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8 coisas que você precisa saber sobre a água

Por Raquel Sodré Se você mora em São Paulo, já deve ter percebido que o momento que a população tanto temia está chegando. Para algumas pessoas, aliás, já chegou. Pelo menos 40 cidades no estado enfrentam racionamento de água, apesar de o governador Geraldo Alckmim já ter descartado essa possibilidade. O problema, claro, não é […]

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 20 out 2014, 17h17
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    Por Raquel Sodré

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    Se você mora em São Paulo, já deve ter percebido que o momento que a população tanto temia está chegando. Para algumas pessoas, aliás, já chegou. Pelo menos 40 cidades no estado enfrentam racionamento de água, apesar de o governador Geraldo Alckmim já ter descartado essa possibilidade. O problema, claro, não é só dos paulistas. A seca e o calor incomum para esta época do ano atingem vários estados, como Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal. Passou da hora de entendermos melhor como usar a água. Afinal, ela não vai durar para sempre. Confira 8 curiosidades sobre este recurso natural:

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    1. O volume morto pode até matar

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    O Sistema Cantareira é o conjunto de represas responsável pelo abastecimento de 8,1 milhões de pessoas da Grande SP. Nos fundos dos reservatórios, abaixo da comportas que recolhem a água, há uma reserva de 400 bilhões de litros conhecida como “volume morto”. Essa água nunca tinha sido utilizada para o abastecimento da cidade. Mas este ano as coisas mudaram: por conta da seca vivida pelo Estado, o reservatório atingiu 8,4% de sua capacidade, uma baixa histórica. Isso fez com que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tivesse que acessar essa reserva. Foram instaladas bombas para retirar essa água da represa e agora a cidade terá o abastecimento garantido até novembro – pelo menos, é o que diz o governo. O problema com a solução encontrada pela Sabesp, contudo, é a qualidade da água do volume morto. Segundo promotores do Grupo de Atuação Especial para o Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público de São Paulo, o risco dessa água para a saúde pública é alto, já que ela pode estar contaminada por metais pesados, como chumbo e cádmio. A contaminação pode causar problemas renais e de tireoide, além de diarreias e doenças degenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Além disso, o tal volume morto não é tão morto assim. No fundo dos reservatórios há seres vivos que ajudam a manter a qualidade da água. “Estamos correndo o risco de literalmente matar todos os habitantes do aquário”, diz o biólogo Fernando Reinach num artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo.

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    2. Filtro de barro é bem eficiente para purificar água

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    As pesquisas compiladas no livro “The Drinking Water Book” (“O Livro da Água Potável”, em livre tradução), de Colin Ingram, apontam que o filtro de barro – aquele que sua avó provavelmente usa ou já usou – é o mais eficiente do mundo. Ele é bom na retenção de cloro, pesticidas, ferro e alumínio, além de também não deixar passar 95% de chumbo e 99% de Criptosporidiose, parasita que causa diarreias e dor de barriga. O trunfo do filtro de barro é o sistema de filtragem por gravidade: a água passa devagar pela vela e pinga em um reservatório. Isso garante que os microorganismos e os sedimentos filtrados não se misturem com a água limpa. Mas lembre-se: nenhum filtro vai limpar a água completamente se ela estiver contaminada.

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    3. Água mineral que vem em embalagem de vidro é melhor

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    As garrafas plásticas contêm uma substância chamada xenoestrógeno. Essa substância, presente nos derivados de petróleo, tem o mesmo formato do estrógeno e, por isso, se encaixa nos receptores desse hormônio em nosso corpo. O excesso do xenoestrógeno pode engordar e até causar celulite, segundo o médico Lair Ribeiro. “Se a pessoa só toma água engarrafada em garrafas de plástico, pode estar consumindo o equivalente a cinco pílulas anticoncepcionais por dia”, alerta. Já as garrafas de vidro não apresentam esse mesmo problema e conservam a água pura.

