Maus ventos trazem bons filmes
Ir ao cinema neste mês de férias pode ser emocionante. Você vai ver tornados, naufrágios e ETs malvados.
A estrela da mais recente produção de Steven Spielberg não é Sharon Stone, mas também é de fechar o comércio, parar o trânsito e fazer muitos estragos mais. Em Twister (tornado) que chega este mês ao Brasil, as atenções se voltam para um fenômeno atmosférico (veja infográfico abaixo). Inspirado em casos reais, o filme foi rodado no Estado de Oklahoma, na região centro-oeste dos Estados Unidos, apelidada de Tornado Alley (Alameda Tornado), por ser recordista na incidência desses redemoinhos. Para simular a ação de uma espiral de vento tão poderosa que ignora até a rotação da Terra, podendo tomar o sentido horário ou o anti-horário, foi chamado o rei dos efeitos especiais, George Lucas (Guerra nas Estrelas).
No conjunto, a trama, que gira (literalmente) em torno de um casal de meteorologistas às voltas com uma dessas birras da natureza, é o de menos. Mas o roteiro de Michael Crichton (Jurassic Park) e a direção de Jan De Bont (Velocidade Máxima), prometem segurar a atenção de ponta a ponta.
UIP: 021 210 2400
Rápido e feroz
O tornado dura no máximo 30 minutos e se desloca a cerca de 50 quilômetros po hora. Mas em seu interior o ar gira a até 500 quilômetros por hora
1 – Um tornado se forma a partir de uma enorme nuvem de chuva (cúmulo-ninbo) que tem, em média, cerca de 20 quilômetros de base e 14 quilômetros de altura.
2 – Esse tipo de nuvem é formado por gelo no alto e vapor d·água embaixo. A condensação do vapor (que vira chuva) libera calor. Como o ar quente (dentro e fora da nuvem) tende a subir e o frio a descer, cria-se um fluxo de mão dupla.
3 – Quando esse movimento fica muito intenso, forma-se um cilindro no qual ar e partículas giram em alta velocidade. Para estabilizar-se, o cilindro se inclina até ficar na vertical. É o tomado. Ou tromba d·água, como é chamado quando ocorre no mar.