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Os mistérios da mente

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 30 abr 2005, 22h00

Carlos Chernij

Apesar da impressionante quantidade de casos (ou “causos”) relatados como paranormais, praticamente todos eles podem ser classificados em dois grupos: os que estão ligados ao conhecimento (PERCEPÇÃO EXTRA-SENRIAL) e os que agem sobre a matéria (PSICOCINESE). Entenda como eles se relacionam e veja algumas de suas principais manifestações

PERCEPÇÃO EXTRA-SENRIAL

Seria a capacidade humana de adquirir informações sem usar nenhum dos cinco sentidos conhecidos (visão, audição, olfato, paladar e tato). Seria, portanto, uma espécie de “sexto sentido”. Há várias teorias para tentar explicar como isso seria possível. Uma delas diz que as pessoas podem sentir as descargas elétricas que transportam informações através do cérebro

CLARIVIDÊNCIA

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É a aquisição de informações de lugares ou objetos, sem o envolvimento de outra mente. Ela pode se manifestar por meio das experiências fora do corpo, em que uma pessoa tem a sensação de se desprender do próprio corpo e obtém informações sobre pessoas e lugares desconhecidos, mas que realmente existem. Uma variante é o doppelganger, em que a pessoa diz enxergar uma sósia

PRECOGNIÇÃO

Também conhecida como premonição, envolve casos de pessoas que obtêm informações sobre o futuro sem dispor de dados do presente que lhes permitam deduzir o que vai acontecer. Pode se manifestar por meio de sonhos. Um dos episódios mais célebres é o de um homem que cancelou sua viagem no Titanic dois dias antes da partida, por ter sonhado que o navio iria naufragar

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TELEPATIA

É a interação entre duas mentes, com a transmissão de pensamentos, imagens e memórias. Pode ser responsável por experiências como ouvir “vozes do além” – algumas delas teriam sido registradas eletronicamente e são conhecidas como fenômenos da voz eletrônica (ou EVP, sua sigla em inglês). Outras manifestações de telepatia seriam os casos de reencarnação, em que uma pessoa diz ter recordações de vidas passadas, e as experiências de quase-morte (EQM), nas quais alguém que esteve na fronteira entre a vida e a morte relata coisas relacionadas ao seu passado ou mesmo ao suposto futuro. A técnica mais sofisticada para estudar a telepatia é o experimento de Ganzfeld. Esses testes começaram a ser aplicados na década de 70 e, até o momento, segundo alguns estudiosos, tiveram êxito em demonstrar, pelo menos, a possibilidade de existência da telepatia

PSICOCINESE (PK)

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É a suposta habilidade de afetar objetos físicos ou seres vivos a distância, sem usar a musculatura ou forças físicas conhecidas. Literalmente, significa mover coisas com o poder da mente. Os alegados feitos de entortadores de talheres entram nessa categoria. Casos de levitação, de movimentação de objetos grandes e pesados ou de quebrar coisas sem tocar nelas são bastante questionados pela ciência, mas há indícios de que efeitos menores, imperceptíveis a olho nu, podem realmente acontecer

MACRO-PK

São as manifestações visíveis de objetos sendo movidos. Uma das mais conhecidas seriam os Poltergeists ou casas mal-assombradas, com a ocorrência de eventos como fogo espontâneo e barulhos que saem das paredes. Os responsáveis por esses eventos não seriam espíritos, mas sim pessoas (geralmente crianças ou jovens) com problemas emocionais

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BIO-PK

É a psicocinese aplicada diretamente num ser vivo. Um exemplo de sua manifestação seria o aumento temporário da condutividade elétrica na pele. Pode ser um dos componentes das alegadas curas mediúnicas. A sensação de estar sendo observado, mesmo sem ninguém por perto, pode ser resultado de uma ação de bio-PK. Há também relatos de pessoas que seriam capazes de secar folhas de plantas sem tocar nelas

MICRO-PK

Funciona da mesma forma que a macro-PK, mas com pedaços muito pequenos de matéria, perceptíveis apenas com aparelhos eletrônicos. O experimento mais usado para estudar esses fenômenos utiliza um aparelho chamado Gerador de Números Aleatórios (GNA). Essa máquina produz apenas dois resultados (0 ou 1), em uma seqüência aleatória. A pessoa que se submeter a esse teste deve tentar, apenas com sua concentração, alterar a distribuição dos números aleatórios, direcionando, para a esquerda ou para a direita, as partículas expelidas por um elemento radioativo em decomposição. Em alguns casos, deve fazer com que a máquina produza mais 1 do que 0, ou o contrário. É como atirar uma moeda para cima repetidas vezes e tentar obter mais caras do que coroas, ou vice-versa

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