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Tinder diminui a exigência das pessoas em relação aos parceiros

Apps e sites de namoro baixaram nossos critérios sobre o intelecto do possível parceiro

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 fev 2017, 16h34 - Publicado em 24 fev 2017, 16h17

Escolher um parceiro(a) não é uma tarefa fácil, muito menos objetiva. Não à toa, a ciência vem pesquisando os segredos de por que a gente se apaixona por quem a gente se apaixona ou simplesmente por que não sente nenhuma borboleta no estômago quando sai com pessoas que, em tese, teriam tudo a ver conosco.

Se pudéssemos listar os pré-requisitos para se relacionar com alguém os principais fatores seriam: química (porque sem atração não se vai a lugar algum), interesses em comuns e comportamentos simétricos ou complementares. Claro que somado a esses três pilares entram fatores muito mais subjetivos como idade, cultura, crenças, personalidade, educação, aparência, senso de humor e outras preferências bastante pessoais.

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Mas desde o boom das redes sociais, de sites de namoro e de aplicativos como Tinder, Happn e Grindr, a árdua jornada de encontrar um amor ou sexo casual sofreu grandes transformações. Se antes nossas possibilidades eram limitadas a pessoas que conhecíamos ou que nossos amigos conheciam, com a internet esses limites ganharam novas proporções – temos acesso uma quantidade muito maior de possíveis parceiros.

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Só que de match em match, acabamos deixando alguns pré-requisitos em segundo plano. Principalmente no que diz respeito ao nível intelectual do pretendente. Foi o que concluiu um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, que analisou os hábitos de paquera online de 41.936 australianos entre 18 e 80 anos e suas 219.013 interações. A pesquisa incluiu millennials e octogenários para comprovar que a tecnologia possibilita novas experiência para encontrar um relacionamento em todas as fases da vida.

O estudo foi publicado no periódico internacional Personality and Individual Differences.

Ao longo dos quatro meses de pesquisa, os cientistas notaram que a partir de meios de paquera virtual, os usuários estão mais propensos a entrar em contato com mais pessoas com o mesmo nível de educação que eles. No entanto, à medida que as pessoas envelhecem o “match intelectual” deixa de ser tão importante.

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“As mulheres mais velhas, em particular, apresentaram mais probabilidade de entrar em contato com parceiros com menor nível educacional que elas. Em contrapartida, homens mais jovens também se importam menos com o grau de escolaridade do(a) pretendente” explica o economista comportamental Stephen Whyte, coautor do estudo.

Além da educação ter ficado em segundo plano, o estudo também mostrou que um terço das mensagens iniciais recebidas pelos voluntários não condizia com seus critérios.

Ou seja, mesmo os matches mais recíprocos não são tão ideais assim.

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