“Algo me diz que isso não é um pedaço de melancia”
Dexter vai acabar. Desde a sétima temporada, os fãs já estavam cientes do proeminente término da série. Agora que estamos tão próximos do final, já sabemos as questões que precisam ser levantadas para dar um fim digno à série. E também que são necessárias para explorar a lógica complexa que cerca o protagonista – afinal, quem não quer saber qual vai ser o futuro do nosso anti-herói, com seu estilo de vida excêntrico?
O primeiro episódio da oitava temporada estreou no domingo passado, 30 de junho, nos EUA. No Brasil, por enquanto, o canal pago FX ainda exibe a sétima. Mas muitos fãs ansiosos apelaram para a internet para saber os acontecimentos.
[Atenção! Spoilers leves do primeiro episódio a seguir]
Nesse primeiro episódio, somos apresentados a um Dexter zen e despreocupado pelo fato de, finalmente, não ter ninguém ameaçando sua identidade como serial killer. Seis meses se passaram e seu filho Harrison aparece bem crescido, com Dexter se preocupando em educá-lo da melhor maneira possível. Já Deb, sua irmã, continua sofrendo com os acontecimentos finais da temporada passada e resolve lidar com a situação cheirando um Monte Everest de cocaína com um criminoso qualquer em um quarto de motel.
“Boa, filhão! A próxima lição vai ser como afiar minha coleção de facas”
Seria a continuação clichê imaginada por muitos fãs, mas a série nos engana e, logo depois, nos mostra tramas muito mais interessantes do que uma Deb pesarosa e dramática. Na verdade, ela se demitiu do seu cargo de tenente na Miami Metro para trabalhar no setor privado com investigações profissionais, trabalhando em casos sujos e desmoralizantes.
Uma nova e peculiar personagem aparece: a neuropsiquiatra Evelyn Vogen. Ela promete garantir um plot curioso para essa temporada, já que parece ter potencial para desbravar a complexidade de Dexter. Já nessa première, ela nos lembra de um fato peculiar que às vezes esquecemos sobre Dexter: ele difere dos outros serial killers por possuir seus preceitos morais, o Código de Harry.
Trazer um pouco dessa visão da neurociência sobre os psicopatas com certeza vai dar toque especial nessa última temporada. Com Deb culpando Dexter por tudo, uma psiquiatra mostrando desenhos psicóticos feitos por Dex na sua infância e a posição de pai solteiro começando atrapalhar a vida de serial killer, Dexter começa a temporada mais perdido do que nunca.
“Não era um pedaço de melancia, mas vou fazer um lanchinho mesmo assim”