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Laço da Verdade real: mulheres que se sentem ameaçadas ganham um superpoder

O "detector de mentiras" do cérebro delas funciona melhor que o normal.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 dez 2017, 19h35

Já parou para pensar o quão complicada é a comunicação humana? Uma mesma frase pode ter uma série de significados a depender do tom de voz, da expressão facial e da personalidade de quem está falando. O psicólogo americano Donald Sacco queria saber se a nossa visão de mundo muda a forma como percebemos esses sinais. E acabou descobrindo um superpoder feminino bem curioso.

Sacco investigou como 62 homens e 87 mulheres viam o mundo. E quão bem eles eram capazes de enxergar as intenções por trás da foto de alguém sorrindo.

A pesquisa questionava o quão vulneráveis à violência os voluntários se sentiam, com base no quanto concordavam com frases como: “Mesmo uma pessoa que toma precauções consideráveis pode ser vítima de crime e violência”.

Depois, ele apresentava aos participantes fotografias de gente sorrindo – e elas precisavam classificar os sorrisos como verdadeiros ou falsos.

Entre as mulheres que acreditavam de forma crônica que o ambiente ao redor delas oferecia um alto grau de ameaça, o “detector” de falsidade era muito mais preciso. Elas discriminavam melhor entre um sorriso verdadeiramente alegre e acolhedor de uma expressão que poderia esconder outras emoções.

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Essa associação não foi encontrada nos homens. Faltam novos estudos para entender qual, exatamente, é a razão desta relação. Mas faz sentido que uma população que está mais sujeita a ameaças (mesmo “tomando precauções”) desenvolva uma percepção mais sensível às “pistas” que o rosto de alguém pode dar sobre suas intenções.

Afinal, da perspectiva da psicologia evolucionista de Sacco, nossos comportamentos têm raízes em dois objetivos básicos: reprodução ou sobrevivência.  

Ao site PsyPost, ele explica que “um alto grau de sensibilidade à informação facial” pode ser uma bela estratégia que nós, humanos, desenvolvemos para identificar quem são as pessoas potencialmente inofensivas e quem representa perigo.

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Tem toda uma ciência por trás dos sorrisos falsos

Você já ouviu falar no “sorriso Duchenne”? Para a ciência, esse é o sorriso verdadeiro e espontâneo, que representa alegria de fato. Ele foi batizado com o mesmo nome do cientista francês que o descobriu.

O sorriso Duchenne envolve contrações tanto voluntárias quanto involuntárias tanto do músculo zigomático maior, que faz os cantos da boca se elevarem, quanto do músculo orbicular, responsável por levantar as bochechas e deixar os olhos fechadinhos.

Nos sorrisos falsos, o movimento é forçado e, portanto, as contrações involuntárias – espontâneas – não rolam.

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