O vencedor mais econômico é Moonlight, que em 2017 ganhou a estatueta de Melhor Filme – não, não foi La La Land. O longa, dirigido por Barry Jenkins, custou apenas US$1,5 milhão para ser feito. Foi mais barato do que o preço para anunciar na noite do Oscar (cerca de US$2,2 milhões por 30 segundos de propaganda).
Nos últimos anos, filmes independentes, de baixo orçamento, tem se dado bem na disputa. O sul-coreano Parasita, atual vencedor, custou em torno de US$ 11 milhões e US$ 13 milhões. Green Book, que venceu em 2019, US$23 milhões. A Forma da Água, ganhador do troféu em 2018, custou US$19,3 milhões. Em comparação, Titanic torrou US$284 milhões antes de faturar seus onze prêmios em 1998.
Mas os vencedores recentes não estão na lista dos mais baratos a vencerem o Oscar. No pódio, junto com Moonlight, estão Rocky: Um Lutador (1976) e Marty (1955). O filme do boxeador custou apenas US$ 4,6 milhões e, naquele ano, “nocauteou” clássicos como Taxi Driver e Todos os Homens do Presidente, que também estavam indicados. Já Marty é um drama sobre um açougueiro de Nova York em busca de alguém para se casar. Custou US$ 3,2 milhões (US$ 350 mil, na época).
Depois de Moonlight, o filme mais barato a levar o prêmio foi Crash – No Limite, em 2006. A vitória do longa é controversa: Crash, que custou cerca de US$8,5 milhões, é considerado um dos piores filmes a vencer como Melhor Filme – naquele ano, ele desbancou O Segredo de Brokeback Mountain.
Ao mesmo tempo, o clube dos econômicos conta com Um Estranho No Ninho (1975, US$13,5 milhões) e Aconteceu Naquela Noite (1934, US$5,9 milhões), dois dos três únicos filmes na história a vencer o Big Five – as cinco principais categorias do Oscar: Filme, Direção, Ator, Atriz e Roteiro (Original ou Adaptado).
*Todos os valores estão ajustados à inflação.