Quem dá nome aos vírus?
Existe um órgão responsável por essa tarefa: o Comitê Internacional para Taxonomia de Vírus (ICTV).
Existe um órgão responsável por essa tarefa: o Comitê Internacional para Taxonomia de Vírus (ICTV). Embora não sejam considerados seres vivos, os vírus também se dividem em espécies, gêneros, famílias e ordens – dentre outras hierarquias de classificação taxonômica dessas que a gente estuda no Ensino Médio – criadas pelo naturalista sueco Lineu no século 18 e válidas até hoje.
Neste link aqui você pode ver a árvore de classificação dos vírus inteirinha. Já avisamos aos corajosos que o negócio é profissional.
Os nomes nem sempre ficam em latim pomposo. Batizar o vírus em inglês basta, caso ele já não seja conhecido de antemão por um nome tradicional, como os Influenza A, B e C que causam gripe. Nesse sentido, a norma é mais frouxa – entre os seres vivos, os nomes são obrigatoriamente em latim. Se o vírus é causador de doenças em humanos, é importante não associá-lo a um lugar ou um povo, embora isso tenha acontecido muito no passado.
Oficialmente, a espécie do novo coronavírus é Coronavírus associado à síndrome respiratória aguda grave. O gênero é Betacoronavirus, e a família, Coronaviridae. Dentro da espécie, a linhagem é Sars-CoV-2. O Sars-CoV original era o causador da epidemia de Sars entre 2002 e 2003.
Perceba que, muito antes de acontecer uma sistematização com esse grau de detalhe, muito grupos de vírus já tinham seus nomes, dados pelos cientistas que lidaram com eles ao longo de décadas.
Corona vem do latim “coroa”, por causa da estrutura semelhante a uma coroa de espinhos que contém as proteínas utilizadas pelo vírus para invadir as células que serão parasitadas. Herpes é uma palavra de origem grega que significa “rastejar”, e os adenovírus ganharam esse nome porque foram isolados em estruturas do sistema linfático chamadas adenoides.
Pergunta de @athaanj, via Instagram.