueco Per-Erik Muskos, que diz que o objetivo é melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, além de aumentar a taxa de natalidade no município.

Parece bizarro? Nem tanto. Esse tipo de coisa pode ser até comum na Suécia, um dos países mais que mais investem no bem-estar de seus habitantes. Por lá, já existe licença parental de 480 dias e até um ritual sagrado do café no meio do expediente, conhecido como “fika”, no qual as pessoas param as atividades para ter um momento de descontração.

Ao apresentar a proposta aos membros do conselho da cidade, Muskos defendeu que a medida seria um tempero a mais no casamento e melhoria a autoestima dos funcionários. “O sexo é, também, uma boa forma de praticar exercícios e tem efeitos positivos no bem-estar”, acrescentou o vereador durante seu discurso à mídia local. A sugestão é que as pessoas tirem uma hora por semana para ir para casa e fazer sexo com seus parceiros.

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A moção deve ser votada na primavera (entre maio e setembro) e precisa de uma maioria simples para ser aprovada. No pequeno município de 4,5 mil habitantes, as opiniões se dividem entre os que acham a sugestão ridícula e descabida, os que apoiam a ideia e os que acham a situação, no mínimo, divertida. Parte da população condena a medida porque acreditam que os solteiros vão perder mais tempo em aplicativos, como o Tinder, procurando um date para passar o seu interlúdio semanal.

Em entrevista ao The New York Times, Malin Hansson, sexologista e especialista em saúde reprodutiva em Gotemburgo, disse que a iniciativa é válida, uma vez que o sexo reduz o estresse, melhora o sono e enriquece a intimidade entre casais. “Eu apresentaria isso em todo o país”, acrescentou.

Ainda no time de apoio, Lotta Dellve, professora do departamento de sociologia da Universidade de Gotemburgo, afirma que suas pesquisas mostram que curtos períodos de atividade física durante o expediente têm muitos benefícios, incluindo a produtividade. “E essas atividades poderiam incluir sexo, por que não?”, questionou.

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Na oposição, outro vereador de Övertorneå, Tomas Vesdetig, questiona a ideia de Muskos. Ele acredita que a proposta é intrusiva e que pode envergonhar as pessoas que não têm parceiros sexuais, que não têm relações sexuais ou que têm condições médicas que impeçam o sexo. “E, também, acho embaraçoso um chefe chegar para um funcionário e dizer: “Vá para casa por uma hora e faça bebês”, declarou.

A medida sugerida por Muskos surge em um momento em que a Europa luta para proporcionar mais qualidade de vida às pessoas. Na França, por exemplo, já foi aprovado que os trabalhadores cumpram 35 horas semanais e tenham o “direito de se desconectar” – neste caso, a lei exige que empresas com mais de 50 funcionários garantam que o trabalho não interfira nos dias de folga de seus empregados.

No ano passado, a Suécia apareceu no topo de um ranking criado para saber quais países mais contribuem para o bem da humanidade, o Índice do Bom País. A análise contempla 163 países, que são avaliados em sete categorias: “Saúde e Bem Estar”, “Prosperidade de Igualdade”, “Planeta e Clima”, “Ciência e Tecnologia”, “Paz e Segurança Internacional”, “Ordem Mundial” e “Cultura”. O Brasil ficou na 43ª posição.

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