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Por que você NUNCA vai ver “Game of Thrones” na Netflix

Por Matheus Bianezzi
Atualizado em 4 jul 2018, 20h35 - Publicado em 1 abr 2016, 14h00

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Por Marcel Nadale

No dia da mentira de 2016, nós tivemos um viral: o vídeo publicado em “Netfllix.com” (perceba os dois Ls) anunciando que “GoT” (Game of Thrones) finalmente estrearia no serviço de streaming. O surto histérico coletivo foi imediato: gente compartilhando sem ver o vídeo todo, galera gritando “aleluia” e depois reclamando da “enganação”.

Deixa eu estourar a bolha pra vocês: Game of Thrones NUNCA estreará no Neteflix. JAMAIS. NUNCA NUNQUINHA. Sabe aquela suposta reunion de Friends? Ela é cada dia mais improvável, mas ainda tem mais chance de acontecer do que Daenerys no streaming mais popular do mundo.

O problema não é nem das limitações da Netflix brasileiro (que, realmente, tem um acervo pior do que o de outros países). Ele é mundial. Por um motivo muito simples: isso não casa com o modelo de negócios da empresa HBO, a “dona” de Game of Thrones.

Esse modelo foi calcado, desde o início, em torno de produtos de qualidade que você só encontraria no próprio canal. Por isso, seus contratos com distribuidoras de cinema como Warner e Sony são de exclusividade (o que estreia lá, não estreia no Telecine, por exemplo) e de primeiro lançamento (o filme chega lá antes, e só depois vai para Fox, Warner, Sony, TNT…)

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O mesmo vale, principalmente, para suas séries. A empresa é tão focada nisso que, diferentemente de suas concorrentes premium na TV paga, como AMC e Showtime, ela não apenas exibe como também PRODUZ TODOS os seus seriados. E, portanto, tem os direitos de vendê-los para outros canais – ou, melhor, de mantê-los exclusivos para si. É por isso que você até encontra The Walking Dead, por exemplo, na Netflix: o programa é produzido e exibido pela AMC lá fora, mas ela optou por vender os direitos internacionais de exibição (a Fox é dona deles, no mundo inteiro, até 2022)

Além disso, a HBO hoje passa por muito momento delicado. Depois do descarrilhamento fatal da segunda temporada de True Detective, Game of Thrones se tornou seu único produto realmente relevante – campeão de audiência, querido pela crítica, influente na cultura pop e extremamente popular nas redes sociais. Veep, The Leftovers e Silicon Valley são queridinhos das premiações, mas fracos de audiência. Vinyl não pegou e Girls está no fôlego final. Entregar Game of Thrones para a concorrência seria um golpe fatal no bem-cuidado verniz de “It’s not TV, it’s HBO

(A grande aposta do canal para não virar um “samba de uma nota só” é a superprodução Westworld, que estreou bem, apesar dos atrasos e dos custos. Teve boa audiência, buzz em rede social e reconhecimento nas premiações.)

Por fim, a boa notícia (e outra justificativa de porque GoT nunca irá para a Netflix): a HBO anunciou que, até o fim deste ano, estará disponível no Brasil seu próprio serviço de assinatura via streaming. O HBO Go hoje é exclusivo para os assinantes da TV paga (esse conceito cada vez mais jurássico). Logo mais, estará disponível pra qualquer um, sem que você precise de intermediários como Net, Sky, Vivo, etc. E isso, graças a Deus, não é uma notícia de 1º de abril.

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