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Fazer o bem, “escolhendo” a quem. E de graça!

Por Suzana Camargo
Atualizado em 21 dez 2016, 10h25 - Publicado em 18 ago 2014, 18h42

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Você pode ter estranhado o título acima. O ditado popular correto é fazer o bem, sem olhar a quem. Mas a intenção da organização social UHELP é justamente esta: que os internautas conheçam bem os casos de pessoas com deficiência que precisam de ajuda e só depois disso, votem em quem acharem que necessita mais.

E se você não tem dinheiro para doar, não precisa se preocupar. Com um clique do mouse, você escolhe a história que mais te emocionou. O site funciona através do sistema de crowdfunding  e é possível votar em mais de um caso e distribuir, através de porcentagem, o recurso já existente entre eles.

As histórias são contadas em vídeos. São relatos como o de Gabriel, por exemplo, que apesar de ter nascido saudável, com apenas 4 meses ficou gravemente doente. O menino acabou surdo e aos 2 anos, os médicos revelaram que ficaria cego também.

Hoje, aos 19 anos, o jovem descobriu um enorme talento artístico. Agora Gabriel gostaria de aprimorar seus conhecimentos para poder se profissionalizar nas artes plásticas. Sem dúvida nenhuma, o caminho ideal para sua inclusão social.

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uhelp-gabriel-blog-superGabriel quer se profissionalizar para traballhar com artes

Assim como a história comovente de Gabriel, há outras. Kauã, de 8 anos, sobreviveu à meningite bacteriana, mas nunca voltou a ser o mesmo. O garoto depende de uma cadeira de rodas. Mas quer voltar a ter autonomia e mobilidade. Tem também o pequeno Samuel, que a despeito do problema auditivo, quer se integrar plenamente na escola. Ou ainda, o Toddy, um simpático cão que precisa de treinamento para ajudar um cadeirante a ter uma vida mais fácil e melhor.

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Kauã quer ter mais autonomia e melhor mobilidade

A UHELP (brincadeira com o som da palavra em inglês you help, “você ajuda” em português) foi criada pela administradora Vanessa Dias, que sempre gostou da área social. Durante nove anos trabalhou na Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) e depois, no setor privado, percebeu as barreiras enfrentadas pelos deficientes. “Além de ter dificuldade de entrar no mercado de trabalho, eles não têm reconhecimento”, diz Vanessa.

O objetivo da plataforma digital, lançada em abril deste ano, é melhorar a qualidade de vida e fortalecer a inserção social de pessoas com deficiência, por meio de atendimento multiprofissional personalizado.

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Deficientes que precisem de ajuda podem enviar suas histórias para o site (inicialmente só são aceitos casos de São Paulo). Será feita uma pré-seleção, seguida de visita domiciliar por uma assistente social qualificada e posterior avaliação do atendimento necessário. Depois disso, faz-se uma conta do valor que será necessário para realizar o trabalho. A UHELP não arrecada recursos para cirurgias.

“A UHELP disponibiliza 20% da soma do total da meta financeira de atendimento de cada história, mas é o usuário que decide de que forma esse valor deverá ser distribuído”, explica Vanessa. “Ele poderá escolher a ou as histórias que mais o sensibilizam, independente de realizar uma doação”.

Vanessa quer que todo o processo de arrecadação e uso de recursos seja bem claro e transparente. No site, é possível conferir o custo discriminado de cada etapa e profissional envolvidos no projeto. “Quero ter a confiança do público e aproximar as pessoas do projeto”, diz a fundadora do site.

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Atualmente há cinco casos esperando pelo seu voto na UHELP. Se você quiser doar dinheiro, ótimo. Se não puder, sem problemas. O importante é votar e fazer a diferença na vida destes jovens. “Queremos realizar o sonho destas pessoas, mas não somente isto. Queremos mesmo é propiciar possibilidades futuras na vida delas”, acredita Vanessa.

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Imagens: divulgação

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