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Australiano atravessa o mundo correndo por uma boa causa

O australiano at Farmer atravessou o mundo correndo: foram 21 mil km, do polo Norte ao polo Sul, enfrentando neve, tempestades e desertos. ele chegou lá. Mas não conseguiu o que queria.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 12 mar 2012, 22h00

Bruno Garattoni e Diego Caleiro

Ele já tinha feito percursos de 1,5 mil, 6 mil e 10 mil quilômetros. Já tinha passado 24 horas subindo escadas sem parar e vencido 101 mil degraus, numa altura equivalente à do monte Everest. Já tinha atravessado os EUA numa odisseia dramática – em que correu por 50 dias com uma microfratura em uma perna. Mas o australiano Pat Farmer queria mais, claro. Decidiu atravessar o planeta correndo. A jornada começou em abril de 2011 e atravessou 14 países até a chegada, em janeiro deste ano. Pat, que tem 49 anos, cobriu a média diária de 68 km, cerca de uma maratona e meia. Ele levou consigo a bandeira da Cruz Vermelha, para a qual queria arrecadar 100 milhões de dólares australianos (R$ 180 milhões) em doações. Mas a iniciativa não deu certo e levantou apenas R$ 180 mil. “Essa corrida vai cobrar um preço do meu corpo pelo resto da vida. Mas valeu a pena. Correr é o meu dom”, declarou Pat ao cruzar a linha de chegada.

Clique aqui e assista aos vídeos de Pat Farmer correndo pelo mundo

Diário de Forrest
Alguns momentos marcantes da corrida

1. Início – Polo Norte, 9 de abril de 2011
Acompanhado de um guia, Pat dá a largada. Ele arrasta consigo um caiaque, que será usado para atravessar dois trechos de mar.

2. Ártico, 20 de abril de 2011
“Formações de gelo de 3 m de altura surgiram na nossa frente”, escreve Pat em seu diário.

3. Canadá, 27 de maio de 2011
Pat decide apertar o passo e aumentar a corrida de 20 para 80 km diários. “É claro que está doendo, minhas mãos e pés estão inchados, eu tenho bolhas… Meu corpo está gritando.”

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4. El Salvador, 5 de setembro de 2011
Um desastre natural complica tudo. Pat enfrenta uma inundação e tem de entrar numa montanha para seguir caminho. Só que o mapa está errado – e ele tem de voltar.

5. Panamá, setembro de 2011
Pat atravessa a floresta do Dárien, na qual é escoltado por uma equipe de 20 seguranças armados (a equipe temia que ele fosse sequestrado por traficantes locais).

6. FIM – Polo Sul, 18 de janeiro de 2012
O tempo ruim atrasa a chegada em vários dias. Mas, depois de 9 meses correndo (e 40 pares de tênis destruídos), a missão acabou. Pat descansa e toma uma taça de champanhe.

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