     

    4. Água pode ser remédio

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    É muito raro conferirmos o rótulo da garrafinha de água mineral antes de pegar qualquer uma no supermercado. Mas cada água é diferente e tem propriedades diferentes, de acordo com os minerais presentes em sua nascente. Segundo o site da Associação Brasileira da Indústria das Águas Minerais (Abinam), os sais minerais presentes nas águas minerais podem contribuir com a saúde do organismo. Água com flúor é boa para a prevenção de cáries; com sódio, beneficia músculos e nervos. O magnésio previne hipertensão, enquanto o cromo regula as taxas de açúcar no sangue. Cobre absorve o ferro na forma de hemoglobina, o manganês auxilia o sistema reprodutivo. O zinco, o imunológico, e o cálcio previne a osteoporose. Já os bicarbonatos e o sulfato fazem bem para o estômago e para a digestão.

     

    5. E também pode ser veneno

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    De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 80% dos casos de doenças em todo o mundo vêm do consumo de água contaminada. A água pode trazer mais de 25 tipos diferentes de doenças, como cólera, diarreias agudas e esquistossomose. Entre as crianças, a água mata mais do que qualquer forma de violência, inclusive as guerras. Daí a importância do acesso a uma água de boa qualidade, livre de contaminações.

     

    6. Água pode te deixar velho mais rápido

    Tomar água com pH (potencial de hidrogênio) menor que 7,4 pode acelerar o processo de envelhecimento. Quem defende essa ideia é o cardiologista e nutrólogo brasileiro Lair Ribeiro. Ele explica que o pH do nosso sangue é aproximadamente 7,4. Quando você consome alguma coisa de pH diferente disso, o corpo tem que trabalhar para equilibrar esse líquido. “Para alcalinizar o sangue, o corpo tem que acidificar algum lugar – o coração, o cérebro ou algum outro tecido”, ele diz. E explica: “Os bebês são básicos. Conforme vamos envelhecendo, nos tornamos mais ácidos”. A conclusão é que, tomando uma água de pH menor que o do sangue, você acelera seu processo de envelhecimento. Para quem já esqueceu a aula de química, vale lembrar: pH igual a 7 é neutro. Abaixo disso (1, 2, 3, 5 etc) é considerado ácido. Já pH acima de 7 (7,5, 8, 9 etc) é básico ou alcalino. No Brasil, somente algumas águas engarrafadas têm pH superior a 7,5, e a água da torneira gira em torno desse número. Então, não custa conferir o rótulo antes de comprar, né?

     

    7. A água que você toma é a mesma que os dinossauros bebiam

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    A quantidade de água no mundo permanece praticamente a mesma há muitos milhares de anos. O motivo para isso é aquela velha (e põe velha nisso!) história do ciclo da água: a água evapora de lagos, rios, mares e também na transpiração de seres vivos. Esse vapor forma as nuvens que, quando ficam sobrecarregadas, descarregam em forma de chuvas. A água, então, volta para a superfície terrestre e vai abastecer novamente mares, rios, lagos e também lençóis subterrâneos. Em Minas Gerais, há aquíferos (bolsões de água subterrâneos) que já existiam nos tempos dos dinossauros.


    8. O Brasil gasta muito mais água do que deveria

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    Para calcular o total de água potável gasta por um país, leva-se em conta todos os recursos hídricos usados na sua produção de bens e serviços. Além de tudo o que você compra, veste ou come, a conta inclui a água gasta em produtos que são exportados. Quando a gente pega essa enorme quantidade e divide pelo número de habitantes do país, o resultado é surpreendente. Segundo a organização Water Footprint, o gasto médio de água de um brasileiro (a partir do cálculo da pegada hídrica nacional) é de 2027 m³ de água por ano. São mais de 2 milhões de litros. Isso é 46,3% mais do que a média mundial, que é de 1385 m³ per capita por ano. De toda essa água gasta no Brasil, a organização estima que 9,2% vá para fora do país na forma de água virtual.

     

    Saiba mais sobre a água e descubra quanto você consome em 24 horas neste especial da SUPER.

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