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Acha que tem poucos amigos? Você não é o único

Sabe a sensação de que todo mundo ao redor é muito mais sociável que você? Pode ser apenas impressão sua

Por Guilherme Eler
14 set 2017, 16h12

Aquela história de um milhão de amigos é exagero do Roberto Carlos. Ninguém no mundo de fato conhece tanta gente assim – nem poderia marcar de tomar um chá das cinco com cada uma dessas pessoas. Sentir-se sozinho no meio da multidão é um problema que você já deve ter passado pelo menos uma vez na vida. Mas, por mais que a grama do vizinho se mostre mais verde, é bom ter em mente que você não é o único que pensa assim. Na verdade, até quem parece estar sempre cercado de conhecidos pode se sentir da mesma forma.

Esse tipo de insegurança costuma aparecer sempre que temos de enfrentar algo novo. Mudar de cidade, de casa, de trabalho, e, principalmente, na época da faculdade. De fato, a vida de calouro pode ser um tanto solitária se você não se encaixar com a maioria ou arranjar um grupo logo no começo.

Foi o que mostrou um novo estudo norte-americano, que acompanhou 1099 estudantes de primeiro ano da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Desse grupo, 48% pensavam que os outros alunos tinham feito mais amigos desde o início da graduação – o contrário só valia para 31% da turma. Em média, os universitários acreditavam ter 3.83 amigos próximos. Esse número era de 4.15 quando avaliavam o outro.

Em um segundo experimento, os pesquisadores testaram um grupo menor, de 389 alunos da mesma universidade. Primeiro, os voluntários foram questionados sobre sua vida social, como o número de amigos e conhecidos que possuíam e quanto tempo passavam com eles. Depois, a tarefa era estimar as respostas dos outros participantes – ou seja, o quanto eles achavam que os outros calouros eram sociáveis.

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A maioria (55%) disse ter menos amigos em comparação com sua turma – porém, apenas 26% de fato se achava mais popular que o restante. A síndrome do patinho feio era geral: as cobaias disseram passar 31% de seu tempo sozinhas. Porém, acreditavam que a média da classe era de 26%. Não precisa nem ser muito bom de matemática para ver que os números não batem, e que os universitários se viam muito mais introvertidos do que pareciam ser para seus amigos.

“A maioria das atividades de convivência, como comer ou estudar junto dos outros, tendem a acontecer em lanchonetes e bibliotecas, que são lugares públicos. Por conta disso, os estudantes podem superestimar o quanto seus colegas socializam, pelo fato de não costumarem vê-los comendo ou estudando sozinhos”, explicou Frances Chen, coautor do estudo, em comunicado.

Manter esse pensamento e se inferiorizar em relação aos outros pode ser um problema para a autoestima e a identificação com um grupo. Segundo os pesquisadores, achar-se mais introvertido é definitivo, por exemplo, na sua vontade de socializar e fazer mais amigos. Porém, manter um pequeno mas fiel grupo de amigos pode ter suas vantagens. Uma delas é a lealdade: um semestre depois, aqueles estudantes que acreditavam ter menos amigos que os outros de fato tinham acumulado um número maior de novas amizades. Sigam-me os bons, já diria o sábio.

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