O diretor e roteirista Quentin Tarantino, responsável por sucessos como Pulp Fiction e Kill Bill, estreia amanhã (7/1) sua oitava e mais nova produção: Os Oito Odiados. O novo filme, que trouxe Tarantino até o Brasil para uma coletiva de imprensa, é ambientado em um cenário de velho oeste.
Durante um forte inverno, o caçador de recompensas John Ruth (Kurt Russell) tenta levar uma assassina perigosa (Jennifer Jason Leigh) até as autoridades que a buscam. A viagem com a criminosa, que não é agradável para nenhum dos dois, começa a ser ameaçada por uma nevasca. Além do tempo ruim, o caçador, contra sua vontade, precisa ajudar um colega de ofício (Samuel L. Jackson) que, se não seguisse viagem com ele, seria morto pela nevasca.
O trio ainda é abordado por outro homem, que implora por uma carona até uma cidade. Os quatro viajantes chegam até a estalagem de uma velha conhecida, onde, em vez de encontrar a dona do estabelecimento, encontram outros quatro homens. A tempestade de neve faz com que todos tenham de ficar dentro do abrigo, mesmo que isso os desagrade. A desconfiança entre os hóspedes começa a crescer e causar desentendimentos.
Apesar do clima hostil entre os oito, tudo parece correr bem e a espera pela melhora do tempo não é tão insuportável, até que acontece uma morte. O assassino escolheu uma arma capaz de não o incriminar, porém, apesar da inteligência do ato, sempre há uma forma de se descobrir a verdade.
A partir desse ponto, os sobreviventes passam a se acusar e investigar, criando um suspense curioso. As considerações feitas pelos personagens são bastante inteligentes, apontando momentos anteriores do filme que, talvez, a maioria não tenha notado. Os argumentos dos viventes restantes do albergue levam até o desfecho da trama que, além de emocionante, é surpreendente, intrigando o público até a última cena do filme.
Apesar de Os Oito Odiados ainda contar com características típicas de outros filmes de Tarantino, como o uso de muito sangue e violência, ele traz também novidades para os fãs do diretor, como um novo conceito de heroísmo, uma divisão menos clara entre antagonismo e protagonismo e uma figura feminina bem diferente das demais. Outros aspectos, como a ótima trilha sonora e a história muito bem estruturada, dão ao longa uma grande propensão a se tornar um sucesso.